"É preciso preparar-se para mais elevados conhecimentos, só neste pensamento pode a nova consciência aproximar-se da humanidade"

(Mestre El-Morya)


segunda-feira, agosto 01, 2011

A Ecologia Próspera

Hoje o tema será polêmico e algumas pessoas podem julgar que eu sou contra os ecologistas, mas isso não é verdade. Minha questão deve ser analisada sob o aspecto psíquico e como determinados pensamentos acabam reforçando nossa tendência destrutiva e autopunitiva. É como se perguntássemos para nós mesmos como sair de um buraco que mal sabemos como entramos e nem o que está fazendo com que fiquemos lá.

Analisando mais amiúde o pensamento ecológico é possível notar que ele, em parte, é fruto de algumas “vibrações” mentais perniciosas e que, apesar do objetivo ser muito louvável, se continuarmos com esse padrão de pensamento não tem como melhorar nossa harmonia com a natureza, pelo contrário, pode afundar mais ainda a estrutura psíquica do planeta. O primeiro padrão que vemos é o da revolta, muito bem explorada por alguns grupos ativistas (de novo, acho o trabalho deles altamente louvável, mas, é uma revolta e com ações agressivas, gerando respostas agressivas). A revolta parte do pressuposto de que precisamos destruir as estruturas que mantém o modelo sócio-econômico da forma como está, além de estabelecer “inimigos” diretos que precisam ser detidos. Outro padrão pernicioso de pensamento é a disseminação do medo quanto ao possível e talvez próximo colapso do planeta, as catástrofes naturais e outras calamidades que todos estarão sujeitos e que, de fato, nossa consciência coletiva enquanto humanidade já está tratando de nos mostrar externamente através dos eventos naturais que têm causado as recentes comoções mundiais. Afirma-se que o planeta não tem capacidade para sustentar nossa exigência de conforto, como se ela fosse um pecado mortal. Por fim, nos faz sentir culpados por almejar o progresso e a prosperidade, além de escarnecer nossos ancestrais quanto às ações errôneas deles que levaram a esse nível de destruição planetária, como se o ser humano fosse perfeito e não tivesse que aprender com seus próprios erros. Do outro lado do ringue, temos os “novos velhos” reis, sustentados por sua ganância e desejo de poder que, com medo de terem seu vício pelos metais alijado, tratam de exercer a mesma ação prepotente de tempos passados na recusa de contribuir com sua parte para que possamos realmente buscar uma solução eficaz para a questão. No popular: dá para ser feliz assim? Lógico que não; não tem amor, não tem cooperação, não tem tolerância, não tem altruísmo ou intenções magnânimas, aliás, cada um está tentando salvar o seu e, com isso, destruindo as colunas que sustentam o teto sobre a cabeça de todos nós.

Mas se ambos os lados estão sendo destrutivos, o que está certo e o que está errado? Achar que tem algo certo ou errado já é um pensamento que gera conflitos, então, eu diria que poderíamos começar por aí, ou seja, deixarmos de ser maniqueístas. O céu e o inferno estão nos nossos corações e, filosoficamente, podemos derivar daí que certo ou errado é uma mera questão de ponto de vista, por mais que muitos moralistas e religiosos digam que as coisas devem sem classificadas dessa forma. De fato, o que existe realmente neste mundo são situações (ou até melhor, vibrações) construtivas ou destrutivas, harmônicas ou desarmônicas, de progresso ou de escassez, de amor ou de medo e por aí vai.

Pelo princípio da ressonância, toda vibração gerada por um sistema causa efeitos em outro sistema cuja freqüência natural, ou simpática, seja aproximadamente a mesma da original. Caso haja uma fonte de energia alimentando algum dos sistemas, ocorre o fenômeno da amplificação, potencializando sobremaneira o resultado dessa interação. É... eu sei, foi muito técnico; então vamos trocar em miúdos isso um pouco. Primeiro, temos que entender que a ressonância é largamente utilizada em nossa volta através da nossa engenharia. Você consegue ler isso porque tem um monte de rádios ou circuitos ressonantes transmitindo a informação até você, sendo que eles usam exatamente o princípio que eu mencionei acima. Telefones, rádios, modems, TVs, micro-ondas, em suma, tudo que tem eletrônica, tem ressonância envolvida para poder selecionar e transmitir informações, sendo esses os usos em parte construtivos do fenômeno da ressonância. Mas tudo tem conseqüências quando usado de forma desarmônica; por exemplo, já existem estudos sérios apontando interações desarmônicas entre as ondas do telefone celular e as células cerebrais, podendo levar a tumores letais na cabeça. Outra curiosidade é a freqüência da eletricidade que circula pelas tomadas das nossas casas e que ressoa com os átomos de fósforo existentes no nosso corpo. O fósforo junto com o cálcio são muito importantes para o sistema muscular e o nervoso, ou seja, se excitarmos os átomos de fósforo, o que isso pode causar a sistemas vitais de nosso corpo? Os poucos estudos que eu já vi mostram que tem impacto sim, tanto que há normas bem rígidas sobre transmissão e transformação elétrica no Reino Unido por conta disso. E nós estamos cercados de tomadas, rádios, luzes, transmissores públicos e etc., irradiando todo tipo de freqüência de rádio ao redor de nós; depois nos perguntamos porque as pessoas estão tão estressadas e todos parecem irracionais e desorientados.

Mas eu não sou tecnofóbico, pelo contrário, gosto de tecnologia, só acho que nossa tecnologia atual ainda está baseada em modelos antigos, ainda não muito bem sintonizados com a natureza, portanto, precisam progredir para se harmonizar com ela. Isso só pode acontecer se nosso pensamento for harmônico com essa mesma natureza. Tudo que nós já criamos nesse mundo é resultado de nosso pensamento, de nosso sentimento, de nossas vibrações mentais, que, por sinal, podem ser medidas por aparelhos (ex.: eletroencefalograma) e também são irradiadas eletromagneticamente. Se estivermos com vibrações mentais contaminadas, nossa criação propagará essa contaminação e, se inserirmos energia nela, essa contaminação será amplificada. Veja que até agora só estou falando de coisas palpáveis e detectáveis por métodos da ciência materialista, mas existem muitos estudos metafísicos que tratam de coisas menos palpáveis e que também podem ser testadas. De qualquer forma, não precisa muito esforço para juntar as peças e ver que, se nosso pensamento pode irradiar ondas de todo tipo, físicas e metafísicas, que podem ser amplificadas, o que acontece então se tivermos 7 bilhões de mentes irradiando pensamentos que não podemos dizer que são verdadeiramente harmônicos com a natureza? O mundo é o resultado dos nossos pensamentos, então, se estamos vendo esse nível de perturbação natural e no equilíbrio consciencional das pessoas, temos que nos preocupar muito mesmo sobre o que pensamos e o que criamos.

Dito isso, fica um pouco mais claro como acredito que devemos direcionar nosso pensamento ecológico. Eu diria que ele não deve dizer que as coisas vão acabar, pois esse é um pensamento de escassez. Deveria sim nos estimular a criar a abundância através da reforma da tecnologia. Ele não deve dizer que o conforto e o consumo devem ser detidos, mas sim que o modelo que governa o ciclo de vida de qualquer produto ou serviço deve ser revisto e reformulado para sintonizar-se com visões construtivas de mundo. Não deve disseminar medo por conta de possíveis catástrofes naturais, mas deve fomentar o aumento da harmonia com os meios naturais. Deve incentivar a cooperação entre as pessoas. Deve incentivar a compreensão de que estamos desorientados e que precisamos nos unir para nos reorientarmos. Deve tratar de amplificar o afeto, a amizade, a cooperação em vez de amplificar os conflitos, as afrontas e o desequilíbrio. Se o mundo é o resultado de nossos pensamentos, ele é um espelho, um reflexo de como estamos por dentro. A natureza absorve e reage às vibrações de nossos pensamentos, sejam elas físicas ou metafísicas, portanto, para acabarmos com as catástrofes naturais, temos que apaziguá-las na nossa consciência, para criarmos tecnologias salutares, temos que estar saudáveis em nossas mentes, para criarmos harmonia e paz, temos que procurar harmonia e paz em nós. Esse é o verdadeiro pensamento ecológico que gera abundância, progresso e harmonia natural. Isso é viável sim e Gandhi nos mostrou isso durante sua passagem aqui pela terra. Não é preciso agredir nada nem ninguém para mudar as coisas, mas sim, ter firmeza de princípios.

O mundo não vai acabar, mas podemos criar muitos problemas para nós se continuarmos nos recusando a realizar a reforma interna do nosso ser, apaziguando as tempestades, terremotos e tsunamis da nossa consciência. Podemos até decidir que vamos acabar com a vida na terra, porém, tenha em mente que essa é uma decisão nossa e que começa no íntimo de cada um de nós, nos nossos desejos e raivas, nos nossos medos, na nossa contaminação mental que, por sinal, está refletida na poluição planetária.

Comece agora: um pensamento construtivo amplificado pode mudar tudo. Assuma a responsabilidade de ter uma vida abundante e construtiva, buscando ajuda onde for necessário. Fomente a alegria, a cooperação, o afeto, a compreensão, o amor, em suma, todas as virtudes já bem conhecidas, pois são elas que vão criar o mundo próspero e ecologicamente sustentável. Comece com você, seja sustentável em seu ser, use a energia da virtude para te sustentar. Seja parte da natureza próspera e irradie esse pensamento ao seu redor.

Muita Paz e Luz para todos.