"É preciso preparar-se para mais elevados conhecimentos, só neste pensamento pode a nova consciência aproximar-se da humanidade"

(Mestre El-Morya)


segunda-feira, janeiro 30, 2012


CO2, Vilão ou Bode Expiatório?

CO2, ou dióxido de carbono, é o famoso gás tão citado sempre que se fala em aquecimento global hoje em dia. Mas será que ele realmente tem a ver com esse aquecimento? O que as pesquisas mostram é que ele até tem a ver, mas não como causador e sim como conseqüência. Isso pode parecer estranho, pois somos bombardeados diariamente com informações distorcidas sobre sua relação com o efeito estufa, mas o fato é que há muitos interesses ocultos por trás dessa questão. Para proteger-se dessa desinformação, o primeiro ponto para se atentar é em quem está veiculando esse tipo de informação e a forma como está sendo veiculada. Note que há um grande número de políticos e pessoas ligadas ao poder e à economia falando sobre isso, palestras muito bem ensaiadas, com pessoas muito bem vestidas, com boa retórica, mas cadê os cientistas? Pois é, esses não estão verdadeiramente sendo ouvidos, até porque, suas conclusões não são interessantes para o establishment. O fato é que esse mesmo establishment tem comprado algumas pesquisas tendenciosas, descaracterizado outras, manipulando reportagens, para poder criar um falso embasamento às suas “causas” nocivas.

Vamos começar estudando um pouco as bases dessa questão, mas antes de tudo, entendam que eu não quero dizer aqui que não há aquecimento global e que ele não tem conseqüências, nem que não devemos lutar pela preservação da natureza, pois a destruição de florestas, que são zonas que geram umidade nas áreas continentais, é muito preocupante. O ponto é que o CO2 é colocado como vilão, mas a representatividade dele na questão ambiental é baixa, porém, na questão econômica, aí sim ele é determinante. Primeiramente, vamos olhar a atmosfera e entender um pouco a dinâmica dela. A composição da atmosfera terrestre é (fonte Wikipedia):

 - 78,1%, Nitrogênio
 - 20,9%, Oxigênio
 - 0,9%, Argônio
 - 0,04%, Dióxido de Carbono
 - 0,06%, Diversos outros componentes, como Hélio, Metano, Hidrogênio, Ozônio, etc., incluindo outros gases do efeito estufa.

Não está computado aí o vapor de água, que varia de 1% a 4% próximo da superfície terrestre, portanto, teríamos que reduzir um pouco o percentual de todos os componentes acima para dar espaço para o vapor.

Também é interessante analisarmos a atmosfera de Vênus, o segundo planeta do sistema solar, que é aquele com o maior efeito estufa que temos conhecimento e acesso a dados (fonte Wikipedia):

 - 96,5%, Dióxido de Carbono
 - 3,5%, Nitrogênio
 - Menor que 0,001%, Diversos outros componentes, incluindo outros gases do efeito estufa, ou seja, a “estufa” de Vênus e praticamente mantida apenas pelo CO2.

Um detalhe interessante é que, apesar da atmosfera de Vênus ter apenas 3,5% de Nitrogênio, a quantidade desse elemento nela é 4 vezes maior que na Terra. Isso acontece porque a atmosfera lá é muito maior e mais densa. Não vou nem fazer o cálculo da quantidade de CO2, pois já olhando os números crus, percebemos que é absurdamente maior lá do que aqui. A composição percentual da atmosfera de Vênus é bem parecida com a de Marte, o quarto planeta do nosso sistema, muito embora, em termos de pressão e densidade, a diferença entre os 3 planetas é imensa. A pressão atmosférica da Terra é 1 atm, a de Marte é 0,006 atm e a de Vênus é 90,9 atm. Além disso, tanto Marte quanto Vênus têm atmosferas maiores que a da Terra. Em termos de temperatura média na superfície, Vênus é 22,2 vezes mais quente que a terra, já Marte é 3,6 vezes mais frio.

Mas por que todos esses números? Porque, da forma como a mídia coloca, parece que o CO2 é o principal gás do efeito estufa, mas, olhando para os dados acima, não dá para afirmar isso; essa relação é muito estranha quando comparamos os 3 planetas, com suas atmosferas e distâncias em relação ao sol. De fato, não se consegue estabelecer nenhuma proporção entre a quantidade de CO2 e a temperatura, mas também, não podemos dizer que temos um conhecimento científico suficiente para entender como o CO2 funciona nesses planetas. Avaliando os dados acima como leigo, eu diria que a distância em relação ao sol e/ou a densidade da atmosfera parecem ter mais representatividade. De qualquer forma, tenho que admitir que a explanação acima tem o propósito de desprogramar sua mente da lavagem cerebral que fizeram em você com alguns argumentos que têm lógica e, realmente, expressam minha opinião. As pesquisas virão mais adiante. Aliás, até para melhorar um pouco essa “desprogramação”, vamos associar a experiência do seu dia-a-dia nessa conversa. Quando eu falo de dias frios, em que você pensa? Em um dia ensolarado? Óbvio que não. A imagem que vêm à sua mente é de um dia nublado; essa é sua experiência. Vivo em São José dos Campos e estou escrevendo esse artigo em 2012. O verão desse ano aqui foi bem ameno, com muitos dias nublados, chuvas e temperaturas baixas. O verão de 2011 foi o contrário, teve menos dias nublados, muito sol e foi um verão quente. Já 2010 foi pior ainda em termos de calor e estio. O interessante disso é que o vapor de água (nuvens e umidade) participa com 1% a 4% da atmosfera próximo da superfície e o CO2 compõe-se de 0,04% da atmosfera toda; mais ainda, se somarmos todos os demais gases do efeito estufa com exceção do vapor, eles não chegam a 0,1%, portanto, não lhe parece mais óbvio que a água exerça um papel muito mais significativo na temperatura da terra do que o CO2? Detalhe importante: o vapor de água é um dos gases do efeito estufa, aliás, muitos cientistas o consideram o mais importante gás para esse efeito. Ainda resgatando sua experiência quotidiana, sabe qual é o princípio dos climatizadores de ar? Não falo de ar-condicionado, mas dos equipamentos que são um pouco mais que ventiladores e que usam vapor de água para produzir uma redução bem razoável na temperatura do ambiente. Veja que em algumas praias do Brasil, usa-se a vaporização de água em alguns totens de propaganda para refrescar os banhistas através do mesmo princípio. Indo um pouco para os oceanos, aqui na América do Sul, é comum ouvirmos falar do efeito el niño ou la niña, que é uma alteração da temperatura no oceano pacífico que causa um grande impacto no clima da região. Além disso, temos a tese das correntes oceânicas profundas, que eu sugiro você procurar na internet para não me estender muito nesse artigo. Em suma, um pouco de pesquisa básica e vemos que a água é determinante em termos de impacto na temperatura.

Agora vamos para as pesquisas científicas. Basicamente, os fatos adiante foram tirados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Instituto Americano de Oceanografia, NASA e alguns outros institutos particulares. Segundo eles, a temperatura média do planeta nos últimos 10.000 anos é maior do que a que temos hoje. De fato, estamos nos recuperando de uma queda acentuada da temperatura da Terra ocorrida na idade média, chamada de pequena era glacial, cuja denominação se deve por ter sido a época de temperatura média mais baixa de todo período mencionado acima. Além disso, há cerca de 7.000 anos atrás, e por um período de 3.500 anos, o planeta viveu uma era com temperatura média bem mais alta do que hoje. Um período similar, mas menos acentuado e com menor duração, ocorreu durante os 1.200 anos que precederam a pequena era glacial mencionada. Outro fato interessante é que a temperatura média subiu ao longo do século vinte até a década de 1940 e, durante o boom econômico ocorrido no pós-guerra, quando houve uma intensa emissão de CO2, a temperatura sofreu um declínio constante por quase quatro décadas. O que esses dados revelam é que a variação da temperatura média é um fenômeno absolutamente natural e o aumento dela é algo esperado, dado que ainda estamos saindo de um período onde ela esteve em uma média bem abaixo do normal. No que tange ao CO2, outros dados apóiam que, durante a história, não se consegue estabelecer uma relação direta entre aumento de emissão de CO2 e aumento da temperatura como conseqüência, muito embora, os estudos mostram que ao longo dos últimos 650.000 anos, a temperatura e o CO2 estiveram relacionados, mas o aumento do CO2 vem depois do aumento da temperatura e não antes como está sendo veiculado, ou seja, o aumento da emissão de CO2 é uma conseqüência do aumento da temperatura e não o contrário. Isso pode ser observado quando se analisa os dados no detalhe e não em um gráfico espremido como o que foi mostrado no filme do Al Gore (Uma Verdade Inconveniente). De fato, o que ele fez foi mostrar a informação de uma forma distorcida, para que pudesse corroborar com os seus interesses. Se olharmos os dados com um intervalo menor, vemos que o CO2 sofre um atraso de pelo menos 200 anos para acompanhar a curva de aumento e decréscimo da temperatura, chegando até 800 anos em alguns casos. A tese científica para esse fenômeno é que, com o aumento da temperatura, há mais atividade biológica no planeta, portanto, há uma maior produção de CO2 pelas criaturas vivas. Note também que mesmo hoje em dia, os vulcões ativos do mundo produzem muito mais CO2 que toda atividade humana somada. O mesmo acontece com o CO2 produzido pelos animais terrestres e bactérias, ou seja, só essa atividade produz pelo menos 20 vezes mais CO2 que toda atividade humana somada. Dentre os produtores de CO2 ainda temos toda deterioração vegetal, além das plantas que não fazem fotossíntese. Outro “organismo” de muito maior importância na absorção e emissão de CO2 são os oceanos que, além de ocuparem dois terços da superfície planetária, quando se aquecem, emitem CO2 e quando se resfriam, fazem o inverso. Enfim, toda atividade humana somada não representa alguns poucos pontos percentuais de toda emissão de CO2 do planeta. De fato, o que os estudos científicos apontam com base na análise dos últimos 400 anos é que a temperatura do planeta está diretamente relacionada com a atividade solar que, de uma forma específica, tem relação com a formação de vapor de água na atmosfera. Também para não me estender mais em um assunto vasto, sugiro você pesquisar sobre raios cósmicos, atividade solar e formação de nuvens para entender melhor como isso funciona.

Quais são então os interesses do establishment em divulgar que as emissões de CO2 são causadoras do aquecimento global? Não faço, nem quero fazer parte do establishment, portanto, apenas posso supor quais são as péssimas intenções dessa gente nefasta. Veja que emissões de CO2 estão diretamente relacionadas com processos de industrialização, energia e desenvolvimento econômico dos países, sendo que os povos “desenvolvidos” estão em um processo de saturação econômica, com ênfase no endividamento e não na produção local de bens e serviços. Já os países supostamente em desenvolvimento estão em uma fase de florescência industrial, esforçando-se para desenvolver suas economias, donde podemos concluir que espalhar uma fobia de emissão de CO2 na população é muito conveniente para interferir na atividade política e controlar ou retardar o avanço desenvolvimentista dos países. Mas, como disse, isso é uma suposição, baseada em algumas opiniões que tive contato; talvez até seja óbvia ou ingênua, mas faz sentido, muito embora, é realmente complicado tentar entender mentes doentes e gananciosas, imaginando o que engendram, especialmente quando meu esforço é justamente para purificar os pensamentos e sentimentos.

Eu entendo que seja um pouco difícil para o leitor assimilar as informações apresentadas nesse artigo, mas não precisa aceitar, rechaçar ou formar uma opinião por conta dele; apenas leve em consideração que você pode estar sendo enganado e que precisa procurar mais informações sobre o assunto. Quando eu tive contato pela primeira vez com esses dados, também foi difícil aceitar que eu tinha me deixado levar por toda essa propaganda veiculada na mídia sem nem desconfiar que poderiam estar querendo programar minhas opiniões. O fato é que quanto mais eu procuro me informar, ir à fonte e fazer as análises por mim mesmo em vez de assimilar os dados mastigados da mídia em geral, mais eu percebo que eles são distorcidos, tendenciosos, mentirosos e com objetivo de direcionar a opinião pública. Aliás, essa é a opinião dominante daqueles que procuram se informar por si só. Minha sugestão para o leitor é: cuidado com a opinião mostrada pelo establishment, veiculada pela mídia de forma aparentemente unânime, capitaneada por políticos ou representantes de poderes econômicos, pois eles querem que você se comporte como gado no pasto.

Reitero mais uma vez que o fato das informações sobre o CO2 serem um instrumento de manipulação política não faz com que a proteção ambiental, sustentabilidade tanto ambiental quanto sócio-econômica, consumo consciente, preservação dos recursos naturais e outras iniciativas de preservação da natureza deixem de ser fundamentais para a continuidade da nossa existência nesse planeta e devem ser esforços constantes em nossas vidas.

Em geral, eu procuro terminar meus textos com uma mensagem positiva, mas vou preferir terminar esse com essa mensagem de alerta e conscientização.

Acautele-se contra a alienação e a ignorância, pois elas são destruidoras da Luz.


Um comentário:

Verá Lucia disse...

Ola,
Não tenho bases para reforçar esta ideia, mas acredito que sempre existe nestas correntes interesses diversos.
Nesta mesma linha de pensamento do texto esta a afirmação de Luc Ferry, filósofo e ex ministro da educação na França.