"É preciso preparar-se para mais elevados conhecimentos, só neste pensamento pode a nova consciência aproximar-se da humanidade"

(Mestre El-Morya)


terça-feira, julho 23, 2013

A Teoria da Terra Oca

Essa questão da Terra oca é um tema intrigante e, mesmo que tenha muitos opositores pela comunidade científica, eu diria que o tem pelo fato de não haver interesse em pesquisar mais amiúde sobre essa possibilidade, ou mais provavelmente, por haver interesse em que esse fato fique obscurecido. Existem diversas lendas sobre a existência de seres intraterrestres ou mesmo de cidades intraterrestres, algumas delas baseadas em relatos de exploradores que, pelo fato de serem muito fantásticos, foram considerados fantasias em sua época. Podemos dizer que hoje é razoavelmente bem aceito que nem tudo que a ciência nega pode ser considerado inexistente ou impossível. Filósofos e cientistas contemporâneos já têm bem consciente que a ciência trabalha com base nos conhecimentos que adquiriu ao longo do tempo, então, a construção científica é baseada no passado e naquilo que já se conseguiu formular, sendo que as postulações estão sujeitas a evolução, negação e questionamentos. Se faltam dados prévios suficientes para demonstrar alguma coisa que pode estar muito adiante do conhecimento científico, a ciência não tem muito o que fazer, precisa dos filósofos para conceber possibilidades menos evidentes. De fato, minha visão sobre o tema é um pouco diferente e, considerando o conhecimento físico e cosmológico desenvolvido nos últimos anos, hoje já temos mais condições de conceber um modelo onde poderíamos explicar esse fenômeno da Terra oca, que não seria verdadeiramente oca, mas sim teria um avesso. A ideia da Terra ser oca seria uma interpretação feita pela forma como nossa consciência percebe o mundo.

Para capturar os conceitos desse artigo, você vai precisar entender como nossa percepção interpreta as dimensões físicas e isso está explicado no artigo anterior: “Qual a Dimensão do Carma?”, portanto, recomendo sua leitura. No artigo, eu menciono que, de acordo com a visão científica atual das dimensões, elas podem ser tão pequenas que não conseguimos detectá-las; mas essa é só uma teoria, e se não for assim ou e se houver algum detalhe não identificado ou não formulado por ela? Isso significaria que poderíamos estar isolados de algumas das dimensões, sendo que alguns cientistas também propõe isso, ou seja, poderíamos sim estar vivendo em um ambiente apenas tetradimensional, mas haveria as outras dimensões que, por algum motivo, não teríamos acesso ou, cujo acesso não seria tão óbvio. Na minha visão, nem uma coisa, nem outra; é fato que nós percebemos apenas quatro dimensões, mas estamos imersos em um universo de onze, ou seja, basicamente é uma questão de percepção. Se considerarmos que é apenas uma questão de percepção, isso significa que podemos transitar por esses ambientes multidimensionais sem entender ou perceber exatamente o que está acontecendo. É exatamente aí que começa minha concepção de Terra oca.

Primeiramente, vamos mudar esse termo, pois ele está conceitualmente errado, ele é fruto de nossa percepção limitada. A Terra não é oca e a física tem meios de demonstrar isso, mas o fato de não ser oca não significa que não tenha avesso. A questão aqui é que esse avesso não é dentro do planeta como preconiza a teoria, mas ele se distribui por essas outras dimensões que nossa consciência ainda não consegue entender. A melhor forma de compreender essa questão das dimensões é simular o conceito através de projeções em planos com menos dimensões. Então, vamos imaginar um papel onde possamos desenhar mentalmente. Faça esse papel flutuar e imagine uma esfera que o atravessa e vamos imaginar que ela seja a Terra. Agora projete a imagem dessa esfera nesse papel e veremos um círculo, sendo que, se projetarmos isso dos dois lados, teremos dois círculos semelhantes, um de cada lado, exatamente alinhados. Para inserir a consciência nesse modelo, imaginemos seres cuja consciência interpreta mundo de forma tridimensional, ou seja, um mundo onde há duas dimensões espaciais mais o tempo, portanto, esses seres interpretam o universo como sendo um plano, onde eles podem se deslocar voluntariamente por apenas duas dimensões, ou seja, eles podem andar pela largura e o comprimento, mas não podem andar pela altura, mesmo que essa altura exista, afinal, a folha de papel tem espessura, mesmo que esses seres não consigam entender o que isso significa. Agora, peguemos um furador de papel e façamos um pequeno furo em um ponto no limite da circunferência desse círculo, que poderíamos chamar de polo, assim como temos os polos norte e sul da Terra. Agora vamos colocar o ser que vive no plano caminhando em direção desse furo e que, sem perceber ele atravessa de um lado para outro da folha através dele. Lembre-se que esse ser tem uma compreensão do mundo como sendo um plano, ou seja, ele não consegue conceber o que significa atravessar o plano, pois tudo para ele é plano e esse movimento que ele fez foi apenas seguir um plano que se curvou de alguma forma que ele simplesmente não conseguiu perceber, dado que sua consciência não tem recursos para interpretar essa condição dimensional. Com isso em mente, qual seria a impressão consciencial desse ser? Ele está nesse momento do outro lado da folha, no avesso do papel, mas não tem a menor consciência disso, sendo que, nesse local ele vai encontrar um outro planeta, que poderá ter outra geografia e, possivelmente, outros povos, sendo que, se ele encontrar o caminho de volta, ele contará histórias fantásticas para aqueles que não conseguirão entender a jornada desse “explorador”. Ele tentaria explicar e interpretar sua experiência e poderia dizer que a Terra seria oca, mas, na realidade, ele acessou uma passagem no plano que o levou para o avesso da Terra, a outra face dimensional, não para dentro. Se transportarmos isso para uma consciência que entende o espaço como tridimensional, se ela achasse uma passagem para o avesso do espaço, o outro lado do planeta seria tão esférico quanto, deveria ter outra geografia e outros povos, em suma, essa consciência vai ver um outro planeta exatamente da forma como vemos o nosso deste lado e não vai entender o que está acontecendo.

De acordo com Dean Dominic de Lucia, um pesquisador do tema, aparentemente, todos os planetas possuem em seus polos “aberturas” para sua parte oca ou, na minha visão, a ligação entre as faces tridimensionais opostas dos planetas. Alguns possuiriam também aberturas pequenas em outras partes, mas nos polos é certeza. Se isso parece ser uma possível regra, então, podemos dizer que a formação dos planetas encerra algum tipo de torção dimensional que os fazem se desenvolver como esferas ao longo de algum tipo de eixo diametral que os atravessa pelos polos, sendo que esse eixo poderia interligar as faces tridimensionais opostas. É interessante que as pesquisas demonstram que os buracos negros possuem áreas de ejeções de matéria ou energia em seu eixo diametral de rotação (procure na internet por buraco negro e veja as fotos onde isso é mostrado ou artisticamente concebido). Buraco negro ainda é uma “entidade” muito misteriosa no universo e identifica situações muito bizarras em termos de espaço-tempo, sendo que, ninguém sabe ao certo o que ocorre dentro de um deles. Já ouvi uma teoria de que todo planeta teria em seu interior um pequeno buraco negro que seria responsável pela aglutinação da matéria ao seu redor. Associar as duas ideias não é muito difícil e, mesmo que não haja um buraco negro no interior dos planetas, a pista da ejeção de matéria pelos seus polos pode nos dizer alguma coisa sobre alguma característica existente em polos de corpos esféricos em rotação.

Mas qual a consequência de termos um avesso tridimensional e, se o temos, porque isso não é conhecido ou estudado? Por que nenhum povo do outro lado nos contatou até agora? Primeiramente, não podemos afirmar que não seja conhecido ou estudado pelas autoridades ou agências, podemos apenas dizer que elas não divulgam nada sobre o assunto e temos apenas os relatos dos exploradores ridicularizados pela história. Pelo mesmo motivo, não podemos afirmar que ninguém do outro lado não tenha nos contatado. Outro ponto digno de nota é que os polos são lugares tão inóspitos hoje que a exploração deles só começou verdadeiramente há pouco mais de 100 anos. Aparentemente, o outro lado é tão inóspito quanto, então, se os povos de lá tiverem um desenvolvimento científico similar, estaremos todos na mesma situação. É muito provável que sejam seres humanos iguais a nós, até porque, no passado algum povo primitivo pode ter conseguido transitar por essa passagem em uma era de intenso degelo. Um detalhe interessante é que os exploradores relatam que do outro lado há um sol similar ao nosso e isso é fácil de conceber, basta voltarmos ao exemplo do papel, estendendo-o infinitamente e projetando a esfera solar nesse plano da mesma forma como fizemos com a Terra. Nessa situação, o sol que o explorador viu é o avesso do sol que vemos, ou seja, o mesmo sol. Já em termos científicos temos um bom desafio aqui, que são as fórmulas que descrevem a massa. Se imaginarmos que o planeta tem um avesso, então, a primeira suposição é que a massa seria dobrada, o que derrubaria a tese considerando a experimentação científica atual. De fato, não dá para afirmar isso sobre a massa dessa forma, pois nossa ciência hoje não conhece a natureza da massa (estude um pouco sobre o bóson de Higgs e você vai ver que a massa ainda é um mistério). Outro ponto é que os cálculos de massa que temos hoje já podem considerar essa massa dobrada, ou seja, se partirmos do pressuposto de que o avesso também pode existir nas partículas, então os cálculos ignoram que a massa poderia se dividir pelos avessos. De fato, seria necessário formular uma teoria de como a massa se esparramaria por esses avessos, dividindo-se, e não o contrário, em outras palavras as fórmulas vão funcionar mesmo que ignoremos a existência do avesso, dado que elas considerariam a massa integral de ambos os lados. Mais um detalhe, da mesma forma que eu mencionei acima sobre o avesso do sol, todos os orbes teriam avessos visíveis dos dois lados, senão precisaríamos inferir a existência de uma dimensão não conectada à nossa, o que contraria o conhecimento do universo de onze dimensões que temos hoje.

Por fim, é fácil entender porque as autoridades fariam o possível para deixar o tema obscurecido. Imagine um mundo do mesmo tamanho e potencial que o nosso, que tenha se desenvolvido isoladamente, com seus modelos políticos, sociais, industriais e econômicos, com seus reis e suas guerras, com sua ONU e tudo mais, e que esse mundo possui uma ínfima passagem para um outro muito similar, como todas suas estruturas de poder já montadas. A pergunta óbvia é: como lidar com a existência disso sem provocar um tremendo desequilíbrio nas estruturas de poder, nos planos de governo e tudo mais, de ambos os lados? Se o lado de lá é similar ao de cá (e acredito que seja), tenho absoluta certeza de que há um acordo tácito entre as partes para deixar tudo ocultado até que se arrume algum meio de lidar com isso, de pleno acordo de todas as estruturas de poder existentes em ambos os lados, o que absolutamente não deve ser nada fácil. Eu acredito que sejam sociedades similares porque se um dos lados fosse bem mais forte ou desenvolvido tecnologicamente, já haveria um movimento de dominação por parte desse lado, pois nós conhecemos muito bem a índole humana.

Como vimos, com um pouco de boa vontade é perfeitamente possível conciliar lendas com ciência, basta elucubrar um pouco e avaliar as possibilidades. Sou da opinião que não devemos ignorar ou rechaçar nenhuma lenda ou história contada pela nossa “mitologia.” Elas não são mentiras ou fantasias, apenas são interpretações limitadas de fatos existenciais cuja compreensão não era possível na época que foram relatadas. Como dizia Adhemar Ramos: “Não acredite em nada que eu disser, mas não duvide de nada que eu disser.”

Paz e Luz para todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interessante!!!! abs