Há um certo tempo, recebi uma pergunta suscitada por uma mensagem de Ashtar Sheran, que falava sobre a preparação para os desencarnes e temas relacionados ao processo de transição pelo qual o planeta está passando. Apesar de parecer estranho eu falar sobre anjos ou seres supostamente “intergaláticos” aqui neste espaço, acho pertinente que haja esclarecimentos sobre quem são esses seres e qual a situação que estamos passando nesse momento. Então, segue uma matéria baseada na resposta que eu enviei:
Vamos separar o tema em duas partes, até porque, é extenso. Primeiramente, vale explicar quem supostamente seria Ashtar Sheran e o que dizem dele. Em seguida, vamos falar um pouco sobre a situação atual do planeta.
Há várias histórias (ou estórias, como queiram) que falam sobre Ashtar Sheran. A mais comum é a do “O Comando Ashtar”, que foi um livro (ou livreto) veiculado na década de 1980 e que falava sobre um suposto comando estrelar que estaria apoiando o desenvolvimento do planeta terra, cujo comandante seria Ashtar Sheran. Nesse livro, e nos que se seguiram, havia menções da terra ser um grande laboratório de formas de vida, do qual nós fazemos parte da experiência. Essa idéia é reforçada por algumas outras teorias bem interessantes e contundentes, seja da turma da ufologia tradicional, seja da turma dos estudos teosóficos, sendo que eu chego a acreditar que tem um fundo de verdade nisso tudo (entendam bem, não estou dizendo que acredito em tudo, mas que tem fogo gerando essa fumaça, para mim tem). Especificamente sobre “O Comando Ashtar”, esse livro diz que os seres extraterrestres nos ajudarão a passar por essa fase de transição e que poderá haver um grande resgate de formas de vida (semelhante à Arca de Noé) caso os impactos dessa transição atinjam proporções muito grandes em termos de catástrofes naturais, ou mesmo de guerras atômicas, ou similares. É uma história curiosa e envolvente, mas bastante fantástica também. Se é verdade ou não, só o tempo vai dizer.
Apenas um parêntese para conhecimento de todos: é fartamente divulgado por diversas linhas de pensamento que o processo de transição de eras se iniciou definitivamente entre 2006 e 2007. De fato, fica bem definido que a era de Peixes se encerrou em 21 de março de 2006 e a era de Aquário iniciou em 21 de março de 2007. O ano de 2006 é considerado um tipo de intermezzo, similar ao que acontece entre 21h e 23h no dia do ano novo Chinês. Tendo a aceitar essa proposição como verdadeira.
Na minha opinião, eu não tenho dúvidas que haja seres de Luz nos apoiando o tempo todo. Se eles são extraterrestres, isso pouco importa, até porque, quem pode nos garantir que a raça humana é verdadeiramente terráquea? Há linhas de pensamento que dizem que esses seres não são daqui, há outras que dizem que são terráqueos e que eram conhecidos antigamente como os deuses do Olimpo (ou de outras mitologias). Há ainda aqueles que dizem que são os conhecidos anjos que nos acompanham no processo de evolução. O que eu acredito é que existem seres com um padrão de consciência diferente do nosso, provavelmente com uma forma corpórea mais sutil, que fazem parte de uma Hierarquia (etimologicamente, hierarquia é o governo do aqui – arquia=governo e hier=aqui; mas para mim, isso não faz sentido e penso que uma tradução melhor seria Governo do Sagrado – arquia=governo e hieros=sagrado). Algumas “lendas” afirmam que, em algum momento, esses seres tiveram que ficar anônimos ou ocultos para que pudéssemos seguir nosso processo de desenvolvimento consciencional. De qualquer forma, há controvérsias sobre quem é Ashtar Sheran e como ele atua, mas há pouca controvérsia quanto à sua existência, ao menos nos meios esotéricos (obviamente, a ciência formal ignora isso tudo). O que eu sei de Ashtar Sheram é que ele é um desses seres de Luz, seja como comandante da “divisão estrelar” que cuida do nosso planeta, seja como um anjo, ou ainda simplesmente como apoiador do nosso processo evolutivo. Ele trabalha ao lado do Arcanjo Miguel e do Mestre El Morya que, segundo a Teosofia, são responsáveis pela sustentação do raio do poder no planeta Terra (chamado de raio azul, ou primeiro raio).
Vamos agora à segunda parte da resposta. A mensagem distribuída com o título “Preparo para os desencarnes” parece estar relacionada com esse pessoal que veiculou as histórias do comando Ashtar e/ou sustenta essa linha de pensamento até hoje. O teor da mensagem é muito similar às mensagens que estão sendo veiculadas por vários grupos espiritualistas ou religiosos nesse exato momento. Definitivamente, entramos na região do tempo onde as grandes transformações se processarão e o que estamos vendo em termos de catástrofes é só o começo, bem tenro começo. Acredite: alguma catástrofe vai derrubar a sua casa e arrasar todas aquelas ilusões que você adora cultuar, portanto, prepare-se para isso. Se você tiver a missão de continuar vivo, certamente a maioria dos seus familiares não terá a mesma sorte (ou azar). Algumas linhas afirmam que pode não sobrar um ser humano para contar a história. Outras afirmam que sobrarão de 1 a 2 bilhões de pessoas, ou seja, na melhor das hipóteses, para cada humano que sobrará vivo, haverá dois cadáveres para ele enterrar, sendo que, essa tragédia anunciada se processará nos próximos anos, durante um período bem curto da nossa história. Alguns dizem que é 2012, outros 2016, 2019 ou mesmo 2036. Eu acho que será um período, não um marco, cujo início foi em 2007 e se estenderá por 3 a 4 décadas de penúria, o que é muito pouco em relação à história do mundo.
Certamente, essa é uma mensagem inquietante e deixa muitos alarmados. Não deveria ser, pois isso está sendo anunciado há séculos em alguns livros sagrados, por profetas e, mais recentemente, pela ciência e grupos ecologistas. Entendo que a forma mais certa de lidar com isso tudo é agradecer a Deus, visto que é uma grande benção estarmos encarnados nesse período de grande aprendizagem espiritual, uma oportunidade ímpar que demora muito para acontecer no ciclo de desenvolvimento planetário. Você foi escolhido para estar aqui, fortalecer seu espírito e aprender a amar, portanto, agradeça todos os dias, mesmo que você esteja em pânico, com medo de desencarnar e com a tragédia batendo à sua porta.
Assim como há as profecias apocalípticas, há também as profecias do mundo de paz e harmonia que se seguirá. Há também a velha história do planeta “chupão”, que levará as almas despreparadas para esse novo mundo, realizando a famosa separação do joio e do trigo. Então, tudo isso que está para acontecer nada mais é do que um expurgo, uma recriação do mundo, um verdadeiro processo de cura da nossa humanidade.
Mais um adendo aqui, pois muitos tenderão a dizer que o problema é ecológico e não espiritual. Na minha opinião, essa questão de ecologia está com viés inadequado, ou seja, não é bem assim como estão dizendo; não no sentido de que a ação do homem não estaria estragando o planeta, mas sim na forma como essa ação é exercida. A ecologia parte do pressuposto de que é a ação do homem no plano material que causa os problemas, mas, de fato, não é a ação física, e sim a ação mental. Pensar que o homem poderia causar problemas em uma natureza tão poderosa é o supra-sumo do egocentrismo. O sistema terrestre é uma estrutura poderosa, regido por uma consciência planetária, ou seja, é vivo e com todas as capacidades pertinentes a um sistema vivo, da qual fazem parte diversos grupos de seres em diversos planos de manifestação, do mais sutil e invisível até nós, os mais densos no plano material. Como mencionei acima, há seres mais desenvolvidos que nós e com muito mais controle do ambiente terrestre que nós. De fato, o que estamos fazendo é reagir ao processo de evolução da consciência humana que está sendo impulsionado por essa consciência planetária e, com isso, nosso pensamento e a energia que ele irradia está em conflito com os influxos desse desenvolvimento. Nesse sentido, a consciência planetária tem que mover o que for necessário para que o processo se realize, então, esse conflito sai do âmbito energético e passa para o plano físico, com sintomas como se o planeta estivesse doente (febre, reações “imunológicas”, etc.), lembrando que os sintomas das doenças nada mais são que o desejo e o esforço do corpo para se reequilibrar e se curar e não um castigo divino.
Infelizmente, a humanidade não está procedendo às mudanças na velocidade necessária. As diversas reuniões dos governos dos países mais fortes tem sido uma demonstração clara de que ninguém quer mudar nada realmente. E não falo apenas das elites e líderes, pois eles são apenas a representação da nossa própria vontade, mas sim de que nós mesmos queremos que o mundo continue do jeito que está, ou seja, nós não estamos preocupados com a miséria que nos rodeia, desde que nós possamos continuar seguindo nossas vidas do jeito que gostamos. Nós não queremos mudar nosso pensamento e não queremos seguir os exemplos dos Mestres que já estiveram por aqui (Jesus, Buda, Chico Xavier, Lao Tzé, Maomé, Moisés, etc.). Quando falo em seguir o exemplo, falo em nos tornar como Eles, pois é para isso que serve um Exemplo. Considerando isso, o que podemos esperar do futuro é que tenhamos dificuldades nesse processo de transição de eras, que é mais ou menos o que tantas correntes de pensamento insistentemente têm dito.
O que as linhas de pensamento que eu tenho estudado dizem é que o tempo que tínhamos já acabou. Parte do que podia ser feito para evitar as catástrofes já não conseguirá mais mudar algumas coisas que estavam previstas, então, a transição não será lá tão pacífica. Ainda há tempo para que possamos evitar situações extremas, mas quanto mais demorarmos, mais veremos a aceleração das catástrofes naturais ou outras tragédias que já estamos vendo acontecer. Como disse, ainda há tempo para amenizar o conflito da transição de eras e, para isso, nós temos que olhar para dentro de nós e começar a mudar as coisas lá. Nada está fora, tudo o que precisa ser feito está dentro (é por isso que eu disse que a ecologia está com viés inadequado). A natureza muda se nós mudarmos, pois cessará a causa, que é o conflito entre nossos desejos como humanidade e os desígnios da consciência planetária.
Como podemos descobrir o que precisa ser mudado? Uma forma fácil de fazer isso é olhar seu reflexo. Tudo que vemos nos outros que nos incomoda e, principalmente, que nos causa indignação ou qualquer outra manifestação de raiva é exatamente o que precisa ser modificado em nós, ou seja, está em nós, mesmo que não acreditemos nisso. Essa é uma das verdades que Freud compilou e que está muito alinhada com os ditames de diversas filosofias e teosofias, ou seja, esse é um dos grandes acertos de Freud (e olha que eu não sou Freudiano). Quando você olha para um político achando que ele é desonesto e isso lhe causa repulsa, pode procurar a desonestidade em você, mesmo que em menor grau (já pensou em subornar um guarda ou alguma instituição para resolver um problema seu? Dar um “jeitinho” porque isso não prejudicaria ninguém? Já pensou em matar um político ou algo semelhante? Faça as perguntas que as respostas aparecem...). O segredo é esse, assumir sua parte da responsabilidade por qualquer coisa que você veja como sendo de outra pessoa, que você ache que está fora de você; foi assim que os Mestres fizeram. Assumir a responsabilidade é o mesmo que arrepender-se dos seus pecados. A partir daí, você deve pedir perdão ao Deus do seu coração e não deve se culpar, apenas tenha o firme propósito de se retificar. Esqueça a doutrina do Carma, pois o momento é do agora e não do passado ou do futuro, e siga os ensinamentos dos Mestres. Cada um tem que estar disposto a fazer pelos outros apenas em nome do amor; de novo, foi assim que os Mestres fizeram. Mesmo que Deus e todas as falanges divinas nos ajudem, é fato que esse procedimento não é lá muito fácil, mas é mais fácil se você fizer isso em grupo, por isso, é muito importante que as pessoas se voltem imediatamente e assiduamente para as filosofias e teosofias, pois, apesar de ser um trabalho individual, melhor ser feito em grupo; essa é a tônica da nova era, o trabalho em grupo. Em suma, a mensagem é: você gostaria que o mundo fosse diferente, não é mesmo? Então comece a fazer esse mundo novo mudando a si mesmo. Não ache que as respostas estão fora ou que os outros estão errados, você é quem precisa mudar-se e corrigir-se.
No fundo, o que todos nós fazemos é clamar por amor, pois sentimos falta de amor, então, o que precisamos fazer é entender como podemos amar mais e como podemos manifestar esse amor. Não só Deus, mas todos os outros “anjos” ou mensageiros da luz estão aí para ajudar, então, podemos pedir ajuda para eles para que possamos fazer nossa parte. De novo, não faz diferença o que vemos fora, pois se mudarmos dentro de nós, o lado externo muda, a natureza muda, o mundo muda. Logicamente, se apenas um Mestre estiver fazendo isso, ele vai sofrer muito, mas se nós resolvermos ajudá-lo e muitos “mestres” menores aparecerem, vai ficar mais fácil, então, precisamos querer ser mestres menores, seguindo os Exemplos dos Grandes Mestres. Esse é o trabalho e é assim que vamos conseguir passar pela transição planetária sem continuarmos vendo tantas catástrofes e sofrimentos.
Ajude. Faça sua mudança. Ame e crie uma vida melhor para você e para todos.
"Periódico com artigos ligados à ciência, filosofia, esoterismo, religião e assuntos relacionados à situação atual do planeta."
"É preciso preparar-se para mais elevados conhecimentos, só neste pensamento pode a nova consciência aproximar-se da humanidade"
(Mestre El-Morya)
quinta-feira, março 08, 2012
segunda-feira, janeiro 30, 2012
CO2, Vilão ou Bode Expiatório?
CO2, ou dióxido de carbono, é o famoso gás tão citado sempre que se fala em aquecimento global hoje em dia. Mas será que ele realmente tem a ver com esse aquecimento? O que as pesquisas mostram é que ele até tem a ver, mas não como causador e sim como conseqüência. Isso pode parecer estranho, pois somos bombardeados diariamente com informações distorcidas sobre sua relação com o efeito estufa, mas o fato é que há muitos interesses ocultos por trás dessa questão. Para proteger-se dessa desinformação, o primeiro ponto para se atentar é em quem está veiculando esse tipo de informação e a forma como está sendo veiculada. Note que há um grande número de políticos e pessoas ligadas ao poder e à economia falando sobre isso, palestras muito bem ensaiadas, com pessoas muito bem vestidas, com boa retórica, mas cadê os cientistas? Pois é, esses não estão verdadeiramente sendo ouvidos, até porque, suas conclusões não são interessantes para o establishment. O fato é que esse mesmo establishment tem comprado algumas pesquisas tendenciosas, descaracterizado outras, manipulando reportagens, para poder criar um falso embasamento às suas “causas” nocivas.
Vamos começar estudando um pouco as bases dessa questão, mas antes de tudo, entendam que eu não quero dizer aqui que não há aquecimento global e que ele não tem conseqüências, nem que não devemos lutar pela preservação da natureza, pois a destruição de florestas, que são zonas que geram umidade nas áreas continentais, é muito preocupante. O ponto é que o CO2 é colocado como vilão, mas a representatividade dele na questão ambiental é baixa, porém, na questão econômica, aí sim ele é determinante. Primeiramente, vamos olhar a atmosfera e entender um pouco a dinâmica dela. A composição da atmosfera terrestre é (fonte Wikipedia):
- 78,1%, Nitrogênio
- 20,9%, Oxigênio
- 0,9%, Argônio
- 0,04%, Dióxido de Carbono
- 0,06%, Diversos outros componentes, como Hélio, Metano, Hidrogênio, Ozônio, etc., incluindo outros gases do efeito estufa.
Não está computado aí o vapor de água, que varia de 1% a 4% próximo da superfície terrestre, portanto, teríamos que reduzir um pouco o percentual de todos os componentes acima para dar espaço para o vapor.
Também é interessante analisarmos a atmosfera de Vênus, o segundo planeta do sistema solar, que é aquele com o maior efeito estufa que temos conhecimento e acesso a dados (fonte Wikipedia):
- 96,5%, Dióxido de Carbono
- 3,5%, Nitrogênio
- Menor que 0,001%, Diversos outros componentes, incluindo outros gases do efeito estufa, ou seja, a “estufa” de Vênus e praticamente mantida apenas pelo CO2.
Um detalhe interessante é que, apesar da atmosfera de Vênus ter apenas 3,5% de Nitrogênio, a quantidade desse elemento nela é 4 vezes maior que na Terra. Isso acontece porque a atmosfera lá é muito maior e mais densa. Não vou nem fazer o cálculo da quantidade de CO2, pois já olhando os números crus, percebemos que é absurdamente maior lá do que aqui. A composição percentual da atmosfera de Vênus é bem parecida com a de Marte, o quarto planeta do nosso sistema, muito embora, em termos de pressão e densidade, a diferença entre os 3 planetas é imensa. A pressão atmosférica da Terra é 1 atm, a de Marte é 0,006 atm e a de Vênus é 90,9 atm. Além disso, tanto Marte quanto Vênus têm atmosferas maiores que a da Terra. Em termos de temperatura média na superfície, Vênus é 22,2 vezes mais quente que a terra, já Marte é 3,6 vezes mais frio.
Mas por que todos esses números? Porque, da forma como a mídia coloca, parece que o CO2 é o principal gás do efeito estufa, mas, olhando para os dados acima, não dá para afirmar isso; essa relação é muito estranha quando comparamos os 3 planetas, com suas atmosferas e distâncias em relação ao sol. De fato, não se consegue estabelecer nenhuma proporção entre a quantidade de CO2 e a temperatura, mas também, não podemos dizer que temos um conhecimento científico suficiente para entender como o CO2 funciona nesses planetas. Avaliando os dados acima como leigo, eu diria que a distância em relação ao sol e/ou a densidade da atmosfera parecem ter mais representatividade. De qualquer forma, tenho que admitir que a explanação acima tem o propósito de desprogramar sua mente da lavagem cerebral que fizeram em você com alguns argumentos que têm lógica e, realmente, expressam minha opinião. As pesquisas virão mais adiante. Aliás, até para melhorar um pouco essa “desprogramação”, vamos associar a experiência do seu dia-a-dia nessa conversa. Quando eu falo de dias frios, em que você pensa? Em um dia ensolarado? Óbvio que não. A imagem que vêm à sua mente é de um dia nublado; essa é sua experiência. Vivo em São José dos Campos e estou escrevendo esse artigo em 2012. O verão desse ano aqui foi bem ameno, com muitos dias nublados, chuvas e temperaturas baixas. O verão de 2011 foi o contrário, teve menos dias nublados, muito sol e foi um verão quente. Já 2010 foi pior ainda em termos de calor e estio. O interessante disso é que o vapor de água (nuvens e umidade) participa com 1% a 4% da atmosfera próximo da superfície e o CO2 compõe-se de 0,04% da atmosfera toda; mais ainda, se somarmos todos os demais gases do efeito estufa com exceção do vapor, eles não chegam a 0,1%, portanto, não lhe parece mais óbvio que a água exerça um papel muito mais significativo na temperatura da terra do que o CO2? Detalhe importante: o vapor de água é um dos gases do efeito estufa, aliás, muitos cientistas o consideram o mais importante gás para esse efeito. Ainda resgatando sua experiência quotidiana, sabe qual é o princípio dos climatizadores de ar? Não falo de ar-condicionado, mas dos equipamentos que são um pouco mais que ventiladores e que usam vapor de água para produzir uma redução bem razoável na temperatura do ambiente. Veja que em algumas praias do Brasil, usa-se a vaporização de água em alguns totens de propaganda para refrescar os banhistas através do mesmo princípio. Indo um pouco para os oceanos, aqui na América do Sul, é comum ouvirmos falar do efeito el niño ou la niña, que é uma alteração da temperatura no oceano pacífico que causa um grande impacto no clima da região. Além disso, temos a tese das correntes oceânicas profundas, que eu sugiro você procurar na internet para não me estender muito nesse artigo. Em suma, um pouco de pesquisa básica e vemos que a água é determinante em termos de impacto na temperatura.
Agora vamos para as pesquisas científicas. Basicamente, os fatos adiante foram tirados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Instituto Americano de Oceanografia, NASA e alguns outros institutos particulares. Segundo eles, a temperatura média do planeta nos últimos 10.000 anos é maior do que a que temos hoje. De fato, estamos nos recuperando de uma queda acentuada da temperatura da Terra ocorrida na idade média, chamada de pequena era glacial, cuja denominação se deve por ter sido a época de temperatura média mais baixa de todo período mencionado acima. Além disso, há cerca de 7.000 anos atrás, e por um período de 3.500 anos, o planeta viveu uma era com temperatura média bem mais alta do que hoje. Um período similar, mas menos acentuado e com menor duração, ocorreu durante os 1.200 anos que precederam a pequena era glacial mencionada. Outro fato interessante é que a temperatura média subiu ao longo do século vinte até a década de 1940 e, durante o boom econômico ocorrido no pós-guerra, quando houve uma intensa emissão de CO2, a temperatura sofreu um declínio constante por quase quatro décadas. O que esses dados revelam é que a variação da temperatura média é um fenômeno absolutamente natural e o aumento dela é algo esperado, dado que ainda estamos saindo de um período onde ela esteve em uma média bem abaixo do normal. No que tange ao CO2, outros dados apóiam que, durante a história, não se consegue estabelecer uma relação direta entre aumento de emissão de CO2 e aumento da temperatura como conseqüência, muito embora, os estudos mostram que ao longo dos últimos 650.000 anos, a temperatura e o CO2 estiveram relacionados, mas o aumento do CO2 vem depois do aumento da temperatura e não antes como está sendo veiculado, ou seja, o aumento da emissão de CO2 é uma conseqüência do aumento da temperatura e não o contrário. Isso pode ser observado quando se analisa os dados no detalhe e não em um gráfico espremido como o que foi mostrado no filme do Al Gore (Uma Verdade Inconveniente). De fato, o que ele fez foi mostrar a informação de uma forma distorcida, para que pudesse corroborar com os seus interesses. Se olharmos os dados com um intervalo menor, vemos que o CO2 sofre um atraso de pelo menos 200 anos para acompanhar a curva de aumento e decréscimo da temperatura, chegando até 800 anos em alguns casos. A tese científica para esse fenômeno é que, com o aumento da temperatura, há mais atividade biológica no planeta, portanto, há uma maior produção de CO2 pelas criaturas vivas. Note também que mesmo hoje em dia, os vulcões ativos do mundo produzem muito mais CO2 que toda atividade humana somada. O mesmo acontece com o CO2 produzido pelos animais terrestres e bactérias, ou seja, só essa atividade produz pelo menos 20 vezes mais CO2 que toda atividade humana somada. Dentre os produtores de CO2 ainda temos toda deterioração vegetal, além das plantas que não fazem fotossíntese. Outro “organismo” de muito maior importância na absorção e emissão de CO2 são os oceanos que, além de ocuparem dois terços da superfície planetária, quando se aquecem, emitem CO2 e quando se resfriam, fazem o inverso. Enfim, toda atividade humana somada não representa alguns poucos pontos percentuais de toda emissão de CO2 do planeta. De fato, o que os estudos científicos apontam com base na análise dos últimos 400 anos é que a temperatura do planeta está diretamente relacionada com a atividade solar que, de uma forma específica, tem relação com a formação de vapor de água na atmosfera. Também para não me estender mais em um assunto vasto, sugiro você pesquisar sobre raios cósmicos, atividade solar e formação de nuvens para entender melhor como isso funciona.
Quais são então os interesses do establishment em divulgar que as emissões de CO2 são causadoras do aquecimento global? Não faço, nem quero fazer parte do establishment, portanto, apenas posso supor quais são as péssimas intenções dessa gente nefasta. Veja que emissões de CO2 estão diretamente relacionadas com processos de industrialização, energia e desenvolvimento econômico dos países, sendo que os povos “desenvolvidos” estão em um processo de saturação econômica, com ênfase no endividamento e não na produção local de bens e serviços. Já os países supostamente em desenvolvimento estão em uma fase de florescência industrial, esforçando-se para desenvolver suas economias, donde podemos concluir que espalhar uma fobia de emissão de CO2 na população é muito conveniente para interferir na atividade política e controlar ou retardar o avanço desenvolvimentista dos países. Mas, como disse, isso é uma suposição, baseada em algumas opiniões que tive contato; talvez até seja óbvia ou ingênua, mas faz sentido, muito embora, é realmente complicado tentar entender mentes doentes e gananciosas, imaginando o que engendram, especialmente quando meu esforço é justamente para purificar os pensamentos e sentimentos.
Eu entendo que seja um pouco difícil para o leitor assimilar as informações apresentadas nesse artigo, mas não precisa aceitar, rechaçar ou formar uma opinião por conta dele; apenas leve em consideração que você pode estar sendo enganado e que precisa procurar mais informações sobre o assunto. Quando eu tive contato pela primeira vez com esses dados, também foi difícil aceitar que eu tinha me deixado levar por toda essa propaganda veiculada na mídia sem nem desconfiar que poderiam estar querendo programar minhas opiniões. O fato é que quanto mais eu procuro me informar, ir à fonte e fazer as análises por mim mesmo em vez de assimilar os dados mastigados da mídia em geral, mais eu percebo que eles são distorcidos, tendenciosos, mentirosos e com objetivo de direcionar a opinião pública. Aliás, essa é a opinião dominante daqueles que procuram se informar por si só. Minha sugestão para o leitor é: cuidado com a opinião mostrada pelo establishment, veiculada pela mídia de forma aparentemente unânime, capitaneada por políticos ou representantes de poderes econômicos, pois eles querem que você se comporte como gado no pasto.
Reitero mais uma vez que o fato das informações sobre o CO2 serem um instrumento de manipulação política não faz com que a proteção ambiental, sustentabilidade tanto ambiental quanto sócio-econômica, consumo consciente, preservação dos recursos naturais e outras iniciativas de preservação da natureza deixem de ser fundamentais para a continuidade da nossa existência nesse planeta e devem ser esforços constantes em nossas vidas.
Em geral, eu procuro terminar meus textos com uma mensagem positiva, mas vou preferir terminar esse com essa mensagem de alerta e conscientização.
Acautele-se contra a alienação e a ignorância, pois elas são destruidoras da Luz.
sexta-feira, janeiro 20, 2012
Illuminati, O Título Usurpado
Assim como quando olhamos no espelho encontramos um reflexo da realidade, nesse plano da existência, maia ou matéria, o plano da ilusão, é comum encontrarmos diversos tipos de imagens refletidas em espelhos adulterados, tentando usurpar o verdadeiro lugar daqueles que são guiados pela Fonte de toda a vida e de todo o amor. Assim é com os falsos illuminati, que usurparam um termo antigo atribuído àqueles que são as luzes que guiam os passos da humanidade, adulterando a imagem dos verdadeiros portadores da sabedoria, instituindo organizações corruptas e tentando manter a estrutura ditatorial e controladora constituída há milênios.
O termo illuminati (illuminatus no singular) é, de fato, um título secreto concedido por algumas escolas de mistério reconhecidas pela Grande Fraternidade Branca a alguns poucos e dedicados irmãos de luz que conseguiram atingir um determinado grau de conexão com a Fonte Primordial, Deus, fazendo com que eles consigam manifestar um pouco da sabedoria divina, mesmo que essa conexão ainda não esteja muito madura ou estável. Há dois níveis de consecução deste grau, o da iniciação material, onde o iluminatus ainda é um noviço, e o da iniciação verdadeira, que é realizada em planos superiores da existência (planos = campos de manifestação da consciência), onde se estabelece a iluminação propriamente dita, com efeitos verificáveis nos corpos sutis e físicos do ser. Podemos dizer que o título concedido em cerimoniais na matéria é apenas como uma “autorização” que habilita o discípulo a ser iniciado por Sanat Kumara, o Senhor do Mundo, mas somente Ele pode declarar o discípulo como um illuminatus e somente o discípulo, ou seres que tenham atingido a percepção conciencional de planos mais elevados, podem saber quem verdadeiramente é ou não um illuminatus; por isso esse termo é velado, até porque, um illuminatus tem humildade suficiente para não se declarar como illuminatus na frente de irmãos que não tenham capacidade consciencional suficiente para identificá-lo e, para os que têm, há menos importância ainda se identificar como tal. Etimologicamente, é um termo latino, que significa “iluminados”, cujo plural é illuminati, ou seja, é um estado de sabedoria, abrangendo algumas etapas do caminho consciencional.
Infelizmente, como disse acima, esse termo foi usurpado e, alguns irmãos que certamente atingiram o nível do estudo onde receberam a iniciação material, mas não atingiram a verdadeira iluminação, acabaram por criar sociedades secretas que, em vez do verdadeiro motivo do amor e união, quiseram continuar a segregar as pessoas com base em princípios preconceituosos e sectários, com o objetivo de manter as estruturas fascistas e despóticas que ainda temos montadas em nosso mundo. Podemos dizer que a maioria das iniciativas que visam fortalecer a segregação e elitização social, dividindo o mundo entre pessoas que têm direito a regalias e outras não, tem a semente em alguma articulação conduzida pelos falsos illuminati, mesmo que o executor não tenha noção disso.
A origem dos falsos illuminati não está clara, nem é possível encontrar referências muito coerentes quanto à sua existência como uma organização operacional e infiltrada nas estruturas de poder, mas isso é proposital e tem como objetivo confundir a opinião pública para que esta possa questionar sua existência e desacreditar de suas ações e intenções. Alguns pesquisadores afirmam que ela estaria ligada a uma sociedade secreta fundada em 1776, durante o iluminismo, mas que teria sido perseguida anos mais tarde pelo risco que suas idéias representavam para o establishment da época, o que é contraditório, pois se os falsos illuminati estão ligados ao poder, como eles poderiam ser uma ameaça ao poder? Alguns atribuem a Maçonaria como instrumento dos falsos illuminati, assim como outras escolas de mistério também o seriam, como a Rosacruz, mas para mim, isso é “cortina de fumaça” para ocultar sua existência, até porque, o termo illuminati pode ser utilizado por essas escolas, conforme eu mencionei acima, como título de consecução mística, o que é conveniente para os falsos illuminati, pois em um caso de revolta popular ou algo parecido, eles podem culpar os verdadeiros illuminati e colocá-los na “cova dos leões”, como já fizeram diversas vezes no passado. O fato é que, partindo do pressuposto de que há uma articulação global para a manutenção do establishment, certamente membros ou agentes desse establishment deveriam estar infiltrados em todas as estruturas de poder e de disseminação do conhecimento para controlar qualquer ameaça que possa aparecer. Por mais que isso pareça a tal da teoria da conspiração, convenhamos que as agências de inteligência das nações dominantes são extremamente hábeis nesse tipo de controle e estão sim infiltradas de forma a controlar tudo que possa abalar a ordem estabelecida.
A informação da existência dos falsos illuminati como organização estruturada e operante é veiculada por dissidentes dessa ordem, bem como por algumas pessoas que estiveram muito próximas de seus membros e suas ações, mesmo não participando da organização e suas idéias. Essas pessoas, muitas vezes, têm sua reputação aviltada e suas atividades abafadas, também para confundir a opinião pública. Outras são ignoradas, pois nunca atingem uma massa crítica de seguidores que as façam ser consideradas ameaça, além do que, ajudam a manter a confusão e a desinformação.
Em termos místicos, os falsos illuminati têm um “calcanhar de Aquiles”, que é a sua incapacidade para atingir campos consciencionais elevados, portanto, eles só conseguem atuar e interferir na vida das pessoas através dos planos inferiores, como a consciência objetiva, a sugestão, alguma parte inferior do inconsciente coletivo e através de emoções inferiores, como as causadas pelo medo, que é sua principal arma. Eles sabem que o medo é a maior barreira para o estabelecimento da conexão com a Fonte Primordial, então, eles criam e disseminam a cultura do medo através do incentivo ao terrorismo, à criminalidade, insegurança, individualidade, competitividade, guerras, idéias dualísticas como céu e inferno, noções religiosas de um Deus punitivo, umbral e similares, Carma como punição, enfim, qualquer atividade ou informação que faça as pessoas se sentirem amedrontadas, separadas da Fonte Primordial e, conseqüentemente, desamparadas, culpadas e sem esperança. Veja que eles controlam a mídia, portanto, é fácil perceber porque há poucas notícias verdadeiramente boas nos veículos de massa. Mesmo a internet é vigiada e eu posso apostar que essa proposta SOPA do congresso americano está sendo articulada por eles, pois um ambiente livre e sem controle permite que idéias ameaçadoras ao establishment tomem corpo e produzam resultados contrários aos interesses deles.
Pelo fato do medo ser o principal meio de controle utilizado pelos falsos illuminati, a forma de afastar sua influência nefasta é nos livrarmos do medo. Isso não significa que precisamos usar a coragem, pois coragem não significa ausência de medo, mas sim é apenas um meio para reagirmos e lidarmos com ele; o verdadeiro subjugador do medo é o amor. Quem tem amor, se entrega e se abre, portanto, esquece-se do medo. É fácil entender isso dependendo da forma como você visualiza. Imagine que a pessoa que você mais ama na vida está sendo ameaçada de morte, qual seria sua ação frente a isso? Certamente, você se colocaria em defesa dessa pessoa sem se preocupar com o que possa acontecer a você mesmo; você se prepara para tudo nesse instante, até para morrer se for necessário, não dando a mínima para o medo. Se expandirmos isso a um nível divino, começamos a entender palidamente a passagem de Cristo no planeta, sendo que Sua entrega foi em defesa da libertação da humanidade, ou seja, Ele não se preocupou com o que aconteceria com Ele, pois Ele amava tanto que queria salvar a todos. É lógico que atingir esse nível de amor é um trabalho longo para nossa consciência ainda frágil, mas reconhecer o medo como agente de separação da Fonte Primordial é o primeiro passo para que possamos nos libertar do jugo dos falsos illuminati e para que possamos começar a trazer o reino de Deus para terra. Nesse sentido, sempre que você sentir medo, adote a prática de refletir sobre qual a semente que o está afastando de Deus. Não adianta brigar contra o medo, é necessário compreender sua natureza, qual a programação mental feita pelos falsos illuminati está ativada em sua consciência (e até no seu DNA) naquele momento; lembrando que grande parte da sua consciência inferior foi programada de forma a potencializar o medo, através da perpetuação de costumes trazidos inconscientemente pelos seus pais, herança genética e de todo o sistema de educação que temos, que causa insegurança ao invés de desenvolver potenciais. Reflita sobre o medo, mas não foque nele, apenas procure o sentimento amoroso complementar àquela situação e procure potencializá-lo. Você vai encontrar esse sentimento no seu coração, como um calor e um conforto que aparece no lugar do aperto no estômago. Sim, é perto assim, o medo fica no estômago, mas o amor está no peito e ligado à Fonte Primordial, que ampara a todos, que provê a vida e fortalece aquele que está com Ele.
Por hora, paro por aqui para não me estender mais, mas voltarei ao assunto futuramente.
Que o Deus do seu coração alimente Seu Amor em seu ser!
quarta-feira, dezembro 07, 2011
A Física Quântica e a Derrocada do Realismo Materialista (final)
Recentemente, li um artigo que falava sobre experimentos que estão sendo feitos no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear e no laboratório subterrâneo Gran Sasso, visando detectar partículas que teriam velocidade superior à da luz, os neutrinos. Detectar esse tipo de partícula com a tecnologia baseada no nosso espaço-tempo é realmente um desafio, pois, em tese, o instante em que se pode encontrar tais objetos é tão ínfimo que o mínimo deslize na medição poderia invalidar o experimento e, aliás, é isso mesmo que a comunidade científica está questionando, ou seja, não aceitaram os resultados obtidos até agora por conta dos parâmetros das medidas. Mas o ponto que me chamou a atenção foi a forma como o artigo foi apresentado, pois dizia que a Teoria da Relatividade de Einstein seria derrubada por conta dessa descoberta, em suma, uma tremenda bobagem. Infelizmente, a ânsia em vender jornais e notícias tem sido muito maior que o compromisso com a informação. No artigo anterior, eu mencionei que Einstein foi um dos últimos expoentes da escola mecanicista, porém, de uma certa forma, ele até mesmo começa a desmontar essa escola com a inserção do observador no processo de medição. Partindo desse pressuposto, e como a base dele é mecanicista, ele desenvolveu seus postulados sobre um conjunto de axiomas limitados e que, em pouco tempo, se tornariam obsoletos, até mesmo por conta de suas teorias. Porém, conforme o princípio da correspondência da Física Quântica, o que foi criado durante o período do Realismo Materialista é incorporado e expandido pela Física Quântica, portanto, o fato dos postulados terem se tornados obsoletos não invalida de forma alguma as teorias einsteinianas, apenas alguns aspectos delas estarão limitadas a uma estrutura específica de conhecimento, hoje obsoleta. Kepler não “desautorizou” Copérnico, apenas o expandiu, ou seja, as teorias de Einstein precisarão ser expandidas a luz dessa nova descoberta. O simples interesse pelo conhecimento básico dos estudos nem tão atuais da Física pela agência jornalística que divulgou a notícia seria suficiente para não dizer aquela insensatez. Pelo que eu estudei de Einstein, ele nunca disse que não poderiam haver objetos em velocidade superior a da luz, mas sim que, para objetos que acelerassem dentro da nossa dimensão espaço-temporal, a velocidade da luz seria uma barreira teórica, pois no momento em que se atingisse essa velocidade, o tempo para aquele objeto pararia e sua velocidade relativa seria estagnada, além de acabar o processo de aceleração, pois aceleração acontece em relação ao espaço-tempo. Ele inclusive chega a mencionar a dificuldade em se conseguir alguma detecção de objetos que estariam acima da velocidade da luz e que, por conseguinte, estariam voltando no tempo. Apesar de utópica, minha intenção com esse blog é justamente tentar trazer um pouco de instrução científica, filosófica e mística, de uma forma mais ou menos palatável, para ver se esse tipo de bobagem difundida pela mídia diminua um pouquinho que seja.
Mas vamos continuar a desenvolver um pouco mais o assunto dessa série de artigos. Comecei com Einstein, pois, como disse acima, ele praticamente deflagrou o processo de desmantelamento do realismo materialista. Antes de Einstein, tempo era considerado um elemento absoluto e muito importante para tudo que se relacionava à cosmologia e física. Einstein dá o primeiro golpe quando afirma que o tempo não é absoluto, muito embora, ele ainda tentou procurar alguma coisa absoluta e essa coisa era a velocidade da luz no espaço-tempo, sendo que, o tempo estaria subjugado ao momentum dos objetos, ou seja, estava relacionado ao movimento e a massa deles. O segundo golpe é dado quando ele relaciona matéria e energia, uma podendo ser transformada na outra, ou seja, acabou com a solidez do átomo proposta havia séculos pelos gregos. O terceiro golpe, derivado da teoria da relatividade, vem junto com o tal do observador, cuja posição e movimento interferem no resultado das medições, impactando drasticamente no método científico da época. Além dos golpes no materialismo, ele também cria constrangimento no clero quando trata da criação do universo e do big bang. Definitivamente, deveria ter muita gente que considerava o gênio como um grandessíssimo chato, incomodando muitas coisas tão bem estabelecidas. Porém, a contribuição mais intrigante para a mente comum é o fato do espaço e do tempo serem elementos variáveis e plásticos, ou seja, podem ser moldados, muito embora isso fosse constrangedor para ciência também, pois o que se utilizava para medir as coisas e gerar conhecimento científico até então era justamente uma régua (espaço) e um relógio (tempo). Ainda sobre o artigo que mencionei no início, Einstein viveu em um tempo onde a Física Quântica estava nascendo, portanto, o mundo dele ainda estava constituído por elementos analógicos, ou seja, aqueles que, para irem de um estado a outro, precisavam passar por todas as etapas intermediárias, sem rupturas, portanto, superar a velocidade da luz era sim uma barreira e, de certo modo, mesmo ele tinha dificuldades para imaginar que isso seria possível. Há experiências com luz feitas nas últimas décadas que comprovam essa possibilidade e, além disso, o princípio da incerteza de Heisemberg insere a ruptura no mundo analógico, mostrando que as partículas vão de um estado a outro sem passar por estados intermediários, ou seja, a luz deixa de ser uma barreira, pois a partícula pode sim sair de, por exemplo, 280.000 Km/s e aparecer a 350.000 Km/s sem passar pelos 300.000 Km/s (velocidade da luz), a tal barreira teórica formulada por Einstein. O bizarro disso é que essa mesma partícula vai sair do movimento temporal que vai do passado para o futuro e, instantaneamente, vai ter seu movimento indo do futuro para o passado. Isso tudo é ciência, meus amigos, não é loucura de uma mente perturbada... bizarro mesmo é nosso ego, que tem mania de acreditar naquilo que vê com os olhos. A ciência atual faz São Tomé parecer o apostolo com a fé mais cega de todos, pois se ele precisava ver para crer, então, ele era o que mais acreditava em ilusões.
Os constrangimentos continuaram de vento em popa com o desenvolvimento dos postulados da Física Quântica, agora não mais por Einstein. As implicações são muitas, especialmente no mundo das nossas crenças, sejam elas místicas, filosóficas ou religiosas. Dentre os mais significativos está a questão da consciência ser precursora da matéria e o fato dela interferir na forma como a matéria se manifesta. A primeira e antiqüíssima pergunta que fazemos aqui é: o que é a consciência? Para um materialista, ela era o resultado de fenômenos materiais, mas essa tese já caiu por terra, dado que o princípio da complementaridade aponta exatamente para o contrário. Se o materialista está errado, então a consciência não é material e aquilo que não é material é o quê? A ciência atual não tem resposta para isso; ela simplesmente não sabe o que é a consciência, portanto, a partir deste instante, qualquer estudo tem que transcender a ciência formal para buscar respostas. Diversas linhas de pensamento esotérico e filosófico definem de alguma forma a consciência, sendo que a grande maioria delas sugere a ligação intrínseca da consciência com Deus, fazendo com que ela tenha uma essência unificada, identificando essa unicidade com alguma denominação específica. As que não fazem isso associam alguma outra “entidade” presente em nossa psique com Deus, ou seja, podem estar dando outro nome para a mesma consciência, o que não faz a menor diferença no fundo. Verdadeiro Eu, Divina Essência, Mônada, Mestre Interior, Deus do Meu Coração, Cristo, Cristo Cósmico, etc., são os diversos nomes associados a esse conceito de unicidade, filiação divina ou consciência universal. Basicamente, o conceito diz que a mesma consciência essencial que habita em mim, habita em você, no mendigo da esquina, no corrupto, no santo, no ladrão, no bom samaritano, em Jesus Cristo, no deficiente mental, no louco, no homossexual, no negro, no branco, no oriental, no lindo, no feio, isso para falar de seres humanos, pois, muitas linhas de pensamento também dizem que habita no animal, no inseto, no peixe, na vaca, na planta, nas pedras, etc. Para qualquer um que não for ateu, esse conceito é até bem difundido. Para os ateus, eles têm um problema existencial agora, pois, se Deus não existe e a consciência não vem da matéria, o que é consciência então? Essa discussão existe também nas teorias quânticas, tem até um paradoxo chamado de “Gato de Schrödinger”. Prefiro não detalhar esse paradoxo aqui, até porque, ele pode facilmente ser encontrado na internet. A tese diz que se a consciência determina a forma como a matéria se apresenta, se, por exemplo, a minha consciência quer que o gato morra envenenado e a sua não quer, então, o gato se apresentaria 50% morto e 50% vivo, dado que haveria um “conflito de vontades conciencionais”. Além disso parecer absurdo, pois acredito que a grande maioria que está lendo isso nunca viu um ser qualquer 50% morto e 50% vivo, também não é observado nos experimentos de laboratório, ou seja, sem comprovação científica, mesmo nas mais bizonhas teorias quânticas. Sabem como muitos físicos resolvem esse paradoxo em termos de pensamento científico? Eles dizem que: se a consciência for uma entidade unificada, nunca haverá um gato 50% morto e 50% vivo, pois a decisão da consciência seria única, sem conflitos, dado que é uma só consciência. Não posso deixar de dizer que eu fiquei emocionado quando estudei isso pela primeira vez e, de certa forma, fico até hoje, pois é fantástico como teorias filosóficas tão antigas encontram forte ressonância nos mais modernos pensamentos científicos. Isso para mim é obra do divino.
Ainda não dá para dizer que a ciência encontrou Deus, até porque, enquanto a ciência tiver um forte comprometimento com medições feitas no mundo limitado do espaço-tempo, não vai ser possível encontrar o que está no mundo ilimitado do absoluto. Também não acho que esse seja o papel dela. Para mim, a ciência é precursora de tecnologia, portanto, preocupar-se com encontrar Deus não deveria ser objeto do seu estudo, mas sim da filosofia ou teosofia, mais até para a última. Mas a era que estamos entrando será uma das mais frutíferas de todos os tempos se a ciência aceitar a existência de Deus e de influências absolutamente não conhecidas ou controláveis para desenvolver seus estudos, sem preconceitos de não se submeter ao método científico. Se alguém foca sua atenção através de um tubo para um único lugar, a possibilidade de realmente descobrir o que é e como usar os recursos daquele lugar de forma construtiva fica bem limitada. Precisamos tirar nossas observações dos tubos e olhar ao redor, entregando-se às possibilidades desse derredor. Não digo que devamos abandonar os métodos, mas não é conveniente fazer dos métodos os novos dogmas. As coisas podem funcionar como os dogmas ditam, mas também como os dogmas sequer sonham que funcionam; se não houver experimentação, não há como saber. Toda intenção construtiva e boa vai gerar um resultado construtivo, mesmo que seja para nos mostrar que é melhor não ir por aquele caminho; é a chamada sincronicidade, que também encontra eco nas teorias quânticas. Nossa mente, por hora, está limitada a impressão de que existe tempo e que o tempo vai em uma determinada direção, porém, os estudos sugerem que podem haver seres no futuro construindo nosso passado, portanto, até o passado pode ser moldável, ao contrário do que o senso comum diz. Isso não é bizarro nem assustador, é surpreendente.
Todos os esforços de pensamento empreendidos até hoje são construtivos, deveriam ser respeitados e não criticados. Se em vez de haver embate entre ciência, filosofia, misticismo e religião houvesse bom senso e cooperação, mente aberta e verdadeiro interesse na busca da verdade, nosso mundo já estaria muito mais avançado não só no âmbito tecnológico, mas também no âmbito moral, social e político. O primeiro dogma de um pesquisador deveria ser: todas as formas de pensamento, idéias, teorias devem ser respeitadas, por mais estranhas e improváveis que sejam. Pode-se até não querer empreender pesquisas sobre um determinado tema em um determinado momento, mas se ele não puder ser validado positiva ou negativamente, então ele deveria ser arquivado até que houvesse elementos novos que pudessem resgatá-lo para uma nova avaliação. Os véus do conhecimento vão sendo rasgados aos poucos e, por vezes, o rasgar de um véu oferece um pequeno lampejo de um outro conhecimento ainda oculto por idéias imaturas ou veladas. Tudo tem seu tempo certo para se manifestar; aceitar isso é o dilema do ego, tão ansioso pelo amor de Deus, mas sem aceitar a presença Dele no seu coração. Se a consciência é realmente unificada, nós somos os corpos dessa consciência e ela dispõe desses corpos de acordo com suas escolhas. Essa até parece uma frase com um certo tom científico, mas se a mudarmos um pouco, veremos que é profundamente mística: se Deus é o criador único, nós somos seus filhos e servos, e ele dispõe de nós de acordo com sua vontade.
Sua consciência é a mesma de Deus, portanto, não fuja Dele. Deus é conosco.
segunda-feira, novembro 14, 2011
A Física Quântica e a Derrocada do Realismo Materialista (parte 3)
Em um dos artigos anteriores aqui deste site, eu mencionei que o infinito contém o finito. É uma afirmação lógica, afinal, o finito tem limites e o infinito não, portanto, pela lógica, o infinito contém tanto aquilo que tem limites quanto o que não tem, senão não seria infinito, pois estaria limitado pelo finito. A física quântica parece reforçar essa tese, pois, pelo princípio da correspondência, não se nega o que já é ciência, apenas incorpora os conhecimentos dentro de uma abordagem mais ampla. Usando esse mesmo conceito, podemos dizer que o realismo materialista não está errado em si, mas sim, é uma visão particular de alguns aspectos da criação; um ponto de vista específico e limitado da verdade universal. Aqueles que se apóiam no realismo materialista para determinar uma verdade absoluta precisariam refletir um pouco sobre a virtude “humildade” para entender que não existe verdade absoluta que possa ser resumida em conceitos quaisquer, sejam eles científicos, filosóficos ou religiosos, pois isso limitaria algo que seria perfeito e infinito em si em alguma definição limitada, ou seja, finita, portanto, menor que alguma coisa infinita que a contém. Isso vale também para os ateus, pois ateísmo não passa de um conceito e um tipo de religião que, em vez de afirmar a existência de alguma coisa maior, simplesmente nega. Interessante é que o realismo materialista não consegue nem mesmo sustentar uma simples formulação filosófica básica, derivada de seus próprios princípios: se tudo provém da matéria, o infinito também seria resultado da matéria mesmo a matéria sendo finita? Lembrando que o conceito de infinito é parte dos estudos matemáticos e tem neles sustentação acadêmica teórica. De qualquer forma, o interessante desse tipo de pensamento aberto proposto pelos físicos é que, ainda usando o princípio da correspondência, não considero haver nada de essencialmente errado nos pontos de vista científicos, filosóficos e religiosos, aliás, acredito mesmo que todos devem ser estimulados e são muito válidos, só precisam ser colocados no lugar que realmente estão, ou seja, são visões parciais, baseadas em definições e que são instrumentos excelentes para buscar e desenvolver o conhecimento, mas apenas isso, não podem ser confundidos com uma experiência de verdade absoluta infinita, pois esta não pode ser descrita por meios limitados. Racionalismo é só uma parte, não o todo, parte importante, porém, limitada.
Voltando ao nosso tema, vamos ver agora como a física quântica absorveu o realismo materialista e expandiu os horizontes do conhecimento científico, criando novos desafios à nossa consciência. Comparando os postulados da física quântica com os do realismo materialista, vemos que esses últimos perdem sustentação teórica por conta da oposição contundente dos primeiros. Vamos lá:
1- Princípio da Objetividade Forte: se os objetos materiais são realmente separados da mente ou consciência, como podemos determinar, através de nossa consciência e seguindo o princípio da complementaridade, a forma como uma partícula se apresentará no mundo físico? De fato, o princípio da complementaridade é frontalmente oposto ao da objetividade forte e, não fosse as provas experimentais de que a complementaridade é real, hoje estaríamos em uma discussão científica sem fim.
2- Princípio do Determinismo Causal: também claramente oposto ao princípio da incerteza de Heisenberg, não só postulado matematicamente, como também experimentalmente provado. Não temos como determinar a velocidade e posição iniciais de uma partícula, portanto, não conseguimos prever com precisão onde ela estará no próximo instante, portanto, o universo quântico é estatístico e não determinístico.
3- Princípio da Localidade: um aspecto interessante que eu não detalhei muito nos artigos anteriores, relativo ao princípio da incerteza de Heisenberg, é uma característica da partícula de se espalhar por enormes distâncias e se colapsar quando sofre medições. As fórmulas que regem esse princípio determinam que uma partícula que não está sendo observada está espalhada por distâncias inimagináveis, se é que podemos usar o termo distância. Há também outro fenômeno identificado nas experimentações chamado de “entrelaçamento quântico”, onde, de alguma forma, uma partícula permanece ligada a outra independentemente do tempo e do espaço, ou seja, ao se perturbar uma partícula, a outra que está entrelaçada reage da mesma forma, absolutamente no exato instante, independentemente da distância que estiverem separadas. As experimentações constataram o fenômeno mesmo estando as minúsculas partículas subatômicas separadas por centenas de quilômetros. Esse fenômeno derruba o princípio da localidade, pois não existe nada que materialmente possa justificar essa influência remota, mesmo que teoricamente formulado, ou seja, só a física quântica explica.
4- Princípio do Monismo Materialista: se todas as coisas são feitas de matéria, seria então a consciência um produto da matéria? Se for, temos que nos pautar que a matéria vem antes da consciência e que, portanto, a matéria determinaria os comportamentos da consciência. Se, pelo princípio da complementaridade, nossa decisão que determina a forma como a matéria se apresenta para nós, então é exatamente o contrário que acontece, ou seja, é a consciência quem determina os comportamentos da matéria, ou seja, a consciência teria então precedência sobre a matéria. De fato, não há estrutura de conhecimento no realismo materialista que explique esse fenômeno, ao contrário do que foi constatado pelos estudos quânticos, portanto, esse princípio também foi derrubado.
5- Princípio do Epifenomenalismo: esse princípio tenta reforçar a tese de que a consciência vem depois da matéria, mas, como vimos acima, pelos mesmos experimentos ficou demonstrado que é exatamente o contrário. De fato, esse princípio caiu junto com o do monismo materialista, pois, de certa forma, um estava ligado ao outro.
Se o realismo materialista não tem mais sustentação axiomática e falha na explicação dos objetos quânticos, como ficam todas as filosofias, crenças e teses baseadas nessa estrutura de conhecimento? Pelo princípio da correspondência, a física quântica não nega sua manifestação, porém, fica claro que precisarão sofrer uma reavaliação importante em seus princípios, pois há sim uma crise de credibilidade que muitos parecem querer ocultar. Mais que isso, podemos até mesmo dizer que os conceitos quânticos parecem meio que “sobrenaturais” a ponto de reforçar conceitos teosóficos ou místicos, ou seja, não só criou-se um problema estrutural nas teorias materialistas, como também apareceu uma estrutura de sustentação para todos os estudos não materialistas, antes relegados a devaneios de pessoas crédulas ou que precisam de algum tipo de conforto sentimental para suportarem o mundo material. De fato, para mim, todas essas discussões não passam de efeitos de uma lei simples: ação e reação ou, em outras palavras, Kharma. O clero, que abusou e vilipendiou os estudos científicos, agora é vítima de sua própria atrocidade; por sorte, a consciência hoje é mais evoluída, então, aqueles que aceitam as ciências ocultas ou atuam junto às religiões não foram mortos pelos realistas materialistas (pelo menos, não que eu saiba...).
Olhando um pouco para o futuro, não seria muito melhor e mais incentivador projetarmos um mundo onde a ciência, a filosofia e a religião voltassem a se unir para estudar profundamente a existência em todos os seus aspectos? Essa proposta está sendo defendida por diversos pesquisadores e, de fato, já temos algumas organizações trabalhando nesse sentido, mesmo que ainda consideradas “alternativas”, ou seja, arrumaram um termo para identificar estudos não ortodoxos que não podem mais ser sufocados por conta do “politicamente correto” e do respeito à diversidade. Logicamente, há muita resistência, mas a obviedade acachapante dos resultados das pesquisas cosmológicas e microcosmológicas não deixam dúvidas de que todos esses esforços do pensamento humano estão se dirigindo para um ambiente de cooperação, uma mesma estrada de conhecimento com diversas faixas paralelas, dado que, inquestionavelmente, parecem falar as mesmas coisas, apenas com métodos e palavras diferentes. Não fossem os interesses de estruturas de poder tão bem instaladas hoje na nossa sociedade, já estaríamos construindo um mundo de harmonia e respeito mútuo; porém, como a história demonstra, os administradores e executivos têm seu pensamento sempre algumas centenas de anos atrás dos artistas, filósofos e cientistas. Mas o tempo segue seu curso dentro da nossa consciência material, os séculos passam, e os pensamentos são difundidos aos poucos como conhecimento escolar na nossa humanidade. É um processo longo, envolve gerações, mas acontece, seja por bem ou por mal, através da conseqüência de nossos atos. É por isso que temos que plantar cada semente com zelo e amor, acreditando no futuro e vibrando positivamente.
Com esse artigo, o tema parece ter se encerrado, porém, fechei apenas a parte formal e científica. No próximo, falarei um pouco das possibilidades que essa nova visão encerra, sem preocupação de ser “cientificamente provado...”
Deus nos acompanhe nessa nova era do pensamento!
sábado, outubro 15, 2011
A Física Quântica e a Derrocada do Realismo Materialista (parte 2)
Apesar de Einstein ter contribuído largamente para a física do século 20, suas teorias estavam alicerçadas na mecânica clássica. Isso não é, de forma alguma, um problema para seu legado, até porque, mesmo naquilo que ele achou que era um erro teórico para o conceito de expansão do universo, na realidade, hoje já foi demonstrado que era um tremendo acerto. Eu diria que aqui temos uma questão de maturação de idéias; Einstein foi um dos últimos expoentes da mecânica clássica, portanto, estava lapidando as últimas arestas de um tema já bem maduro. Na mesma época, havia pesquisadores, como Niels Born, Max Bohr, De Broglie, Heisenberg e outros, que estavam desbravando uma floresta desconhecida, desbastando uma pedra mais bruta e postulando novidades muito polêmicas. Mesmo assim, Einstein não deixou de considerar as idéias deles, tecendo o seguinte comentário aos estudos de De Broglie: “A tese pode parecer loucura, mas é realmente lógica”. De fato, as fórmulas matemáticas da mecânica quântica têm variáveis bizarras, do tipo, o produto entre as “incertezas de posição de um elétron” e o “momentum” dele é maior ou igual à “constante de Planck”. O “momentum” tem relação com a famosa fórmula de Einstein, a “constante de Planck” todos nós estudamos no colégio e já era algo estranho por si só, dado que dizia que uma partícula “pulava” de um estado a outro sem passar pelas fases intermediárias, mas as “incertezas de posição de um elétron” é um tanto controverso para o determinístico e previsível universo mecânico dos primórdios da física. De qualquer forma, o fato é que as fórmulas da mecânica clássica funcionam para todos os objetos não quânticos, mas falham para os quânticos, sendo que as fórmulas da mecânica quântica funcionam tanto para explicar o habitat quântico, como todos os demais fenômenos da mecânica clássica, até com mais precisão, ou seja, são mais abrangentes que as primeiras. Para entender isso, podemos fazer uma analogia com relógios: por exemplo, se você tiver dois relógios, um mecânico, baseado em engrenagens e molas, e outro eletrônico, baseado em cristal de quarts, qual você acha que é mais preciso? Tecnicamente falando, um eletrônico de boa qualidade vai ser mais preciso que um mecânico também de boa qualidade, sendo que ambos são relógios e servem para marcar as horas. Além disso, normalmente o eletrônico terá cronômetro e outros quitutes não disponíveis no mecânico. Outro detalhe relevante é que, assim como muitos fenômenos estranhos derivados da teoria da relatividade, que foram testados e validados em experimentos na década de 1960 com o advento dos relógios atômicos, fenômenos verdadeiramente bisonhos foram testados e validados em experimentos quânticos alguns anos mais tarde. Mesmo assim, ou até mesmo por conta disso, alguns pesquisadores muito afinados com a mecânica clássica acabaram virando as costas para essas teorias e continuaram defendendo o universo mecânico, mesmo que seus discursos já estivessem notadamente vazios e frágeis.
Os postulados da física quântica são bastante desconcertantes. Mais que isso, eles criam paradoxos que podem ser resolvidos adotando modelos teosóficos; aliás, chego a acreditar que podemos encontrar integração entre os conceitos teosóficos e os conceitos quânticos, como se um precisasse do outro para se afirmar e sustentar. Por conta disso, muitos pensadores de áreas tão distintas quanto se possa imaginar tentam incorporar esses conceitos em suas teorias (falo de psicólogos, parapsicólogos, filósofos, médicos, homeopatas, terapeutas florais, etc.), muitas vezes de formas tão bizarras quanto as próprias teorias quânticas. Usar a palavra “quântico” acabou virando estratégia de marketing, criando um certo descrédito por conta de alguns charlatões, além da banalização do termo, o que gerou desconfiança das pessoas e as afastou de informações que seriam muito relevantes para suas reflexões existenciais. Em meio a essa enxurrada de idéias “viajantes”, várias pesquisas promissoras estão despontando e, mesmo que empiricamente, acabam por demonstrar resultados importantes. É engraçado que essa reação das pessoas se assemelha a reação que eu citei acima dos físicos clássicos, levando-me a pensar que esse tema gera esse tipo de resposta, ou seja, ou você vai fundo nele, ou você finge que ele não existe e que não faz parte da sua vida. Porém, a participação que ele tem na sua vida é integral, dado que há pesquisas que indicam que existem fenômenos quânticos determinantes no funcionamento de seus nervos, ou seja, suspeita-se que a simples percepção de que você tocou em algo quente pode acontecer por conta de um fenômeno chamado de “entrelaçamento quântico.”
Mas no que se baseia essa tal de física quântica? Estamos já no segundo artigo e vocês podem dizer que, até agora, só estou rodeando o assunto. Como disse no primeiro artigo, é um assunto vasto, e lá eu apresentei os postulados do realismo materialista. Nesse artigo, vou apresentar os postulados da física quântica, assim teremos um conhecimento básico para analisar as conseqüências do segundo sobre o primeiro em um próximo artigo. De novo, estou usando como referência o livro “O Universo Autoconsciente” de Amit Goswami, por ser uma obra que resume tudo isso de forma bem concisa na primeira parte para que ele possa desenvolver sua conceituação de universo na segunda. Não pretendo apresentar as proposições de Goswami nesta série, até porque, para quem se interessar, basta procurar o livro nas boas casas do ramo, como diria a máxima da propaganda tradicional.
Postulados da Mecânica Quântica:
1- Princípio do Salto Quântico: esse princípio teve como origem a discrepância entre a medição de emissões de luz de objetos incandescentes e as fórmulas que descreviam o fenômeno. Para solucionar essa diferença, Planck corajosamente afirmou que “os elétrons emitem ou absorvem energia apenas em certas quantidades específicas, descontinuamente separadas” (excerto do livro acima). O significado disso é que, para conseguir fazer essa absorção ou emissão de energia em lotes, o elétron tem que se posicionar no universo aos saltos, indo de uma camada à outra sem passar por nenhuma posição intermediária, ou seja, ele simplesmente desaparece de um lugar e “magicamente” aparece em outro. A primeira conseqüência dessa afirmação é a destruição do mundo analógico da mecânica clássica, onde não haveria descontinuidade no universo e tudo que vai de um ponto a outro, passaria obrigatoriamente por infinitas posições intermediárias. Isso vale para os macro-objetos que conhecemos, mas não para as partículas quânticas.
2- Princípio da Complementaridade: como conseqüência dos estudos de Bohr e De Broglie, podemos dizer de uma forma simplista que “as partículas materiais são simultaneamente onda e partícula, e a forma (onda ou partícula) como elas se mostram para nós é determinada pela nossa decisão de como medi-las.” Veja que estou falando de ciência formal, estruturada em fórmulas matemáticas e experimentações de laboratório. Esse interessante postulado insere na ciência a nossa consciência inteligente, não só como o observador passivo proposto por Einstein, mas uma entidade com poder de decisão sobre a forma como o universo se apresenta. De fato, esse princípio enuncia que o elétron não é nem onda, nem partícula, pois a sua verdadeira natureza é transcendente e ambas as características se mostram complementares entre elas, além do que, nós temos poder sobre sua apresentação material. Como diz Goswami, poderíamos chamar o elétron de “ondícula.”
3- Princípio da Incerteza de Heisenberg: esse princípio é formulado através da matemática e, para não dar explicações complicadas aqui, vou tentar traduzir essa fórmula em termos mais palatáveis para quem não tem fluência com os números. Basicamente, ela diz que “não podemos simultaneamente determinar, com certeza, a posição e a velocidade (ou momentum) de um elétron” (excerto do livro acima), com isso, não temos como determinar a trajetória dele e, por conseguinte, não conseguimos prever precisamente a posição dele. Trocando em miúdos, só conseguimos dizer que existe uma possibilidade maior ou menor de encontrar um elétron em um determinado lugar e, quando o achamos, não sabemos para onde ele vai; é como se ele fosse um “fantasma” que até pode ser achado em um lugar assombrado, por exemplo, um cemitério, mas nunca conseguimos saber se ele vai aparecer na nossa frente, ao nosso lado, lá no canto do muro, mas é muito mais provável achar um fantasma no cemitério do que na principal avenida da sua cidade. Detalhe: estamos falando de possibilidades, então, isso não significa que o fantasma tem que ficar no cemitério, aliás, a fórmula diz que é provável que ele esteja lá, mas que se não sabemos onde ele está, então, ele está em toda a parte ao mesmo tempo (isso mesmo, no mesmo instante em mais de um lugar), espalhado por todos os lugares e potencialmente pode se manifestar em qualquer lugar do planeta, incluindo a avenida da sua cidade. Por mais bizarro que isso possa parecer, foi com base nesse princípio que cientistas japoneses já conseguiram fazer há alguns poucos anos um experimento de teletransporte de partículas, o precursor do teletransporte do filme Jornada nas Estrelas.
4- Princípio da Correspondência: esse postulado é muito interessante e eu diria que ele tem um certo apelo diplomático, pois, ao mesmo tempo em que a física quântica derruba os axiomas do realismo materialista, ela não joga fora os conceitos formulados através deles, apenas expande as possibilidades para um mundo que, até então, era desconhecido. Esse postulado diz que “no domínio da física clássica, as deduções da mecânica quântica relativas ao movimento de objetos correspondem claramente às que são feitas usando a matemática newtoniana, como se fossem clássicos os corpos que estamos lidando” (excerto do livro citado acima). De fato, se olharmos para a história das descobertas científicas, isso é o que normalmente acontece; a cada passo da humanidade, nós temos um novo descortinar de possibilidades que apenas aumentam nosso conhecimento do universo, sem descartar as conquistas que as grandes mentes já fizeram. A física clássica construiu o mundo que conhecemos hoje, portanto, em sua época ela estava adequada. O mundo que vem pela frente é mais profundo, então, precisávamos de uma linguagem física também mais profunda.
Gosto muito da reflexão que esse tema nos apresenta. Apenas lendo os axiomas, o mundo já parece dar uma longa e surpreendente volta. Com quatro princípios, já nos encontramos inseridos em vários paradoxos que nos suscitam as reflexões de filósofos modernos, como Bertrand Russell, que dizia que nós não podíamos confiar no que nossos olhos vêem; aliás, essa declaração já seria uma afronta à ciência formal que se baseia, de certa forma, no que os olhos vêem. De fato, pelo último postulado, podemos dizer que o que nossos olhos vêem realmente está lá, pode ser calculado como existente, mas a mecânica quântica também diz que é muito mais do que está lá, ou seja, o que vemos é apenas uma pequena parte da verdade universal.
Até a próxima parte do tema e fiquem na Paz de Deus.
segunda-feira, setembro 19, 2011
A Física Quântica e a Derrocada do Realismo Materialista (parte 1)
Quantas vezes você já ouviu: “isso é cientificamente comprovado”? Muitos usam essa frase para tentar validar uma crença pessoal, se utilizando de alguma coisa que alguém disse que reproduziu em laboratório. Por outro lado, há também os que dizem: “isso é a palavra de Deus”, sendo que usam essa frase da mesma forma que a turma do “cientificamente comprovado”. Agora eu pergunto: qual é a diferença? Não estou perguntando qual é a diferença entre ciência e religião (ainda), estou perguntando qual é a diferença de intenção e pensamento entre as duas afirmativas. Muito do que se acredita ser cientificamente comprovado é apenas a reprodução de um determinado comportamento de estruturas materiais mensuráveis dentro de laboratórios que estão na crosta terrestre ou, mais recentemente, em um espaço nem tão sideral assim, que está apenas há algumas centenas de quilômetros acima da crosta. Dito isso, cabe aqui mais uma pergunta: quem garante que o que acontece nos laboratórios da terra funciona da mesma forma em laboratórios de um planeta que gire em torno da estrela Sirius? Ou, até mesmo, em Júpiter? De fato, só se pode garantir que o “cientificamente comprovado” funcione aqui na terra, com os elementos da terra, com a psicosfera da terra e tudo mais. Portanto, o “cientificamente comprovado” não passa de um tipo de crença não muito diferente do que é a “palavra de Deus”, talvez apenas um trate do finito e o outro do infinito. Aliás, quando vamos mais a fundo nas bases da ciência formal, vemos que ela não consegue comprovar muitas de suas teorias, apenas formula idéias baseadas em um método científico e espera poder fazer alguma experiência em ambiente controlado para conseguir medir alguma coisa que possa dar validade à tese inicial.
Mas por que eu comecei um artigo que vai falar de física com um discurso que mais parece uma afronta ao método científico? Não é uma afronta, é uma reflexão. Ciência e religião estiveram juntas por muitos milênios e só se separaram no ocidente porque alguém queria direcionar e limitar o pensamento filosófico e científico por conta do seu poderio político. Porém, como esclarece muito bem Eliphas Lévi no clássico “Dogma e Ritual da Alta Magia”, ciência, filosofia e religião formam um tripé indissolúvel para a compreensão da existência em todos os níveis. Até se pode separá-las politicamente, como são separados os poderes de uma república, mas inexoravelmente elas se encontrarão em algum ponto do tempo-espaço, pois são feitas essencialmente da mesma “matéria”. De fato, para ser um tripé, precisam estar unidas no vértice, sendo que, há um grupo de ciências que trabalham com esses três elementos; são as chamadas Ciências Ocultas. E onde as ciências ocultas entram nisso? Apesar de muitos religiosos e cientistas bradarem contra elas, ou dizendo que são artes do demônio, ou que não tem embasamento científico, essas ciências se estruturam conservando a harmonia entre as três hastes do tripé e, certamente por serem conciliadoras, incomodam aqueles que querem manter o poder sobre o conhecimento ou sobre algum aspecto da existência político-social das massas.
A boa notícia é que a física quântica colocou a ciência formal em uma tremenda “saia justa”, pois está chegando à conclusões desconcertantes, que fazem a ciência se aproximar de diversos conceitos filosóficos e religiosos. Amit Goswami, eminente físico indiano, chega até a propor em seu livro “O Universo Autoconsciente” que, depois das proposições da física quântica, a ciência se encontra em um momento de ruptura de antigos paradigmas, que não tem mais como sustentar os postulados materialistas e que só pode encontrar soluções para seus dogmatismos se aceitar que a grande maioria dos preceitos filosóficos e esotéricos estão bem fundamentados. De fato, isso já é praticado pelas ciências ocultas e as escolas de mistério há milênios, portanto, eu não vou dizer que tendo a concordar com Amit porque eu já concordo com ele desde que iniciei meus estudos esotéricos e científicos na década de 1980.
Um detalhe que não posso deixar de informar é que não dá para discorrer sobre um assunto tão polêmico em um único artigo, portanto, da mesma forma que a série de artigos “Uma Questão de Tempo”, esse assunto vai ser quebrado em alguns posts. Vamos começar pelo básico e nesse primeiro artigo vou apresentar os postulados do Realismo Materialista. De fato, as bases da física antiga se deram por diversos pensadores, notadamente os gregos e depois os europeus, fazendo com que todos esses conhecimentos acabassem reforçando os fundamentos do período chamado de Iluminismo, sendo que, um nome em especial formulou os princípios do método científico ocidental. Essa personalidade, René Descartes, propôs a filosofia dualista, onde a parte subjetiva mental seria domínio da religião e a parte objetiva material seria domínio da ciência. Veja que a humanidade estava saindo das trevas da idade média e dos tribunais da inquisição, com suas atrocidades aplicadas a vários cientistas, tidos como servidores do demônio, portanto, era natural que, em um momento de retomada da racionalidade filosófica, os pensadores buscassem um meio político para acabar com o conflito entre eles e a igreja, de forma a poderem desenvolver suas teorias sem que tivessem que se exilar ou se contradizer para não serem mortos ou presos. Entretanto, essa noção de que a separação era mais diplomática que real se perdeu com o tempo e ambas as partes continuaram em conflito, menos sangrento, é fato, mas que propiciou que o tal do método científico virasse um tipo de lei para os cientistas da atualidade. Não posso deixar de perguntar aqui por que o método científico seria melhor ou mais verdadeiro que o método religioso? Não há fundamentação imparcial que possa afirmar que algum dos dois métodos seja melhor. Quando falo imparcial, quero dizer que não dá para usar nenhuma das formulações feitas em um desses métodos para julgar o outro, simplesmente porque essas formulações são feitas para reforçar seu próprio método original, portanto, extremamente parciais. Eliphas Lévi afirma que a filosofia seria a ponte para a conciliação entre ciência e religião, porém, cabe aqui lembrar que Eliphas era um taumaturgo, ou seja, um cientista das artes ocultas, então, precisamos nos questionar que tipo de filosofia ele estava falando, considerando suas práticas, sua formação e a época em que produziu seus escritos. Na minha opinião, ele falava das ciências ocultas e esotéricas e não da filosofia clássica ensinada nas nossas universidades, pois, no mundo ocidental, elas já estão por demais contaminadas pelo método científico.
Voltando aos postulados do Realismo Materialista, segue abaixo uma explicação simplória de cada um deles para referência. Estes 5 conceitos foram retirados do livro “O Universo Autoconsciente” de Amit Goswami. Não vou detalhar muito, pois mais informações podem ser obtidas na internet.
Postulados do Realismo Materialista:
1- Princípio da Objetividade Forte: segundo Goswami, Descartes teria se baseado em Aristóteles para formular esse conceito, mas, para mim, parece-me claro que era um postulado muito conveniente para o tácito “acordo político” entre os cientistas e o clero. Basicamente, esse axioma propõe que os “objetos são independentes e separados da mente (ou consciência)” - excerto do livro citado acima.
2- Princípio do Determinismo Causal: também do livro citado acima, temos o excerto que explica esse princípio como sendo “a idéia de que todo movimento pode ser exatamente previsto, dadas as leis do movimento e as condições iniciais em que se encontravam os objetos (onde estão e com que velocidade se deslocam).” Esse conceito, proposto inicialmente por Newton, está calcado na mecânica clássica, onde o mundo seria uma máquina composta por sistemas mecânicos que interagem entre si.
3- Princípio da Localidade: derivado da teoria da relatividade de Einstein, que formulou o conceito do espaço-tempo e o limite da velocidade da luz, esse postulado diz que “todas as influências entre objetos materiais que se fazem sentir no espaço-tempo devem ser locais: eles têm que viajar através do espaço um pouco de cada vez, com uma velocidade finita” - excerto do livro citado acima.
4- Princípio do Monismo Materialista: como resultado do esforço dos cientistas em gerar tecnologia através da ciência, ou seja, de conseguir controlar e prever efeitos materiais, a ciência materialista adquiriu aos poucos uma força política que a permitiu ir a forra da religião e novamente questioná-la, agora sem medo do cárcere ou da fogueira dos bruxos. Neste momento, eles questionaram o dualismo proposto por Descartes e postularam que “todas as coisas são feitas de matéria (e de generalizações da matéria, como energia e campos de força). Nosso mundo é material, de cima a baixo” - outro excerto do livro de Goswami.
5- Princípio do Epifenomenalismo: esse conceito já me parece uma “viagem na maionese” científica, pois, como não se sabe como conseguir usar a matéria para gerar consciência, então, para reforçar os propósitos da ciência materialista, era necessário seguir um norte (mesmo que seja para o sul) para direcionar as pesquisas e conseguir os recursos para tal. Esse princípio diz que “todos os fenômenos mentais podem ser explicados como sendo epifenômenos, ou seja, fenômenos secundários, da matéria, através de uma redução apropriada a condições físicas prévias. A idéia básica é que o que denominamos de consciência constitui simplesmente uma propriedade (ou grupo de propriedades) do cérebro” - por hora, último excerto do nosso amigo Goswami. Veja que esse princípio contradiz o primeiro, uma vez que ele não separa mais a consciência da matéria.
É notável que nossa educação esteja tão impregnada de Realismo Materialista que todos os cinco princípios acima nos pareçam muito familiares e lógicos. Certamente, muitos de vocês devem ter questionado meus comentários por vezes irônicos sobre eles. De fato, sou irônico em relação à idéia de que há alguma coisa mais certa que outra. Eu entendo a programação mental que nos faz achá-los familiares; foi feita com nossos pais, avós e praticamente todos os que nos ensinaram desde o jardim da infância, então, é lógico que se tornaram crenças que nem sabemos direito de onde vêm. Porém, são exatamente isso, apenas crenças. Digo isso, pois vamos ver mais adiante, nos próximos artigos, como a física quântica “detonou” cada um desses princípios, postulando outros que voltam a aproximar ciência da religião de forma irreversível, deixando os cientistas materialistas sem argumentos para sustentar suas teses. O curioso disso tudo é que esses mesmos cientistas que afrontaram a religião se viram tão perplexos que sua defesa à mecânica clássica ficou mais parecendo uma homilia eclesiástica impregnada de crenças, que agora são fundamentadas unicamente na história ocidental da ciência e não mais no resultado das experimentações laboratoriais, que hoje apontam para uma reconciliação filosófica entre ciência e religião. Por sorte, os maiores cientistas da história tinham grande fé em Deus e Sua criação, sendo que a quase totalidade deles foram integrados aos quadros das escolas de mistério e fraternidades secretas, mesmo que muitos teóricos da atualidade queiram obscurecer essa particularidade da vida das grandes mentes. Entretanto, várias citações desses grandes cientistas revelam sua devoção pelo Deus de seus corações, desta forma, gostaria de encerrar esse primeiro artigo com uma frase de Albert Einsten, muito pertinente ao tema em questão:
“Ciência sem religião é manca. Religião sem ciência é cega.”
Deus abençoe a todos!
Quantas vezes você já ouviu: “isso é cientificamente comprovado”? Muitos usam essa frase para tentar validar uma crença pessoal, se utilizando de alguma coisa que alguém disse que reproduziu em laboratório. Por outro lado, há também os que dizem: “isso é a palavra de Deus”, sendo que usam essa frase da mesma forma que a turma do “cientificamente comprovado”. Agora eu pergunto: qual é a diferença? Não estou perguntando qual é a diferença entre ciência e religião (ainda), estou perguntando qual é a diferença de intenção e pensamento entre as duas afirmativas. Muito do que se acredita ser cientificamente comprovado é apenas a reprodução de um determinado comportamento de estruturas materiais mensuráveis dentro de laboratórios que estão na crosta terrestre ou, mais recentemente, em um espaço nem tão sideral assim, que está apenas há algumas centenas de quilômetros acima da crosta. Dito isso, cabe aqui mais uma pergunta: quem garante que o que acontece nos laboratórios da terra funciona da mesma forma em laboratórios de um planeta que gire em torno da estrela Sirius? Ou, até mesmo, em Júpiter? De fato, só se pode garantir que o “cientificamente comprovado” funcione aqui na terra, com os elementos da terra, com a psicosfera da terra e tudo mais. Portanto, o “cientificamente comprovado” não passa de um tipo de crença não muito diferente do que é a “palavra de Deus”, talvez apenas um trate do finito e o outro do infinito. Aliás, quando vamos mais a fundo nas bases da ciência formal, vemos que ela não consegue comprovar muitas de suas teorias, apenas formula idéias baseadas em um método científico e espera poder fazer alguma experiência em ambiente controlado para conseguir medir alguma coisa que possa dar validade à tese inicial.
Mas por que eu comecei um artigo que vai falar de física com um discurso que mais parece uma afronta ao método científico? Não é uma afronta, é uma reflexão. Ciência e religião estiveram juntas por muitos milênios e só se separaram no ocidente porque alguém queria direcionar e limitar o pensamento filosófico e científico por conta do seu poderio político. Porém, como esclarece muito bem Eliphas Lévi no clássico “Dogma e Ritual da Alta Magia”, ciência, filosofia e religião formam um tripé indissolúvel para a compreensão da existência em todos os níveis. Até se pode separá-las politicamente, como são separados os poderes de uma república, mas inexoravelmente elas se encontrarão em algum ponto do tempo-espaço, pois são feitas essencialmente da mesma “matéria”. De fato, para ser um tripé, precisam estar unidas no vértice, sendo que, há um grupo de ciências que trabalham com esses três elementos; são as chamadas Ciências Ocultas. E onde as ciências ocultas entram nisso? Apesar de muitos religiosos e cientistas bradarem contra elas, ou dizendo que são artes do demônio, ou que não tem embasamento científico, essas ciências se estruturam conservando a harmonia entre as três hastes do tripé e, certamente por serem conciliadoras, incomodam aqueles que querem manter o poder sobre o conhecimento ou sobre algum aspecto da existência político-social das massas.
A boa notícia é que a física quântica colocou a ciência formal em uma tremenda “saia justa”, pois está chegando à conclusões desconcertantes, que fazem a ciência se aproximar de diversos conceitos filosóficos e religiosos. Amit Goswami, eminente físico indiano, chega até a propor em seu livro “O Universo Autoconsciente” que, depois das proposições da física quântica, a ciência se encontra em um momento de ruptura de antigos paradigmas, que não tem mais como sustentar os postulados materialistas e que só pode encontrar soluções para seus dogmatismos se aceitar que a grande maioria dos preceitos filosóficos e esotéricos estão bem fundamentados. De fato, isso já é praticado pelas ciências ocultas e as escolas de mistério há milênios, portanto, eu não vou dizer que tendo a concordar com Amit porque eu já concordo com ele desde que iniciei meus estudos esotéricos e científicos na década de 1980.
Um detalhe que não posso deixar de informar é que não dá para discorrer sobre um assunto tão polêmico em um único artigo, portanto, da mesma forma que a série de artigos “Uma Questão de Tempo”, esse assunto vai ser quebrado em alguns posts. Vamos começar pelo básico e nesse primeiro artigo vou apresentar os postulados do Realismo Materialista. De fato, as bases da física antiga se deram por diversos pensadores, notadamente os gregos e depois os europeus, fazendo com que todos esses conhecimentos acabassem reforçando os fundamentos do período chamado de Iluminismo, sendo que, um nome em especial formulou os princípios do método científico ocidental. Essa personalidade, René Descartes, propôs a filosofia dualista, onde a parte subjetiva mental seria domínio da religião e a parte objetiva material seria domínio da ciência. Veja que a humanidade estava saindo das trevas da idade média e dos tribunais da inquisição, com suas atrocidades aplicadas a vários cientistas, tidos como servidores do demônio, portanto, era natural que, em um momento de retomada da racionalidade filosófica, os pensadores buscassem um meio político para acabar com o conflito entre eles e a igreja, de forma a poderem desenvolver suas teorias sem que tivessem que se exilar ou se contradizer para não serem mortos ou presos. Entretanto, essa noção de que a separação era mais diplomática que real se perdeu com o tempo e ambas as partes continuaram em conflito, menos sangrento, é fato, mas que propiciou que o tal do método científico virasse um tipo de lei para os cientistas da atualidade. Não posso deixar de perguntar aqui por que o método científico seria melhor ou mais verdadeiro que o método religioso? Não há fundamentação imparcial que possa afirmar que algum dos dois métodos seja melhor. Quando falo imparcial, quero dizer que não dá para usar nenhuma das formulações feitas em um desses métodos para julgar o outro, simplesmente porque essas formulações são feitas para reforçar seu próprio método original, portanto, extremamente parciais. Eliphas Lévi afirma que a filosofia seria a ponte para a conciliação entre ciência e religião, porém, cabe aqui lembrar que Eliphas era um taumaturgo, ou seja, um cientista das artes ocultas, então, precisamos nos questionar que tipo de filosofia ele estava falando, considerando suas práticas, sua formação e a época em que produziu seus escritos. Na minha opinião, ele falava das ciências ocultas e esotéricas e não da filosofia clássica ensinada nas nossas universidades, pois, no mundo ocidental, elas já estão por demais contaminadas pelo método científico.
Voltando aos postulados do Realismo Materialista, segue abaixo uma explicação simplória de cada um deles para referência. Estes 5 conceitos foram retirados do livro “O Universo Autoconsciente” de Amit Goswami. Não vou detalhar muito, pois mais informações podem ser obtidas na internet.
Postulados do Realismo Materialista:
1- Princípio da Objetividade Forte: segundo Goswami, Descartes teria se baseado em Aristóteles para formular esse conceito, mas, para mim, parece-me claro que era um postulado muito conveniente para o tácito “acordo político” entre os cientistas e o clero. Basicamente, esse axioma propõe que os “objetos são independentes e separados da mente (ou consciência)” - excerto do livro citado acima.
2- Princípio do Determinismo Causal: também do livro citado acima, temos o excerto que explica esse princípio como sendo “a idéia de que todo movimento pode ser exatamente previsto, dadas as leis do movimento e as condições iniciais em que se encontravam os objetos (onde estão e com que velocidade se deslocam).” Esse conceito, proposto inicialmente por Newton, está calcado na mecânica clássica, onde o mundo seria uma máquina composta por sistemas mecânicos que interagem entre si.
3- Princípio da Localidade: derivado da teoria da relatividade de Einstein, que formulou o conceito do espaço-tempo e o limite da velocidade da luz, esse postulado diz que “todas as influências entre objetos materiais que se fazem sentir no espaço-tempo devem ser locais: eles têm que viajar através do espaço um pouco de cada vez, com uma velocidade finita” - excerto do livro citado acima.
4- Princípio do Monismo Materialista: como resultado do esforço dos cientistas em gerar tecnologia através da ciência, ou seja, de conseguir controlar e prever efeitos materiais, a ciência materialista adquiriu aos poucos uma força política que a permitiu ir a forra da religião e novamente questioná-la, agora sem medo do cárcere ou da fogueira dos bruxos. Neste momento, eles questionaram o dualismo proposto por Descartes e postularam que “todas as coisas são feitas de matéria (e de generalizações da matéria, como energia e campos de força). Nosso mundo é material, de cima a baixo” - outro excerto do livro de Goswami.
5- Princípio do Epifenomenalismo: esse conceito já me parece uma “viagem na maionese” científica, pois, como não se sabe como conseguir usar a matéria para gerar consciência, então, para reforçar os propósitos da ciência materialista, era necessário seguir um norte (mesmo que seja para o sul) para direcionar as pesquisas e conseguir os recursos para tal. Esse princípio diz que “todos os fenômenos mentais podem ser explicados como sendo epifenômenos, ou seja, fenômenos secundários, da matéria, através de uma redução apropriada a condições físicas prévias. A idéia básica é que o que denominamos de consciência constitui simplesmente uma propriedade (ou grupo de propriedades) do cérebro” - por hora, último excerto do nosso amigo Goswami. Veja que esse princípio contradiz o primeiro, uma vez que ele não separa mais a consciência da matéria.
É notável que nossa educação esteja tão impregnada de Realismo Materialista que todos os cinco princípios acima nos pareçam muito familiares e lógicos. Certamente, muitos de vocês devem ter questionado meus comentários por vezes irônicos sobre eles. De fato, sou irônico em relação à idéia de que há alguma coisa mais certa que outra. Eu entendo a programação mental que nos faz achá-los familiares; foi feita com nossos pais, avós e praticamente todos os que nos ensinaram desde o jardim da infância, então, é lógico que se tornaram crenças que nem sabemos direito de onde vêm. Porém, são exatamente isso, apenas crenças. Digo isso, pois vamos ver mais adiante, nos próximos artigos, como a física quântica “detonou” cada um desses princípios, postulando outros que voltam a aproximar ciência da religião de forma irreversível, deixando os cientistas materialistas sem argumentos para sustentar suas teses. O curioso disso tudo é que esses mesmos cientistas que afrontaram a religião se viram tão perplexos que sua defesa à mecânica clássica ficou mais parecendo uma homilia eclesiástica impregnada de crenças, que agora são fundamentadas unicamente na história ocidental da ciência e não mais no resultado das experimentações laboratoriais, que hoje apontam para uma reconciliação filosófica entre ciência e religião. Por sorte, os maiores cientistas da história tinham grande fé em Deus e Sua criação, sendo que a quase totalidade deles foram integrados aos quadros das escolas de mistério e fraternidades secretas, mesmo que muitos teóricos da atualidade queiram obscurecer essa particularidade da vida das grandes mentes. Entretanto, várias citações desses grandes cientistas revelam sua devoção pelo Deus de seus corações, desta forma, gostaria de encerrar esse primeiro artigo com uma frase de Albert Einsten, muito pertinente ao tema em questão:
“Ciência sem religião é manca. Religião sem ciência é cega.”
Deus abençoe a todos!
domingo, setembro 11, 2011
O Anjo da Provação
Recentemente, eu postei um comentário em uma rede social que dizia “Nosso Salvador é Jesus, mas nosso Libertador é Lúcifer.” Ninguém comentou nada, talvez porque não tenham entendido, talvez porque não estão nem aí para a cocada mesmo, talvez porque tenham tido medo, afinal, quando se fala de Lúcifer, muitos acreditam que estamos acalentando o demônio e, por conta do que aprenderam erroneamente, julgam rapidamente antes de refletir sobre a questão. O fato é que as pessoas são programadas desde criança com informações mal interpretadas, propositalmente ou não, pois a maioria das religiões ou estruturas de poder quer mesmo é controlar as pessoas pelo medo, o que acaba perpetuando idéias que não ajudam em nada o desenvolvimento espiritual. Um verdadeiro buscador da Luz deve adotar a máxima de Adhemar Ramos: “Não acredite em nada do que eu falo, mas não duvide de nada do que eu falo.”, ou seja, em vez de dar crédito a qualquer coisa que se ouve por aí, questione, pesquise e conclua por si só, pois aquele que fala pode ou estar iludido, ou estar submetido a alguma organização interessada em estabelecer crenças para controlar as pessoas, não necessariamente de forma maliciosa, mas que, de fato, acabam cerceando nosso livre arbítrio. Isso vale inclusive para o que você está lendo agora.
Lúcifer é um ser mitológico muito pouco citado na Bíblia e, aonde é citado, não é tido claramente como demônio. De fato, deram uma tremenda má fama para ele por terem atribuído seu nome a várias confusões de interpretação dos textos bíblicos, como em Jó, quando se menciona os excessos de um rei da Babilônia, ou em Ezequiel, quando o associam a um anjo caído, seja lá o que isso represente verdadeiramente. De qualquer forma, se é um anjo, não é diabo e, mesmo que tenha se perdido, seria só mais um irmão imerso em um mundo de ilusões, da mesma forma que nós. Lúcifer é um nome oriundo do Latim que significa “portador de luz”; também é associado à estrela D’Alva, ou seja, o planeta Vênus que, na mitologia, é a deusa do amor. Pela possibilidade de estar ligado ao erotismo ou à sexualidade, uma vez que Vênus também tem essa conotação, isso por si só já pode ter suscitado uma visão preconceituosa do clero, pois, como sabemos, o clero em geral confunde o amor erótico com pecado por conta dos seus recalques religiosos. Veja também que, no Apocalipse, o próprio Cristo identifica a si mesmo como a Estrela da Manhã, ou seja, o mesmo Vênus que é associado a Lúcifer, sendo que eu já vi interpretações em algumas linhas de pensamento de que a ascensão de Cristo está diretamente ligada ao resgate de Lúcifer, sendo ele, em verdade, a consciência máster de todos os anjos. De fato, essa multiplicidade de conceitos contraditórios não é por acaso e tem sim sua razão de ser, pois, mesmo que seja muito difícil de entender, a Bíblia é tida até hoje como a palavra de Deus e, se Deus assim não quisesse, o livro santo seria outro.
Como vimos, o ponto cabal da questão luciférica é sua associação com o demônio. Primeiramente, devemos deixar claro que a existência do demônio da forma como se prega é uma grande negação do Deus único. Não existe um ser como Deus, mas contrário a Ele, assim como não existe céu e inferno como regiões opostas em algum lugar do universo, independentemente do que seja verdadeiramente o simbolismo disso. A própria física está levando o conceito de Deus a um novo patamar por conta dos paradoxos materialistas que a física quântica consegue resolver com o conceito de consciência única, porém, de qualquer forma, ela apenas soma e aponta para a veracidade da idéia do Deus único. Se Deus é único, o demônio é qualquer coisa menos o oposto de Deus, pois, se ele existisse, estaria subordinado a Deus, dado que Deus é o inominável onipresente, então, também estaria presente no coração do demônio. Por conseqüência, se existe Deus no demônio, seria ele verdadeiramente um demônio? Que existam forças involutivas, podemos até aceitar, mas essas forças nada mais são do que a condensação das vontades desequilibradas que nós mesmos irradiamos ou, talvez, a existência de almas muito primitivas que ainda não teriam alcançado um mínimo de formação moral e ética para conviver harmoniosamente no mundo, em suma, crianças espirituais.
Mas se o demônio não existe, quem é Lúcifer e por que ele tem essa má fama? Começando pelo fim, a má fama dele é por conta da nossa “incrível” capacidade em tecer julgamentos ignorantes ou aceitar julgamentos ignorantes de outras pessoas extremamente parciais. Entretanto, a má fama e a contradição têm a ver com o propósito de Lúcifer. Gostaria de deixar claro que o que se seguirá, mesmo que embasado em estudos filosóficos e teosóficos sobre várias linhas de pensamento, é a minha conclusão sobre o assunto, portanto, não se esqueçam da máxima de Adhemar Ramos exposta acima. Para entender Lúcifer, temos que tentar localizar nossa consciência nos planos superiores, onde não estamos sujeitos à ilusão da individualidade, nem presos na dimensão do espaço-tempo, em outras palavras, estamos em um lugar sem espaço, sem tempo, lendo o pensamento de todos e sentindo o sentimento de todos, em suma, com pouca individualidade. Sim... é muito estranho tentar imaginar isso, pois o Ego não gosta de saber que você conhece esse lugar, então, trata de escondê-lo. De qualquer forma, você sonha e os sonhos estão mais próximos dessa região da consciência do que o Ego em seu estado de vigília. Saindo um pouco da poesia e indo para a ciência, quando a física quântica fala de consciência única, é exatamente isso que ela quer dizer, ou seja, que a sua consciência primordial, a minha, a do mendigo da esquina, a do político, a do santo, etc. são todas provenientes do mesmo lugar; na verdade são exatamente a mesma consciência divina, portanto, se Cristo disse que estava em nós, Lúcifer também está. Isso é corroborado pelo que citei do Apocalipse acima, ou seja, Cristo e Lúcifer também fazem parte da consciência única. Podemos dizer que, no mundo transcendente que eu pedi para você se imaginar, consciências mais parecem emanações abstratas, como vibrações, conceitos, sentimentos, intenções, etc., do que aquilo que costumamos perceber como o Ego no estado de vigília. Um anjo é um ser que cuida das nossas emanações de virtude, ou até melhor dizendo, eles são a própria virtude e sempre que manifestemos uma determinada virtude, estamos manifestando a consciência angélica daquela virtude. Por isso que os conhecemos como anjo da sabedoria, anjo da ternura, anjo da fé, anjo da liberdade, anjo da força, etc., independentemente dos nomes que são dados a eles que, via de regra, são terminados em “el” (Miguel, Uriel, Samuel, etc.). Apesar de poucos dizerem isso, considerando nosso julgamento limitado sobre o certo e errado, podemos dizer que todo anjo teria seu aspecto positivo e negativo. Eu prefiro simplesmente seguir a linha evolucionista e dizer que toda virtude pode manifestar-se de forma madura e completa em nós, ou pode ainda estar em desenvolvimento, manifestando-se de forma incompleta ou desafinada, podendo até mesmo causar problemas e “erros”, ou seja, defeitos não são erros ou pecados, são apenas virtudes incompletas e imaturas, que ainda precisam de muita lapidação. Aí você vai me dizer que Lúcifer não termina em “el”. Algumas linhas de pensamento afirmam que Lúcifer é a consciência total de todos os anjos ou, para ser mais técnico no termo, a consciência angélica integral que contém todas as emanações angélicas. De fato, não posso afirmar se isso representa a verdade ou não, mas é uma forma interessante de entendê-lo.
Mas por que a má fama e a contradição têm a ver com o propósito de Lúcifer e por que Lúcifer seria nosso Libertador? Porque Lúcifer é o anjo da provação, aquele que vai nos testar até a última gota de sangue, até o último segundo, como fez com Cristo. Como provador, é lógico que ele vai nos expor a todo tipo de tentação para que tenhamos a certeza e confiança que nossas virtudes são fortes o suficiente para voltarmos à casa do Pai. Talvez ele se manifeste como a própria tentação dentro de nós. Essa foi a missão que Deus colocou em Lúcifer, portanto, Lúcifer é um anjo de Deus, subordinado a Deus e cumprindo uma missão divina, que é a provação. Ele vai nos expor à tentação do medo, dos excessos, da dúvida, etc. Principalmente, ele vai se mostrar como nosso pior inimigo para testar nosso Amor. As palavras de Jesus “amai vossos inimigos” nos levam diretamente aos braços de Lúcifer, não como um guerreiro ávido por vingança, mas como um cordeiro esbanjando amor ao seu algoz, da mesma forma que Jesus fez. Isso só pode acontecer se tivermos uma fé inabalável em Deus, seguindo os conselhos de salvação do Cristo Cósmico, afinal ele é o Caminho e a Salvação. E no exato instante em que Lúcifer levantar sua adaga para golpear seu cordeiro, como Abraão fez com Isaque no Monte Moriá, se você estiver pronto, lapidado pela fé em Cristo (ou no Deus de seu coração, se você não for Cristão), imerso no amor incondicional que se entrega em holocausto à própria representação do demônio, o próprio Lúcifer vai lançar-lhe o mais terno e amoroso olhar, dizendo: “Eu te liberto!”, e vai apontar para a porta aberta que homem algum pode fechar, indicando o caminho onde resplandecerá a imagem do Cristo Cósmico, recebendo de braços abertos seu cordeiro no seio do Deus Pai.
Não fuja da prova, nem escarneça Lúcifer; ele é um grande professor. Não tenha medo dele, pelo contrario, você deve amá-lo como Cristo o fez e, principalmente, procure entender que ele nos mostra onde precisamos nos aprimorar. Os ensinamentos de salvação já foram dados por Jesus Cristo, mas a prova libertadora será ministrada por Lúcifer.
Estejam todos nas bênçãos dos anjos!
Recentemente, eu postei um comentário em uma rede social que dizia “Nosso Salvador é Jesus, mas nosso Libertador é Lúcifer.” Ninguém comentou nada, talvez porque não tenham entendido, talvez porque não estão nem aí para a cocada mesmo, talvez porque tenham tido medo, afinal, quando se fala de Lúcifer, muitos acreditam que estamos acalentando o demônio e, por conta do que aprenderam erroneamente, julgam rapidamente antes de refletir sobre a questão. O fato é que as pessoas são programadas desde criança com informações mal interpretadas, propositalmente ou não, pois a maioria das religiões ou estruturas de poder quer mesmo é controlar as pessoas pelo medo, o que acaba perpetuando idéias que não ajudam em nada o desenvolvimento espiritual. Um verdadeiro buscador da Luz deve adotar a máxima de Adhemar Ramos: “Não acredite em nada do que eu falo, mas não duvide de nada do que eu falo.”, ou seja, em vez de dar crédito a qualquer coisa que se ouve por aí, questione, pesquise e conclua por si só, pois aquele que fala pode ou estar iludido, ou estar submetido a alguma organização interessada em estabelecer crenças para controlar as pessoas, não necessariamente de forma maliciosa, mas que, de fato, acabam cerceando nosso livre arbítrio. Isso vale inclusive para o que você está lendo agora.
Lúcifer é um ser mitológico muito pouco citado na Bíblia e, aonde é citado, não é tido claramente como demônio. De fato, deram uma tremenda má fama para ele por terem atribuído seu nome a várias confusões de interpretação dos textos bíblicos, como em Jó, quando se menciona os excessos de um rei da Babilônia, ou em Ezequiel, quando o associam a um anjo caído, seja lá o que isso represente verdadeiramente. De qualquer forma, se é um anjo, não é diabo e, mesmo que tenha se perdido, seria só mais um irmão imerso em um mundo de ilusões, da mesma forma que nós. Lúcifer é um nome oriundo do Latim que significa “portador de luz”; também é associado à estrela D’Alva, ou seja, o planeta Vênus que, na mitologia, é a deusa do amor. Pela possibilidade de estar ligado ao erotismo ou à sexualidade, uma vez que Vênus também tem essa conotação, isso por si só já pode ter suscitado uma visão preconceituosa do clero, pois, como sabemos, o clero em geral confunde o amor erótico com pecado por conta dos seus recalques religiosos. Veja também que, no Apocalipse, o próprio Cristo identifica a si mesmo como a Estrela da Manhã, ou seja, o mesmo Vênus que é associado a Lúcifer, sendo que eu já vi interpretações em algumas linhas de pensamento de que a ascensão de Cristo está diretamente ligada ao resgate de Lúcifer, sendo ele, em verdade, a consciência máster de todos os anjos. De fato, essa multiplicidade de conceitos contraditórios não é por acaso e tem sim sua razão de ser, pois, mesmo que seja muito difícil de entender, a Bíblia é tida até hoje como a palavra de Deus e, se Deus assim não quisesse, o livro santo seria outro.
Como vimos, o ponto cabal da questão luciférica é sua associação com o demônio. Primeiramente, devemos deixar claro que a existência do demônio da forma como se prega é uma grande negação do Deus único. Não existe um ser como Deus, mas contrário a Ele, assim como não existe céu e inferno como regiões opostas em algum lugar do universo, independentemente do que seja verdadeiramente o simbolismo disso. A própria física está levando o conceito de Deus a um novo patamar por conta dos paradoxos materialistas que a física quântica consegue resolver com o conceito de consciência única, porém, de qualquer forma, ela apenas soma e aponta para a veracidade da idéia do Deus único. Se Deus é único, o demônio é qualquer coisa menos o oposto de Deus, pois, se ele existisse, estaria subordinado a Deus, dado que Deus é o inominável onipresente, então, também estaria presente no coração do demônio. Por conseqüência, se existe Deus no demônio, seria ele verdadeiramente um demônio? Que existam forças involutivas, podemos até aceitar, mas essas forças nada mais são do que a condensação das vontades desequilibradas que nós mesmos irradiamos ou, talvez, a existência de almas muito primitivas que ainda não teriam alcançado um mínimo de formação moral e ética para conviver harmoniosamente no mundo, em suma, crianças espirituais.
Mas se o demônio não existe, quem é Lúcifer e por que ele tem essa má fama? Começando pelo fim, a má fama dele é por conta da nossa “incrível” capacidade em tecer julgamentos ignorantes ou aceitar julgamentos ignorantes de outras pessoas extremamente parciais. Entretanto, a má fama e a contradição têm a ver com o propósito de Lúcifer. Gostaria de deixar claro que o que se seguirá, mesmo que embasado em estudos filosóficos e teosóficos sobre várias linhas de pensamento, é a minha conclusão sobre o assunto, portanto, não se esqueçam da máxima de Adhemar Ramos exposta acima. Para entender Lúcifer, temos que tentar localizar nossa consciência nos planos superiores, onde não estamos sujeitos à ilusão da individualidade, nem presos na dimensão do espaço-tempo, em outras palavras, estamos em um lugar sem espaço, sem tempo, lendo o pensamento de todos e sentindo o sentimento de todos, em suma, com pouca individualidade. Sim... é muito estranho tentar imaginar isso, pois o Ego não gosta de saber que você conhece esse lugar, então, trata de escondê-lo. De qualquer forma, você sonha e os sonhos estão mais próximos dessa região da consciência do que o Ego em seu estado de vigília. Saindo um pouco da poesia e indo para a ciência, quando a física quântica fala de consciência única, é exatamente isso que ela quer dizer, ou seja, que a sua consciência primordial, a minha, a do mendigo da esquina, a do político, a do santo, etc. são todas provenientes do mesmo lugar; na verdade são exatamente a mesma consciência divina, portanto, se Cristo disse que estava em nós, Lúcifer também está. Isso é corroborado pelo que citei do Apocalipse acima, ou seja, Cristo e Lúcifer também fazem parte da consciência única. Podemos dizer que, no mundo transcendente que eu pedi para você se imaginar, consciências mais parecem emanações abstratas, como vibrações, conceitos, sentimentos, intenções, etc., do que aquilo que costumamos perceber como o Ego no estado de vigília. Um anjo é um ser que cuida das nossas emanações de virtude, ou até melhor dizendo, eles são a própria virtude e sempre que manifestemos uma determinada virtude, estamos manifestando a consciência angélica daquela virtude. Por isso que os conhecemos como anjo da sabedoria, anjo da ternura, anjo da fé, anjo da liberdade, anjo da força, etc., independentemente dos nomes que são dados a eles que, via de regra, são terminados em “el” (Miguel, Uriel, Samuel, etc.). Apesar de poucos dizerem isso, considerando nosso julgamento limitado sobre o certo e errado, podemos dizer que todo anjo teria seu aspecto positivo e negativo. Eu prefiro simplesmente seguir a linha evolucionista e dizer que toda virtude pode manifestar-se de forma madura e completa em nós, ou pode ainda estar em desenvolvimento, manifestando-se de forma incompleta ou desafinada, podendo até mesmo causar problemas e “erros”, ou seja, defeitos não são erros ou pecados, são apenas virtudes incompletas e imaturas, que ainda precisam de muita lapidação. Aí você vai me dizer que Lúcifer não termina em “el”. Algumas linhas de pensamento afirmam que Lúcifer é a consciência total de todos os anjos ou, para ser mais técnico no termo, a consciência angélica integral que contém todas as emanações angélicas. De fato, não posso afirmar se isso representa a verdade ou não, mas é uma forma interessante de entendê-lo.
Mas por que a má fama e a contradição têm a ver com o propósito de Lúcifer e por que Lúcifer seria nosso Libertador? Porque Lúcifer é o anjo da provação, aquele que vai nos testar até a última gota de sangue, até o último segundo, como fez com Cristo. Como provador, é lógico que ele vai nos expor a todo tipo de tentação para que tenhamos a certeza e confiança que nossas virtudes são fortes o suficiente para voltarmos à casa do Pai. Talvez ele se manifeste como a própria tentação dentro de nós. Essa foi a missão que Deus colocou em Lúcifer, portanto, Lúcifer é um anjo de Deus, subordinado a Deus e cumprindo uma missão divina, que é a provação. Ele vai nos expor à tentação do medo, dos excessos, da dúvida, etc. Principalmente, ele vai se mostrar como nosso pior inimigo para testar nosso Amor. As palavras de Jesus “amai vossos inimigos” nos levam diretamente aos braços de Lúcifer, não como um guerreiro ávido por vingança, mas como um cordeiro esbanjando amor ao seu algoz, da mesma forma que Jesus fez. Isso só pode acontecer se tivermos uma fé inabalável em Deus, seguindo os conselhos de salvação do Cristo Cósmico, afinal ele é o Caminho e a Salvação. E no exato instante em que Lúcifer levantar sua adaga para golpear seu cordeiro, como Abraão fez com Isaque no Monte Moriá, se você estiver pronto, lapidado pela fé em Cristo (ou no Deus de seu coração, se você não for Cristão), imerso no amor incondicional que se entrega em holocausto à própria representação do demônio, o próprio Lúcifer vai lançar-lhe o mais terno e amoroso olhar, dizendo: “Eu te liberto!”, e vai apontar para a porta aberta que homem algum pode fechar, indicando o caminho onde resplandecerá a imagem do Cristo Cósmico, recebendo de braços abertos seu cordeiro no seio do Deus Pai.
Não fuja da prova, nem escarneça Lúcifer; ele é um grande professor. Não tenha medo dele, pelo contrario, você deve amá-lo como Cristo o fez e, principalmente, procure entender que ele nos mostra onde precisamos nos aprimorar. Os ensinamentos de salvação já foram dados por Jesus Cristo, mas a prova libertadora será ministrada por Lúcifer.
Estejam todos nas bênçãos dos anjos!
sábado, setembro 03, 2011
Inércia Orgânica
Já que é a “religião” do último século para muitos que acreditam só na materialidade, vamos voltar um pouco para a ciência formal (que para mim é só mais um tipo de religião, como já citei em artigos anteriores), estudar um pouco sobre a tendência do nosso organismo em ser programado e de como essa programação é gravada. Alguns filmes da atualidade buscam trazer essa discussão à tona, sendo que, uma referência interessante para entender um pouco melhor sobre isso é o título “Quem Somos Nós”.
De acordo com os conhecimentos científicos de hoje, podemos dizer que nosso organismo é um conjunto organizado de seres vivos (células, vírus e bactérias) que interagem prioritariamente através da troca de mensagens químicas ou eletroquímicas. Observando a teoria da informação, quando há comunicação, temos um transmissor, um receptor e um meio de transmissão. Por serem químicos, nossos transmissores trabalham com hormônios, proteínas, aminoácidos, etc., nosso meio de comunicação é a “sopa” sanguínea e linfática, e nossos receptores são captadores químicos nas células, ou seja, proteínas e outros componentes celulares que alojam ou reagem às “informações” químicas. Existem também atividades eletroquímicas, bastante comuns no sistema nervoso, cujo funcionamento é similar, porém, além de componentes químicos, há também a transmissão de sinais nervosos. Os detalhes do funcionamento desses mecanismos são extensos e não caberia aqui esmiuçar muita coisa, até porque, pode-se facilmente encontrar informações na internet, então, vou evitar explicações mais técnicas, citando apenas o geral do que a ciência já conhece.
Uma das características de nosso organismo é a capacidade de memorizar reações eletrobioquímicas e, com isso, abre-se a possibilidade de programarmos seu comportamento. É importante notar que o termo “memorizar” também pode ser entendido como “viciar”, portanto, a linha que separa uma resposta programada de uma resposta viciosa é muito tênue, se é que podemos dizer que existe realmente, dado que, em termos químicos, é tudo a mesma coisa; a rigor, separar vício de memória é apenas uma interpretação psicológica. Essa memorização é feita de algumas formas, sendo uma das primeiras a ter sido descoberta foi a programação dos neurônios, que são células com formato “estrelado”, cujas pontas fazem as interconexões nervosas para transmitir os sinais. Os neurônios se comportam de forma a propiciar a repetição de um determinado padrão, seja pela acomodação na reação a um sinal, seja pela tendência em formar mais interconexões para sinais repetitivos. Exemplificando, um neurônio que receba muitos estímulos vibratórios dentro de uma faixa de freqüências entre X e Y tende a responder apenas a essas freqüências, perdendo “performance” nas outras que pouco acontecem. Além disso, ele desenvolve mais pontas nos seus braços, conectando-se a outros neurônios que também propagam esse tipo de estímulo, ou seja, literalmente, há um desenvolvimento ou movimentação fisiológica para que o estímulo repetitivo seja mais facilmente propagado. Isso é comprovado em uma pesquisa feita com taxistas de Londres, que são tidos como excelentes conhecedores dessa cidade. Nessa pesquisa, eles comparam os cérebros de taxistas novatos com os de taxistas experientes, sendo que uma área do cérebro responsável pela memória de localização era muito maior em tamanho e mais desenvolvida nas pessoas com mais experiência. Além disso, fizeram um acompanhamento do desenvolvimento dos novatos, sendo que, durante seu aprendizado, a mesma área foi pouco a pouco aumentando de tamanho, ou seja, podemos dizer que o cérebro se comportou como um músculo que é exercitado, aumentando sua massa para responder à exigência funcional.
Mais recentemente, descobriu-se que as demais células do organismo também têm esse tipo de comportamento, porém voltado para a acomodação bioquímica. As células possuem captadores químicos que absorvem a “informação” bioquímica enviada pelas glândulas endócrinas, ou outros “transmissores”. Quanto mais hormônios ou determinadas substâncias químicas, como glicose ou vitaminas, mais as células desenvolvem captadores bioquímicos para absorvê-las ou até mesmo para reagir ao excesso dessas substâncias. Por exemplo, na andropausa, a quantidade de testosterona diminui e, por conseqüência, a quantidade de captadores de testosterona também, o que contribui para os efeitos dessa fase da vida do homem, como perda da massa muscular, enrijecimento das artérias e aumento de colesterol. Se houver a reposição de testosterona, em um primeiro momento, há um pico desse hormônio no organismo, pois não há captadores suficientes para absorvê-lo; esse pico vai diminuindo na medida em que os captadores voltam a ser criados pelas células, resultando na melhoria de diversas funções orgânicas masculinas, como a atividade e desenvolvimento muscular, capacidade que aos poucos foi perdida por conta do envelhecimento natural. Note que esse processo é lento, ou seja, pode demorar meses para o resultado começar a aparecer, assim como entrar em forma física exige um bom tempo de exercícios físicos regulares. Podemos dizer que, para modificar uma estrutura celular, é necessário um esforço razoavelmente maior do que para mantê-la em uma determinada situação, ou, em outras palavras, para modificar o resultado de um desenvolvimento fisiológico, é necessário esforço para recriar as conexões neurais ou os captadores químicos, lutando contra o hábito ou a programação orgânica. Esse esforço é tanto maior quanto for a idade do indivíduo, pois o envelhecimento prejudica essa troca bioquímica, produzindo cada vez mais resíduos nas reações químicas (os tais dos radicais livres). Programar o organismo é mais fácil que reprogramar, primeiramente porque as primeiras programações são feitas quando o organismo é jovem e segundo porque já houve um desenvolvimento fisiológico que precisa ser revertido de alguma forma. Usando uma analogia como exemplo, perder massa muscular é bem mais difícil do que os músculos ficarem flácidos, ou seja, o desenvolvimento fisiológico deixa seqüelas que na maioria das vezes são difíceis de reverter.
Até agora, falamos de aspectos bem materiais do tema, mas tanto as substâncias bioquímicas quanto os neurônios influenciam enormemente nossos comportamentos e emoções. De fato, a ciência materialista diria o que o termo “influenciam” deveria ser trocado por “determinam”, mas a física quântica já colocou uma pulga atrás da orelha desse conceito, dado que existe um paradoxo na origem da consciência quando analisada pelos axiomas da ciência materialista; paradoxo esse que pode ser resolvido pelos novos axiomas quânticos, transcendentes por natureza; mas isso é assunto para outro artigo. Voltando ao aspecto subjetivo do tema, a conclusão para qual estamos nos encaminhando é que nossa personalidade, emoções, opiniões, comportamentos e etc. provocam alterações fisiológicas que realimentam a perpetuação deles mesmos, o que leva as pessoas a se chafurdarem em armadilhas psicológicas que são difíceis de serem modificadas, por conta do que eu chamo de Inércia Orgânica, ou seja, essa tendência do organismo de se programar bioquimicamente, desenvolvendo caminhos fisiológicos para perpetuar as mesmas reações eletrobioquímicas. Mudar a direção dessa programação exige um esforço muito maior do que o necessário para manter o “movimento”, ou seja, podemos dizer que temos aqui um comportamento similar ao inercial, onde nossos vícios e opiniões constroem meios para manterem-se no mesmo estado e, para mudá-los, precisamos ter a vontade mais forte do que a inércia orgânica, redefinindo os caminhos e as reações bioquímicas do nosso organismo.
Estão aí as bases para entender porque nós mesmos geramos as enfermidades que sofremos. Tomemos por base que nosso organismo se viciou em uma determinada reação bioquímica que gera um grupo de substâncias e resíduos prejudiciais a alguma parte de nosso corpo. Certamente, essa parte será sobrecarregada e, se esse vício não for revertido, provavelmente ela vai se desgastar ou exaurir e começar a falhar, deixar de funcionar como deveria e, muito provavelmente, gerará um efeito cascata em outras partes do organismo. Seria o envelhecimento o resultado dessas disfunções? A resposta é afirmativa para as doenças, mas, como eu disse no início que eu iria voltar à ciência formal, mesmo que haja fortes indícios, por ela ainda não dá para afirmar com certeza de que a resposta seria afirmativa para o envelhecimento em geral, muito embora, certamente seria para o envelhecimento precoce. E o que controla nosso funcionamento eletrobioquímico? Nosso sistema de consciência holístico, seja ela o consciente objetivo, ou o subjetivo e inconsciente. Tomando por base as teorias atuais da física quântica, a consciência é alguma coisa desconhecida, mas que existe antes da manifestação da matéria, ou seja, seria precursora da matéria ou a causa dela e, de alguma forma, a controla. Em suma, nossa saúde estaria totalmente à mercê de nossos pensamentos, emoções, comportamentos, hábitos, instintos, vícios, virtudes, personalidade, etc. e, principalmente, da nossa vontade.
Na minha opinião, se conseguirmos criar aspectos consciencionais que alimentem um organismo harmônico, regenerador e equilibrado, controlaríamos nossa saúde, longevidade e vigor, sendo necessário pouco esforço para mantê-lo nessas condições devido a tal da inércia orgânica. Tudo dependeria de nossa vontade, porém isso é um pouco mais complexo do que parece, pois ninguém vive isolado no mundo e estamos sujeitos e imersos nos vícios sociais, tendo em vista que a própria humanidade, enquanto organismo global, tem sua inércia orgânica que tende a realimentar suas próprias crenças e vícios, portanto, a força que mantém nossa inércia pode ser muito maior do que pensamos, sendo que mudar o destino de nosso organismo pode exigir um movimento de vontade não só nosso, mas de toda uma comunidade. Isso justificaria comportamentos ou doenças endêmicas? Deixo para o leitor refletir sobre o tema, pois, se eu continuar seguindo por essa linha de pensamento, esse artigo vai acabar virando um livro, afinal, ciência e filosofia geram mais perguntas que respostas, sendo que as respostas viram tecnologia.
Pense nisso e entenda que exercitar virtudes é uma tarefa árdua, mas recompensadora.
Deus abençoe a todos.
Já que é a “religião” do último século para muitos que acreditam só na materialidade, vamos voltar um pouco para a ciência formal (que para mim é só mais um tipo de religião, como já citei em artigos anteriores), estudar um pouco sobre a tendência do nosso organismo em ser programado e de como essa programação é gravada. Alguns filmes da atualidade buscam trazer essa discussão à tona, sendo que, uma referência interessante para entender um pouco melhor sobre isso é o título “Quem Somos Nós”.
De acordo com os conhecimentos científicos de hoje, podemos dizer que nosso organismo é um conjunto organizado de seres vivos (células, vírus e bactérias) que interagem prioritariamente através da troca de mensagens químicas ou eletroquímicas. Observando a teoria da informação, quando há comunicação, temos um transmissor, um receptor e um meio de transmissão. Por serem químicos, nossos transmissores trabalham com hormônios, proteínas, aminoácidos, etc., nosso meio de comunicação é a “sopa” sanguínea e linfática, e nossos receptores são captadores químicos nas células, ou seja, proteínas e outros componentes celulares que alojam ou reagem às “informações” químicas. Existem também atividades eletroquímicas, bastante comuns no sistema nervoso, cujo funcionamento é similar, porém, além de componentes químicos, há também a transmissão de sinais nervosos. Os detalhes do funcionamento desses mecanismos são extensos e não caberia aqui esmiuçar muita coisa, até porque, pode-se facilmente encontrar informações na internet, então, vou evitar explicações mais técnicas, citando apenas o geral do que a ciência já conhece.
Uma das características de nosso organismo é a capacidade de memorizar reações eletrobioquímicas e, com isso, abre-se a possibilidade de programarmos seu comportamento. É importante notar que o termo “memorizar” também pode ser entendido como “viciar”, portanto, a linha que separa uma resposta programada de uma resposta viciosa é muito tênue, se é que podemos dizer que existe realmente, dado que, em termos químicos, é tudo a mesma coisa; a rigor, separar vício de memória é apenas uma interpretação psicológica. Essa memorização é feita de algumas formas, sendo uma das primeiras a ter sido descoberta foi a programação dos neurônios, que são células com formato “estrelado”, cujas pontas fazem as interconexões nervosas para transmitir os sinais. Os neurônios se comportam de forma a propiciar a repetição de um determinado padrão, seja pela acomodação na reação a um sinal, seja pela tendência em formar mais interconexões para sinais repetitivos. Exemplificando, um neurônio que receba muitos estímulos vibratórios dentro de uma faixa de freqüências entre X e Y tende a responder apenas a essas freqüências, perdendo “performance” nas outras que pouco acontecem. Além disso, ele desenvolve mais pontas nos seus braços, conectando-se a outros neurônios que também propagam esse tipo de estímulo, ou seja, literalmente, há um desenvolvimento ou movimentação fisiológica para que o estímulo repetitivo seja mais facilmente propagado. Isso é comprovado em uma pesquisa feita com taxistas de Londres, que são tidos como excelentes conhecedores dessa cidade. Nessa pesquisa, eles comparam os cérebros de taxistas novatos com os de taxistas experientes, sendo que uma área do cérebro responsável pela memória de localização era muito maior em tamanho e mais desenvolvida nas pessoas com mais experiência. Além disso, fizeram um acompanhamento do desenvolvimento dos novatos, sendo que, durante seu aprendizado, a mesma área foi pouco a pouco aumentando de tamanho, ou seja, podemos dizer que o cérebro se comportou como um músculo que é exercitado, aumentando sua massa para responder à exigência funcional.
Mais recentemente, descobriu-se que as demais células do organismo também têm esse tipo de comportamento, porém voltado para a acomodação bioquímica. As células possuem captadores químicos que absorvem a “informação” bioquímica enviada pelas glândulas endócrinas, ou outros “transmissores”. Quanto mais hormônios ou determinadas substâncias químicas, como glicose ou vitaminas, mais as células desenvolvem captadores bioquímicos para absorvê-las ou até mesmo para reagir ao excesso dessas substâncias. Por exemplo, na andropausa, a quantidade de testosterona diminui e, por conseqüência, a quantidade de captadores de testosterona também, o que contribui para os efeitos dessa fase da vida do homem, como perda da massa muscular, enrijecimento das artérias e aumento de colesterol. Se houver a reposição de testosterona, em um primeiro momento, há um pico desse hormônio no organismo, pois não há captadores suficientes para absorvê-lo; esse pico vai diminuindo na medida em que os captadores voltam a ser criados pelas células, resultando na melhoria de diversas funções orgânicas masculinas, como a atividade e desenvolvimento muscular, capacidade que aos poucos foi perdida por conta do envelhecimento natural. Note que esse processo é lento, ou seja, pode demorar meses para o resultado começar a aparecer, assim como entrar em forma física exige um bom tempo de exercícios físicos regulares. Podemos dizer que, para modificar uma estrutura celular, é necessário um esforço razoavelmente maior do que para mantê-la em uma determinada situação, ou, em outras palavras, para modificar o resultado de um desenvolvimento fisiológico, é necessário esforço para recriar as conexões neurais ou os captadores químicos, lutando contra o hábito ou a programação orgânica. Esse esforço é tanto maior quanto for a idade do indivíduo, pois o envelhecimento prejudica essa troca bioquímica, produzindo cada vez mais resíduos nas reações químicas (os tais dos radicais livres). Programar o organismo é mais fácil que reprogramar, primeiramente porque as primeiras programações são feitas quando o organismo é jovem e segundo porque já houve um desenvolvimento fisiológico que precisa ser revertido de alguma forma. Usando uma analogia como exemplo, perder massa muscular é bem mais difícil do que os músculos ficarem flácidos, ou seja, o desenvolvimento fisiológico deixa seqüelas que na maioria das vezes são difíceis de reverter.
Até agora, falamos de aspectos bem materiais do tema, mas tanto as substâncias bioquímicas quanto os neurônios influenciam enormemente nossos comportamentos e emoções. De fato, a ciência materialista diria o que o termo “influenciam” deveria ser trocado por “determinam”, mas a física quântica já colocou uma pulga atrás da orelha desse conceito, dado que existe um paradoxo na origem da consciência quando analisada pelos axiomas da ciência materialista; paradoxo esse que pode ser resolvido pelos novos axiomas quânticos, transcendentes por natureza; mas isso é assunto para outro artigo. Voltando ao aspecto subjetivo do tema, a conclusão para qual estamos nos encaminhando é que nossa personalidade, emoções, opiniões, comportamentos e etc. provocam alterações fisiológicas que realimentam a perpetuação deles mesmos, o que leva as pessoas a se chafurdarem em armadilhas psicológicas que são difíceis de serem modificadas, por conta do que eu chamo de Inércia Orgânica, ou seja, essa tendência do organismo de se programar bioquimicamente, desenvolvendo caminhos fisiológicos para perpetuar as mesmas reações eletrobioquímicas. Mudar a direção dessa programação exige um esforço muito maior do que o necessário para manter o “movimento”, ou seja, podemos dizer que temos aqui um comportamento similar ao inercial, onde nossos vícios e opiniões constroem meios para manterem-se no mesmo estado e, para mudá-los, precisamos ter a vontade mais forte do que a inércia orgânica, redefinindo os caminhos e as reações bioquímicas do nosso organismo.
Estão aí as bases para entender porque nós mesmos geramos as enfermidades que sofremos. Tomemos por base que nosso organismo se viciou em uma determinada reação bioquímica que gera um grupo de substâncias e resíduos prejudiciais a alguma parte de nosso corpo. Certamente, essa parte será sobrecarregada e, se esse vício não for revertido, provavelmente ela vai se desgastar ou exaurir e começar a falhar, deixar de funcionar como deveria e, muito provavelmente, gerará um efeito cascata em outras partes do organismo. Seria o envelhecimento o resultado dessas disfunções? A resposta é afirmativa para as doenças, mas, como eu disse no início que eu iria voltar à ciência formal, mesmo que haja fortes indícios, por ela ainda não dá para afirmar com certeza de que a resposta seria afirmativa para o envelhecimento em geral, muito embora, certamente seria para o envelhecimento precoce. E o que controla nosso funcionamento eletrobioquímico? Nosso sistema de consciência holístico, seja ela o consciente objetivo, ou o subjetivo e inconsciente. Tomando por base as teorias atuais da física quântica, a consciência é alguma coisa desconhecida, mas que existe antes da manifestação da matéria, ou seja, seria precursora da matéria ou a causa dela e, de alguma forma, a controla. Em suma, nossa saúde estaria totalmente à mercê de nossos pensamentos, emoções, comportamentos, hábitos, instintos, vícios, virtudes, personalidade, etc. e, principalmente, da nossa vontade.
Na minha opinião, se conseguirmos criar aspectos consciencionais que alimentem um organismo harmônico, regenerador e equilibrado, controlaríamos nossa saúde, longevidade e vigor, sendo necessário pouco esforço para mantê-lo nessas condições devido a tal da inércia orgânica. Tudo dependeria de nossa vontade, porém isso é um pouco mais complexo do que parece, pois ninguém vive isolado no mundo e estamos sujeitos e imersos nos vícios sociais, tendo em vista que a própria humanidade, enquanto organismo global, tem sua inércia orgânica que tende a realimentar suas próprias crenças e vícios, portanto, a força que mantém nossa inércia pode ser muito maior do que pensamos, sendo que mudar o destino de nosso organismo pode exigir um movimento de vontade não só nosso, mas de toda uma comunidade. Isso justificaria comportamentos ou doenças endêmicas? Deixo para o leitor refletir sobre o tema, pois, se eu continuar seguindo por essa linha de pensamento, esse artigo vai acabar virando um livro, afinal, ciência e filosofia geram mais perguntas que respostas, sendo que as respostas viram tecnologia.
Pense nisso e entenda que exercitar virtudes é uma tarefa árdua, mas recompensadora.
Deus abençoe a todos.
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