"É preciso preparar-se para mais elevados conhecimentos, só neste pensamento pode a nova consciência aproximar-se da humanidade"

(Mestre El-Morya)


quarta-feira, janeiro 22, 2003

Átomos

A melhor maneira de compreender a ilusória existência da matéria é estudar os átomos. Desde as primeiras elucubrações sobre sua natureza, feitas por Demócrito e Leucipo na Grécia antiga, muitos passos foram dados pela ciência na tentativa de compreender a verdadeira essência da matéria, mas quanto mais avança, mais a ciência materialista fica desconcertada por não encontrar nada verdadeiramente sólido na estrutura do átomo, há apenas relações puramente energéticas e partículas cuja natureza parece ser puramente vibratória. O lado divino dessa experiência é que muitos físicos ateus (pelo menos, que eram ateus) começam a aceitar que o universo tem alguma coisa que pode ser comparada com uma autoconsciência, em suma, essa mesma ciência começa a aceitar a Consciência Cósmica. Essa é uma das teses de Amit Goswami, físico indiano.

As filosofias orientais já sabiam disso há muito tempo e muitas das ordens iniciáticas e outras organizações místicas e filosóficas já estudam essa característica do universo. Na base de tudo isso está o conceito de que há algo de construtivo em tudo que existe, ou seja, o universo tinha tudo para ser um caos, mas na realidade, tem uma ordem inexplicavelmente divina, e mais, tende para essa ordem, harmonia e equilíbrio. Tudo que foge a esse equilíbrio sofre a ação de uma força harmonizante, de forma a restaurar esse equilíbrio.

Mas voltemos ao assunto principal. A compreensão atual dos átomos é tão surpreendente que pode mudar em poucos anos completamente nossa idéia de universo. Eistein começou essa revolução no início do século 20, quando demonstrou que a luz, matéria e movimento eram as faces de uma mesma moeda (e=mc2), ou seja, se você colocasse uma massa (matéria) em movimento, quando ela chegasse na velocidade da luz, poderia deixar de ser matéria para se tornar luz e, por outro lado, se reduzíssemos a velocidade de um facho luminoso, este poderia se tornar matéria. Para Einstein, as partículas componentes de um átomo (elétrons, prótons, neutrons, etc.) nada mais são que luz condensada ou luz congelada. Algumas experiências conhecidas já conseguiram chegar a indícios que confirmam essa tese, assim como diversas experiências feitas nos anos de 1960 confirmaram a distorção do tempo exatamente como previa da teoria da relatividade geral. No frigir dos ovos, a ciência está concluindo que tudo é luz e vibração, sendo que, mais uma vez, as filosofias orientais já sabiam disso há muito tempo.

Mais desconcertante do que o fato da luz e matéria serem a mesma coisa, é a questão dos espaços existentes entre as partículas. No filme “O Ponto de Mutação”, há diversas comparações para exemplificar essa questão, mas uma em especial é muito interessante. Se aumentássemos o núcleo de um átomo até que ficasse do tamanho de uma laranja, o elétron mais próximo estaria a 1 Km de distância, sendo que teria o tamanho de uma bactéria. Nada haveria entre o núcleo e o elétron. Nada não é a melhor palavra, apenas o espaço existiria entre eles, pois o espaço não é um nada, mas sim alguma coisa diferente do nada. Estou cada vez mais convencido de que o espaço é uma substância, uma vez que ele é deformado pela ação da gravidade. Aliás, o tempo também seria uma substância de mesma natureza que o espaço, mas esse conceito é por demais extenso para eu tentar explicar neste artigo. E a gravidade o que seria? Ao que parece, ela tem muita coisa a ver com a luz, pois em uma pesquisa recente feita na Europa, cientistas conseguiram medir a velocidade da gravidade, que é a mesma da luz. São conclusões surpreendentes, primeiro que a gravidade é algo que está em movimento e segundo que, da mesma forma que a luz, se movimenta a cerca de 300.000 Km por segundo.

Mas se há tanto espaço entre os componentes do átomo e se tudo é luz, porque não conseguimos atravessar uma parede, por exemplo? Segundo alguns testemunhos, muitos mestres yoguis podem. Ao que parece, há alguns estudos científicos que também indicam que isso é possível, a maioria deles são experiências secretas com objetivos militares e que já causaram alguns estragos, como o projeto Philadélfia, onde mais do que atravessar uma parede, atravessou-se o tempo. Se eu pudesse dar uma resposta, eu diria que, a princípio, você não consegue fazer isso porque você não acredita que pode. Mesmo correndo o risco de passar por louco, eu acredito que a mente pode viabilizar isso, contudo ainda não consegui realizar. Dentre outros, Lobsang Rampa, um mestre yogui, também afirma isso, só que ele afirma que conseguiu. Bem... essa também pode ser a diferença entre um neurótico é um esquizofrênico (risos).

Se a natureza de tudo parece ser a luz, então somos seres de luz como dito em muitas filosofias e religiões. Se somos seres de luz, devemos ser tão versáteis como a luz. Então, porque estamos presos a essa forma? Porque temos consciência disso? E do que será formada a consciência? Difícil não comparar com o cinema que, através da luz projetada em um plano, nos transporta para uma realidade ilusória. Podemos fazer parte de um grande filme, cuja realidade é forjada pelo congelamento da luz em suas partículas. Qual o objetivo disso tudo? Talvez tenha a ver com o sentido da vida que expus em artigo anterior. De qualquer forma, se nosso objetivo é aprender a amar e, com isso, ajudar na transformação do mundo em um lugar de paz, fraternidade e amor, que importa isso tudo? Mesmo que esse mundo seja uma ilusão, pelo menos seria uma boa ilusão e não uma dura ilusão como é esta que nossa humanidade está criando.

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