Fronteiras do Mundo Material
Você já teve a oportunidade de ver uma fronteira? Certamente que não e afirmo com toda a certeza que nenhum ser humano pode ver uma com os seus olhos, até porque ela é uma “linha imaginária” que divide países, estados, ou qualquer outra coisa que precise estar circunscrita dentro de algum limite. Se é imaginária, não existe materialmente. Será? Se você olhar para a ponta de seu dedo, dirá que existe uma fronteira bem definida entre sua pele e o ar que a circunda e que você quase pode ver uma linha ao redor de seu dedo.
Bertrand Russel (e algumas ordens iniciáticas) diria que o que você está vendo não tem nada a ver com a verdadeira natureza da fronteira entre seu dedo e o ar, pois é uma mera reflexão das ondas luminosas que incidem neles, depois atingem sua retina, são convertidas em impulsos elétricos, que são enviados para seu cérebro e interpretados por sua consciência. Em outras palavras, tudo aquilo que você vê, ouve ou sente é meramente uma interpretação da verdade, mas não é a verdade. Olhando minuciosamente, a nível atômico, não há fronteiras entre seu dedo e o ar. Até mesmo a nível celular é difícil encontrar esses limites, uma vez que sua pele troca ar e umidade com o ambiente. Podemos no máximo dizer que, considerando uma certa distância atômica, você conseguirá identificar duas regiões com características distintas. Uma delas, a da pele, terá uma concentração de átomos de carbono maior que a outra, além de ter uma densidade maior de átomos. Na outra, a do ar, haverá uma concentração maior de nitrogênio e a densidade de átomos será bem mais rarefeita (lembre-se que nossa atmosfera é composta predominantemente de nitrogênio, mais ou menos 77%). Entre as duas, haverá uma região onde esses átomos estarão misturados, mas, certamente, não haverá nenhuma linha definida que se possa denominar “fronteira”. Conforme mencionado em artigos anteriores, esses limites ficam ainda mais rarefeitos se olharmos a nível intra-atômico, onde há absurdamente muito mais espaço que partículas, se é que realmente existem partículas, coisa que a física quântica, desconcertantemente, ainda não conseguiu afirmar com certeza.
O universo é intrinsecamente analógico. Em outras palavras, para que algo passe de um estado qualquer a outro, haverá infinitas nuances entre os dois, muitas vezes imperceptíveis aos sentidos humanos. Em muitos casos, bastam alguns instrumentos de observação nem tão avançados para percebermos essas nuances. Um exemplo típico é o ato de acender-se uma luz. À primeira vista, parece que o escuro desapareceu instantaneamente, mas se filmarmos de forma acelerada, veremos que a luz foi pouco a pouco aumentando sua intensidade, do mais escuro para o mais claro, em um movimento suave. Para aqueles que conhecem um pouco de eletrônica, nem o sinal digital passa de 0 a 1 instantaneamente. Um osciloscópio simples poderá mostrar que há uma subida do estado 0 para o estado 1, ou seja, infinitos valores entre 0 e 1 foram transitados até que a mudança total de estado tenha sido completada. Isso acontece muito rápido, mas acontece.
De fato, as fronteiras observadas pelos 5 sentidos físicos são meras ilusões causadas pelas limitações e pela parcialidade do ponto de vista desses sentidos. Quero dizer com isso que dependendo dos recursos que você usa para analisar um fenômeno, a ilusão muda, pois você vê apenas uma estreita faixa de vibrações luminosas, escuta apenas uma estreita faixa de vibrações sonoras, sente apenas aquilo que está em contato com sua pele, sua língua ou suas narinas, ou seja, um aparelho, remédio, ou condição física pode alterar essa percepção. Se houver qualquer coisa que esteja fora desses limites da percepção, não existirá para nossa consciência objetiva. Contudo, somos obrigados a aceitar que o universo é muito mais do que nossos limitados sentidos podem captar e isso atinge em cheio nossa ilusão de estar no controle das situações. Em função disso, ninguém pode nos garantir que o mundo espiritual não esteja manifesto entre nós como apregoam tantas linhas de pensamento, nem que seja algo tão sobrenatural e distante do plano material. Tendo a afirmar com um bom grau de certeza que, assim como não existem fronteiras reais na matéria, também não existem fronteiras entre o mundo material e o espiritual, é apenas uma questão de percepção e do desenvolvimento de instrumentos necessários para que nossos sentidos possam entrar em contato com esse plano tão discutido. Isso se realmente não temos sentidos preparados para tal, uma vez que, e é bem sabido, aquilo que não se usa, atrofia, especialmente no que tange a capacidades físicas e mentais de organismos vivos, fato que Darwin já demonstrou no passado e a genética está confirmando hoje, quando encontram no DNA alguns genes ativados e outros que parecem estar adormecidos.
Por estamos imersos em um ambiente muito mais complexo do que nossa consciência objetiva percebe, não vale a pena dar tanto crédito aos nossos sentidos físicos, eles captam apenas reflexos do que realmente existe. Como no mito da caverna, estamos acostumados a ver apenas as sombras. A verdadeira luz está exatamente do lado oposto desses reflexos, tão apreciados e desejados por nós, ou seja, está dentro de nossos olhos, de nossa mente, de nosso coração, de nossa consciência. Mais até, está além de tudo isso.
Se você quer conhecer a essência do universo, procure dentro de você.
"Periódico com artigos ligados à ciência, filosofia, esoterismo, religião e assuntos relacionados à situação atual do planeta."
"É preciso preparar-se para mais elevados conhecimentos, só neste pensamento pode a nova consciência aproximar-se da humanidade"
(Mestre El-Morya)
quarta-feira, outubro 22, 2003
quarta-feira, agosto 20, 2003
Adão e Eva Existiram?
A existência dos “humanos primordiais” sempre representou uma grande disputa entre opiniões religiosas e científicas, parecendo mesmo pontos de vista inconciliáveis. Na minha opinião, a ciência ainda não evoluiu o suficiente para apresentar a correta interpretação desse mito, mas sou otimista, acredito que ainda veremos o tempo em que as idéias convergirão.
Acredito sim que Adão e Eva existiram, mas não da forma como as teorias corriqueiras pregam. Pensar nos humanos primordiais automaticamente nos remete ao Jardim do Éden e em todos os simbolismos associados a essa etapa da existência humana. Note, que eu usei a palavra “simbolismo”, o que sugere uma visão mítica dessa história. Quando falo da existência de Adão e Eva, eu não digo que tudo tenha ocorrido exatamente como as escrituras apontam, mas sim, simbolicamente. De fato, se formos um pouco mais fundo na estória, notamos que o Paraíso era um lugar diferente desse em que vivemos hoje e aí é que está o “pulo do gato”. Quem disse que o Paraíso é um plano material sujeito às regras materiais?
Algumas linhas de pensamento mais atuais apontam o Paraíso como um plano dimensional mais abrangente que o nosso, o que indica um comportamento do tempo-espaço diferente do que nossos sentidos físicos conseguem perceber. Na época em que a estória de Adão e Eva foi escrita, a informação das massas era insignificante e a base do conhecimento estava dividida entre filosofia e teosofia, além de ser dominada pelas autoridades clericais. A ciência era incipiente e as explicações eram baseadas em mitos, lendas e sábios. Como traduzir a visão de um plano extra-temporal em termos acessíveis às massas? Note que os profetas têm contato consciente com esse plano e têm que traduzir suas percepções, que pouco tem a ver com os sentidos físicos, em termos acessíveis para as consciências mais limitadas. Certamente, os sábios não conseguiriam descrever o Paraíso para as pessoas comuns como um “plano extra-temporal”, muito menos tentar explicar como as coisas se comportam em um lugar como esse. Isso é tremendamente abstrato até mesmo considerando nosso conhecimento atual. Para mim, muitos mitos carregam esse problema, ou seja, são narrativas simbólicas adaptadas ao tempo-espaço para que a consciência temporal possa tentar entender o que aconteceu.
Concordo com essa visão de que Adão e Eva existiram nessa dimensão extra-temporal e foram protagonistas de uma história que ocorreu em um contexto de tempo-espaço que não temos condições de compreender objetivamente. O próprio Genesis dá uma pista de que eles não tinham corpos como o nosso, basta apenas interpretar de uma maneira menos cartesiana o versículo 21 do capítulo 3: “E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu.”. Podemos entender que as “túnicas de peles” sejam verdadeiramente de pele humana, ou seja, vestiu a alma deles com pele humana. Em outras palavras, os encarnou no plano material para a labuta, a expiação e o Karma, algo desconhecido no Jardim do Éden, que não é material, muito embora contenha as sementes da manifestação material.
Se isso for verdade, quem seriam Adão e Eva? Considerando a estória do Genesis, podemos entender que seriam as matrizes da manifestação humana em suas polaridades masculina e feminina. Isso não significa que, estando encarnados, seriam apenas um homem e uma mulher, pois se eles são princípios de manifestação humana, podem ter se dividido em personalidades-alma (individualidades) separadas e encarnado em diversos corpos diferentes. Não vou entrar em detalhes de como ou se isso pode ocorrer, apenas sugiro que você reflita sobre uma hipótese como essa, por mais fantástica que possa parecer. O plano espiritual não segue as mesmas regras do plano material e pode revelar manifestações tão bizarras quanto aquelas que acontecem nos sonhos que temos quando dormimos.
G. O. Mebes, um sábio do início do século passado, traz uma versão parecida com esta que estou desenvolvendo aqui no seu livro “Os Arcanos Maiores do Tarô”, mais especificamente no arcano 11. Lá ele cita um tal de Adão Belial, que pode ser comparável a esse princípio masculino, além de explicar um pouco o contexto da queda dos anjos e a posterior queda da humanidade, situações diferentes em termos teosóficos. O arcano 11 do tarô, que representa a força, também pode ser interpretado como a mônada (essência divina em nosso âmago) – arcano nº 1 que é representado pelo Mago – regendo um sistema fechado – arcano nº 10 que é representado pela Roda da Fortuna, ou A Roda das Encarnações. Não vou entrar em detalhes sobre isso neste artigo por ser um assunto muito extenso.
O ponto importante disso tudo é notar como sempre há a possibilidade de conciliar as diversas linhas de pensamento, bastando apenas ser mais tolerante na interpretação dos mitos teosóficos e menos intransigente na busca das verdades científicas. Não significa que devamos aceitar qualquer coisa que ouvimos, mas, em absoluto, significa que devemos rechaçar qualquer alternativa apenas por não seguir as normas materiais. Fazer isso é recusar-se a compreender a essência da criação e afastar-se de Deus. As respostas estarão na busca científica norteada pelas idéias e conjecturas filosóficas e teosóficas. Uma coisa não pode existir em paz sem a outra. Como no Tao, o equilíbrio divino está no caminho do meio, onde claro e escuro são dois aspectos da mesma luz, a luz do amor de Deus.
A existência dos “humanos primordiais” sempre representou uma grande disputa entre opiniões religiosas e científicas, parecendo mesmo pontos de vista inconciliáveis. Na minha opinião, a ciência ainda não evoluiu o suficiente para apresentar a correta interpretação desse mito, mas sou otimista, acredito que ainda veremos o tempo em que as idéias convergirão.
Acredito sim que Adão e Eva existiram, mas não da forma como as teorias corriqueiras pregam. Pensar nos humanos primordiais automaticamente nos remete ao Jardim do Éden e em todos os simbolismos associados a essa etapa da existência humana. Note, que eu usei a palavra “simbolismo”, o que sugere uma visão mítica dessa história. Quando falo da existência de Adão e Eva, eu não digo que tudo tenha ocorrido exatamente como as escrituras apontam, mas sim, simbolicamente. De fato, se formos um pouco mais fundo na estória, notamos que o Paraíso era um lugar diferente desse em que vivemos hoje e aí é que está o “pulo do gato”. Quem disse que o Paraíso é um plano material sujeito às regras materiais?
Algumas linhas de pensamento mais atuais apontam o Paraíso como um plano dimensional mais abrangente que o nosso, o que indica um comportamento do tempo-espaço diferente do que nossos sentidos físicos conseguem perceber. Na época em que a estória de Adão e Eva foi escrita, a informação das massas era insignificante e a base do conhecimento estava dividida entre filosofia e teosofia, além de ser dominada pelas autoridades clericais. A ciência era incipiente e as explicações eram baseadas em mitos, lendas e sábios. Como traduzir a visão de um plano extra-temporal em termos acessíveis às massas? Note que os profetas têm contato consciente com esse plano e têm que traduzir suas percepções, que pouco tem a ver com os sentidos físicos, em termos acessíveis para as consciências mais limitadas. Certamente, os sábios não conseguiriam descrever o Paraíso para as pessoas comuns como um “plano extra-temporal”, muito menos tentar explicar como as coisas se comportam em um lugar como esse. Isso é tremendamente abstrato até mesmo considerando nosso conhecimento atual. Para mim, muitos mitos carregam esse problema, ou seja, são narrativas simbólicas adaptadas ao tempo-espaço para que a consciência temporal possa tentar entender o que aconteceu.
Concordo com essa visão de que Adão e Eva existiram nessa dimensão extra-temporal e foram protagonistas de uma história que ocorreu em um contexto de tempo-espaço que não temos condições de compreender objetivamente. O próprio Genesis dá uma pista de que eles não tinham corpos como o nosso, basta apenas interpretar de uma maneira menos cartesiana o versículo 21 do capítulo 3: “E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu.”. Podemos entender que as “túnicas de peles” sejam verdadeiramente de pele humana, ou seja, vestiu a alma deles com pele humana. Em outras palavras, os encarnou no plano material para a labuta, a expiação e o Karma, algo desconhecido no Jardim do Éden, que não é material, muito embora contenha as sementes da manifestação material.
Se isso for verdade, quem seriam Adão e Eva? Considerando a estória do Genesis, podemos entender que seriam as matrizes da manifestação humana em suas polaridades masculina e feminina. Isso não significa que, estando encarnados, seriam apenas um homem e uma mulher, pois se eles são princípios de manifestação humana, podem ter se dividido em personalidades-alma (individualidades) separadas e encarnado em diversos corpos diferentes. Não vou entrar em detalhes de como ou se isso pode ocorrer, apenas sugiro que você reflita sobre uma hipótese como essa, por mais fantástica que possa parecer. O plano espiritual não segue as mesmas regras do plano material e pode revelar manifestações tão bizarras quanto aquelas que acontecem nos sonhos que temos quando dormimos.
G. O. Mebes, um sábio do início do século passado, traz uma versão parecida com esta que estou desenvolvendo aqui no seu livro “Os Arcanos Maiores do Tarô”, mais especificamente no arcano 11. Lá ele cita um tal de Adão Belial, que pode ser comparável a esse princípio masculino, além de explicar um pouco o contexto da queda dos anjos e a posterior queda da humanidade, situações diferentes em termos teosóficos. O arcano 11 do tarô, que representa a força, também pode ser interpretado como a mônada (essência divina em nosso âmago) – arcano nº 1 que é representado pelo Mago – regendo um sistema fechado – arcano nº 10 que é representado pela Roda da Fortuna, ou A Roda das Encarnações. Não vou entrar em detalhes sobre isso neste artigo por ser um assunto muito extenso.
O ponto importante disso tudo é notar como sempre há a possibilidade de conciliar as diversas linhas de pensamento, bastando apenas ser mais tolerante na interpretação dos mitos teosóficos e menos intransigente na busca das verdades científicas. Não significa que devamos aceitar qualquer coisa que ouvimos, mas, em absoluto, significa que devemos rechaçar qualquer alternativa apenas por não seguir as normas materiais. Fazer isso é recusar-se a compreender a essência da criação e afastar-se de Deus. As respostas estarão na busca científica norteada pelas idéias e conjecturas filosóficas e teosóficas. Uma coisa não pode existir em paz sem a outra. Como no Tao, o equilíbrio divino está no caminho do meio, onde claro e escuro são dois aspectos da mesma luz, a luz do amor de Deus.
terça-feira, julho 22, 2003
Sonho e Vigília
É interessante notar como o fenômeno da consciência suscita profundas dúvidas em todos aqueles que buscam apreender seu real significado. A ciência não tem compreensão completa de como esse fenômeno é produzido dentro da mente humana (ou apenas do cérebro, como muitos materialistas acreditam). É um tema tão complexo que mesmo as melhores explicações dos filósofos são bastante subjetivas, para não dizer, inconclusivas.
Muitas linhas teosóficas dividem a consciência em duas partes, colocando uma delas diretamente em contato com Deus e alguns poucos estudiosos afirmam compreender profundamente como isso acontece. Às vezes são considerados mestres e em geral estão no oriente, ou então, provém de lá. Estes afirmam que não dá para descrever o que é esse conhecimento, mas podem ajudar-nos de forma a atingirmos essa compreensão. Se o que eles falam é algum tipo de desequilíbrio mental ou a verdade pura, não dá para saber, assim como não dá para saber essencialmente se aquilo que nossa consciência pode captar é real ou um grande sonho (isso é até tema de filme hoje em dia). E por falar em sonho, o que seria o sonho senão uma forma de consciência?
Tendemos a interpretar o sonho como uma “seqüência de fenômenos psíquicos (imagens, representações, atos, idéias, etc.) que involuntariamente ocorrem durante o sono” (definição tirada do Aurélio). Os espíritas afirmam que o sono é uma oportunidade para a alma deixar o corpo e vivenciar experiências nos outros planos existenciais. Dentro desse contexto, o sonho nada mais seria que a captação dessas vivências através de nossa consciência objetiva, aquela que usamos quando estamos acordados. Nesse caso, por que os significados dessas experiências são desconexos? Quem diz isso é a consciência objetiva, afinal não se pode afirmar que o sonho é uma vivência desconexa se considerarmos que a alma estaria em um plano onde a percepção do universo é completamente diferente. Quero dizer com isso que se a alma tiver “órgãos” perceptivos diferentes dos do corpo físico, que a conferem uma compreensão do ambiente a sua volta diferente da consciência objetiva, então não tem como traduzir essas percepções nos moldes compreensíveis para a consciência material. É como se vivêssemos em dois mundos com duas consciências diferentes que não conseguem se conversar, ou pelo menos, que uma delas não consegue compreender na totalidade as percepções individuais da outra quando esta segunda está absorta em seu próprio ambiente. Entretanto, não dá para afirmar durante uma análise objetiva em vigília que a consciência da alma não consiga interpretar a consciência material.
Você pode me dizer que quando está dormindo sabe que está dormindo. Como você sabe disso? A resposta freqüentemente vai estar na análise do fato considerando a consciência da vigília, ou seja, você sabe que estava dormindo porque acordou e se lembrou disso, ou então porque alguém acordado o viu dormindo. Estou certo que pouquíssimas vezes você teve (se é que realmente teve) consciência objetiva de que estava dormindo e se isso ocorreu durante um sonho, seu controle sobre os acontecimentos certamente não seguiu alguma seqüência que poderíamos considerar lógica dentro do contexto material.
De fato, se as consciências material e da alma lidam com ambientes muito diversos, a tradução das percepções seria muito complicada. Se a alma puder captar a dimensão do tempo como percebemos distância ou largura, como ela poderia transmitir essa percepção para a consciência material? Se formos mais a fundo nessa questão, qual realidade seria mais verdadeira em termos universais, a do sonho ou a da vigília? Poderíamos especular que durante o despertar da consciência da alma, em outras palavras, durante o sono do plano material, ela interpretaria suas vivências da vigília como se fosse sonho, sendo que aconteceriam quando ela estivesse adormecida e ela poderia não conseguir interpretá-las dentro de uma seqüência lógica considerando seu contexto imaterial, em suma, você poderia viver duas vidas, cada uma delas suportada por uma consciência limitada ao seu ambiente. Não dá nem para dizer que você passa dois terços do tempo na vigília, pois ninguém ainda conseguiu compreender a verdadeira natureza do tempo, nem se ele é realmente constante.
Tendo a acreditar que a consciência da alma consegue sim interpretar nossa vida material, uma vez que nossos sonhos são povoados de situações ou simbolizações relacionadas às nossas experiências da vigília (o famoso psiquiatra Carl Gustav Jung foi muito bom nesse tipo de análise). Nesse caso, ela tem o controle completo de nossas vidas, questão fartamente citada nos estudos metafísicos ou místicos. Temos um ponto em nosso ser que tudo sabe e tudo vê, mas raros são aqueles que têm acesso a essa consciência, muito embora, eles afirmem que só é possível atingir esse ponto após diligente esforço pessoal de purificação ou lapidação da consciência material.
Acordados, observamos a esfinge impassível, que continua imponente no deserto rogando a todos “decifra-me ou devoro-te”. A terra devorará sua consciência objetiva até que esta compartilhe a luz com a consciência da alma, quando teremos o poder de transmutar a matéria. Seria essa a resposta ao enigma? Como não posso afirmar, ainda serei devorado pela esfinge.
É interessante notar como o fenômeno da consciência suscita profundas dúvidas em todos aqueles que buscam apreender seu real significado. A ciência não tem compreensão completa de como esse fenômeno é produzido dentro da mente humana (ou apenas do cérebro, como muitos materialistas acreditam). É um tema tão complexo que mesmo as melhores explicações dos filósofos são bastante subjetivas, para não dizer, inconclusivas.
Muitas linhas teosóficas dividem a consciência em duas partes, colocando uma delas diretamente em contato com Deus e alguns poucos estudiosos afirmam compreender profundamente como isso acontece. Às vezes são considerados mestres e em geral estão no oriente, ou então, provém de lá. Estes afirmam que não dá para descrever o que é esse conhecimento, mas podem ajudar-nos de forma a atingirmos essa compreensão. Se o que eles falam é algum tipo de desequilíbrio mental ou a verdade pura, não dá para saber, assim como não dá para saber essencialmente se aquilo que nossa consciência pode captar é real ou um grande sonho (isso é até tema de filme hoje em dia). E por falar em sonho, o que seria o sonho senão uma forma de consciência?
Tendemos a interpretar o sonho como uma “seqüência de fenômenos psíquicos (imagens, representações, atos, idéias, etc.) que involuntariamente ocorrem durante o sono” (definição tirada do Aurélio). Os espíritas afirmam que o sono é uma oportunidade para a alma deixar o corpo e vivenciar experiências nos outros planos existenciais. Dentro desse contexto, o sonho nada mais seria que a captação dessas vivências através de nossa consciência objetiva, aquela que usamos quando estamos acordados. Nesse caso, por que os significados dessas experiências são desconexos? Quem diz isso é a consciência objetiva, afinal não se pode afirmar que o sonho é uma vivência desconexa se considerarmos que a alma estaria em um plano onde a percepção do universo é completamente diferente. Quero dizer com isso que se a alma tiver “órgãos” perceptivos diferentes dos do corpo físico, que a conferem uma compreensão do ambiente a sua volta diferente da consciência objetiva, então não tem como traduzir essas percepções nos moldes compreensíveis para a consciência material. É como se vivêssemos em dois mundos com duas consciências diferentes que não conseguem se conversar, ou pelo menos, que uma delas não consegue compreender na totalidade as percepções individuais da outra quando esta segunda está absorta em seu próprio ambiente. Entretanto, não dá para afirmar durante uma análise objetiva em vigília que a consciência da alma não consiga interpretar a consciência material.
Você pode me dizer que quando está dormindo sabe que está dormindo. Como você sabe disso? A resposta freqüentemente vai estar na análise do fato considerando a consciência da vigília, ou seja, você sabe que estava dormindo porque acordou e se lembrou disso, ou então porque alguém acordado o viu dormindo. Estou certo que pouquíssimas vezes você teve (se é que realmente teve) consciência objetiva de que estava dormindo e se isso ocorreu durante um sonho, seu controle sobre os acontecimentos certamente não seguiu alguma seqüência que poderíamos considerar lógica dentro do contexto material.
De fato, se as consciências material e da alma lidam com ambientes muito diversos, a tradução das percepções seria muito complicada. Se a alma puder captar a dimensão do tempo como percebemos distância ou largura, como ela poderia transmitir essa percepção para a consciência material? Se formos mais a fundo nessa questão, qual realidade seria mais verdadeira em termos universais, a do sonho ou a da vigília? Poderíamos especular que durante o despertar da consciência da alma, em outras palavras, durante o sono do plano material, ela interpretaria suas vivências da vigília como se fosse sonho, sendo que aconteceriam quando ela estivesse adormecida e ela poderia não conseguir interpretá-las dentro de uma seqüência lógica considerando seu contexto imaterial, em suma, você poderia viver duas vidas, cada uma delas suportada por uma consciência limitada ao seu ambiente. Não dá nem para dizer que você passa dois terços do tempo na vigília, pois ninguém ainda conseguiu compreender a verdadeira natureza do tempo, nem se ele é realmente constante.
Tendo a acreditar que a consciência da alma consegue sim interpretar nossa vida material, uma vez que nossos sonhos são povoados de situações ou simbolizações relacionadas às nossas experiências da vigília (o famoso psiquiatra Carl Gustav Jung foi muito bom nesse tipo de análise). Nesse caso, ela tem o controle completo de nossas vidas, questão fartamente citada nos estudos metafísicos ou místicos. Temos um ponto em nosso ser que tudo sabe e tudo vê, mas raros são aqueles que têm acesso a essa consciência, muito embora, eles afirmem que só é possível atingir esse ponto após diligente esforço pessoal de purificação ou lapidação da consciência material.
Acordados, observamos a esfinge impassível, que continua imponente no deserto rogando a todos “decifra-me ou devoro-te”. A terra devorará sua consciência objetiva até que esta compartilhe a luz com a consciência da alma, quando teremos o poder de transmutar a matéria. Seria essa a resposta ao enigma? Como não posso afirmar, ainda serei devorado pela esfinge.
quinta-feira, junho 26, 2003
Em Busca da Harmonia
Como todos os conceitos que estão relacionados com aspectos sutis do universo, a harmonia nem sempre é compreendida em toda sua profundidade. Muitas vezes associa-se harmonia com equilíbrio, outras vezes com paz, outras ainda com ausência de interferência ou não reação, outras com beleza, etc. Acredito que a melhor forma de entendermos como funciona a harmonia é através da música e das ondas sonoras, onde podemos ter um vislumbre da verdadeira harmonia universal.
Primeiramente, vamos analisar o que é harmonia em música. Se ouvirmos uma pessoa cantando um “lá, lá, lá, ri, lá”, isso será uma melodia (bem... faça um esforço e tente imaginar que sim). Esta, por sua vez, é formada por notas musicais, ou seja, cada “lá” isolado seria uma única nota musical. Se essa mesma pessoa estiver em um coral, no exato instante que ela estiver cantando um “lá”, uma outra pessoa poderá estar cantando um outro “lá” (ou “li”, ou “ló”) que será mais grave ou mais agudo. O encontro desses diversos “lás”, cantados exatamente ao mesmo tempo, forma o chamado acorde musical, ou seja, várias notas musicais diferentes tocadas simultaneamente. Se essas notas estiverem matematicamente organizadas de modo a resultar em algo que pareça afinado, ou, por assim dizer, gostoso de ouvir, temos a chamada harmonia tonal, ou harmonia clássica (não quero apresentar aqui conceitos formais de música, apenas me fazer entender).
Um ouvido treinado poderá perceber cada nota separadamente, mesmo que várias sejam tocadas juntas, mas isso é uma habilidade cerebral, pois fisicamente, só existe uma única onda sonora e esse é um ponto importante. Se não for um coral, mas uma orquestra, teremos diversos instrumentos que produzem sons diferentes (como se fossem “cores” diferentes), que o ouvido treinado pode distinguir, mas, em termos físicos, todos estarão misturados em uma única onda sonora. Cada instrumento interfere, afeta, interage e modifica a onda, alterando seu equilíbrio. Se for uma interferência harmônica, ainda haverá beleza, equilíbrio e o som gostoso (paz?). Nenhuma nota está isolada, todas interagem entre si, afetando o desenho final da onda e a harmonia é gerada dependendo da ordem, ou da relação, estabelecida entre elas. Cada nota tem que ser modificada individualmente para que se consiga estabelecer essa harmonia, pois uma pequena variação na sua freqüência, afetará o resultado harmônico do todo orquestral.
Muitos de nós acreditamos que para estarmos em harmonia, devemos nos isolar e “meditar”. Se compararmos com a música, uma nota isolada não é uma harmonia, pois para ser, várias notas precisam ser tocadas em conjunto. Certamente, o músico que está aprendendo uma determinada música se isolará para treiná-la e encontrará um ponto pessoal de ajuste para cada nota, mas quando ele se reunir com os outros músicos, terá que ajustar esse ponto de acordo com as necessidades da orquestra, de forma a produzir harmonia. Quando meditamos isolados, achamos nosso ponto de equilíbrio, mas isso não é harmonia, é apenas um exercício para encontrar Deus. A verdadeira harmonia deve aparecer quando estamos vivendo as provações da vida, onde, à partir desse encontro com Deus, deixamos que Ele nos mostre o caminho e modere nosso equilíbrio individual para criar harmonia ao nosso redor, pois, como pode ser inferido da explicação acima, a verdadeira harmonia só existe em âmbito coletivo. Usando termos taoístas, ser yang (positivos) em situações yin (negativas), yin em situações yang e neutros quando não houver necessidade de interferência. Em suma, sermos o elemento harmonizante, o peso certo da balança para que o fiel esteja centrado. Então, a harmonia se manifestará como a somatória de todas as forças existentes em nós e ao nosso redor.
Como o músico hábil que consegue achar a harmonia intuitivamente e sem pensar, assim devemos proceder na nossa vida, pois se nossa mente ficar tagarelando e julgando o tempo todo para achar o ponto de equilíbrio, Deus não poderá falar conosco, ou mesmo através de nós. A harmonia é algo que brota naturalmente, desde que nos esforcemos para estar permanentemente ligados a Deus, vendo Ele em todas as suas manifestações.
Da mesma forma como uma onda sonora é única, independentemente das notas musicais que a compõe, estamos todos unidos por uma única corrente de vida. Quando nos isolamos do mundo, não estamos criando harmonia, apenas estamos estudando a música celestial. Precisaremos disso enquanto não estivermos suficientemente proficientes e devemos fazer isso diariamente, visto que é um treinamento. A cada dia, estaremos melhores e poderemos ajustar mais facilmente nossa vibração interferindo, afetando, interagindo e modificando a harmonia ao nosso redor, de forma a ajudar na criação da harmonia divina. Quanto mais treinados estivermos na música celestial, mais conseguiremos intuir qual a melhor intenção, pensamento, ação, não ação, vibração, etc. que devemos ter para que possamos ajudar a criar uma belíssima harmonia ao nosso redor.
Na matéria não há equilíbrio absoluto, uma vez que ela é incompleta. Tudo sempre está em movimento, causando desequilíbrios constantes. A harmonia só pode ser conseguida entregando nosso coração a Deus e deixando que ele atue em nós e através de nós.
Como todos os conceitos que estão relacionados com aspectos sutis do universo, a harmonia nem sempre é compreendida em toda sua profundidade. Muitas vezes associa-se harmonia com equilíbrio, outras vezes com paz, outras ainda com ausência de interferência ou não reação, outras com beleza, etc. Acredito que a melhor forma de entendermos como funciona a harmonia é através da música e das ondas sonoras, onde podemos ter um vislumbre da verdadeira harmonia universal.
Primeiramente, vamos analisar o que é harmonia em música. Se ouvirmos uma pessoa cantando um “lá, lá, lá, ri, lá”, isso será uma melodia (bem... faça um esforço e tente imaginar que sim). Esta, por sua vez, é formada por notas musicais, ou seja, cada “lá” isolado seria uma única nota musical. Se essa mesma pessoa estiver em um coral, no exato instante que ela estiver cantando um “lá”, uma outra pessoa poderá estar cantando um outro “lá” (ou “li”, ou “ló”) que será mais grave ou mais agudo. O encontro desses diversos “lás”, cantados exatamente ao mesmo tempo, forma o chamado acorde musical, ou seja, várias notas musicais diferentes tocadas simultaneamente. Se essas notas estiverem matematicamente organizadas de modo a resultar em algo que pareça afinado, ou, por assim dizer, gostoso de ouvir, temos a chamada harmonia tonal, ou harmonia clássica (não quero apresentar aqui conceitos formais de música, apenas me fazer entender).
Um ouvido treinado poderá perceber cada nota separadamente, mesmo que várias sejam tocadas juntas, mas isso é uma habilidade cerebral, pois fisicamente, só existe uma única onda sonora e esse é um ponto importante. Se não for um coral, mas uma orquestra, teremos diversos instrumentos que produzem sons diferentes (como se fossem “cores” diferentes), que o ouvido treinado pode distinguir, mas, em termos físicos, todos estarão misturados em uma única onda sonora. Cada instrumento interfere, afeta, interage e modifica a onda, alterando seu equilíbrio. Se for uma interferência harmônica, ainda haverá beleza, equilíbrio e o som gostoso (paz?). Nenhuma nota está isolada, todas interagem entre si, afetando o desenho final da onda e a harmonia é gerada dependendo da ordem, ou da relação, estabelecida entre elas. Cada nota tem que ser modificada individualmente para que se consiga estabelecer essa harmonia, pois uma pequena variação na sua freqüência, afetará o resultado harmônico do todo orquestral.
Muitos de nós acreditamos que para estarmos em harmonia, devemos nos isolar e “meditar”. Se compararmos com a música, uma nota isolada não é uma harmonia, pois para ser, várias notas precisam ser tocadas em conjunto. Certamente, o músico que está aprendendo uma determinada música se isolará para treiná-la e encontrará um ponto pessoal de ajuste para cada nota, mas quando ele se reunir com os outros músicos, terá que ajustar esse ponto de acordo com as necessidades da orquestra, de forma a produzir harmonia. Quando meditamos isolados, achamos nosso ponto de equilíbrio, mas isso não é harmonia, é apenas um exercício para encontrar Deus. A verdadeira harmonia deve aparecer quando estamos vivendo as provações da vida, onde, à partir desse encontro com Deus, deixamos que Ele nos mostre o caminho e modere nosso equilíbrio individual para criar harmonia ao nosso redor, pois, como pode ser inferido da explicação acima, a verdadeira harmonia só existe em âmbito coletivo. Usando termos taoístas, ser yang (positivos) em situações yin (negativas), yin em situações yang e neutros quando não houver necessidade de interferência. Em suma, sermos o elemento harmonizante, o peso certo da balança para que o fiel esteja centrado. Então, a harmonia se manifestará como a somatória de todas as forças existentes em nós e ao nosso redor.
Como o músico hábil que consegue achar a harmonia intuitivamente e sem pensar, assim devemos proceder na nossa vida, pois se nossa mente ficar tagarelando e julgando o tempo todo para achar o ponto de equilíbrio, Deus não poderá falar conosco, ou mesmo através de nós. A harmonia é algo que brota naturalmente, desde que nos esforcemos para estar permanentemente ligados a Deus, vendo Ele em todas as suas manifestações.
Da mesma forma como uma onda sonora é única, independentemente das notas musicais que a compõe, estamos todos unidos por uma única corrente de vida. Quando nos isolamos do mundo, não estamos criando harmonia, apenas estamos estudando a música celestial. Precisaremos disso enquanto não estivermos suficientemente proficientes e devemos fazer isso diariamente, visto que é um treinamento. A cada dia, estaremos melhores e poderemos ajustar mais facilmente nossa vibração interferindo, afetando, interagindo e modificando a harmonia ao nosso redor, de forma a ajudar na criação da harmonia divina. Quanto mais treinados estivermos na música celestial, mais conseguiremos intuir qual a melhor intenção, pensamento, ação, não ação, vibração, etc. que devemos ter para que possamos ajudar a criar uma belíssima harmonia ao nosso redor.
Na matéria não há equilíbrio absoluto, uma vez que ela é incompleta. Tudo sempre está em movimento, causando desequilíbrios constantes. A harmonia só pode ser conseguida entregando nosso coração a Deus e deixando que ele atue em nós e através de nós.
terça-feira, junho 10, 2003
As Dimensões da Consciência
Recentemente, encontrei um estudo que abordava a percepção que diversos tipos de seres vivos teriam das dimensões. Começava com os vermes, passava por insetos, animais, etc. e terminava com supostos seres conscientes de sete dimensões. O ponto interessante desse estudo é a menção de que todos os seres existem em todas as dimensões, mas que as consciências podem estar restritas a apenas algumas delas. Isso atinge diretamente o paradigma de que nosso mundo estaria confinado à quarta dimensão (espaço-tempo). Na realidade, o que está confinado é a nossa consciência, ou seja, o que nos impede de conseguirmos viver ou ter liberdade de experimentar outras dimensões não é nosso corpo, mas sim nossa consciência, nossa percepção e nossos órgãos sensoriais físicos e extrafísicos.
A teoria das Supercordas menciona algo parecido há algum tempo. Segundo ela, algumas dimensões só seriam perceptíveis a níveis tão minúsculos que hoje não há microscópio capaz de verificá-las. De qualquer forma, a questão da consciência, apesar de estar relacionada a essas dimensões científicas, é mais abrangente, uma vez que a ciência não consegue explicar o próprio fenômeno da consciência.
Vamos colocar isso em termos mais práticos para podermos visualizar melhor essa idéia. Segundo o estudo, minhocas e lesmas seriam seres de consciência unidimensional, pois eles não têm recursos (sentidos) para perceber o espaço, ou mesmo o plano. Comunicariam-se apenas por sensações de frio, calor, dor, gostos, desgostos, etc. Seres de dimensões superiores podem perceber seus corpos como multidimensionais, mas a consciência dos unidimensionais não concebe o que é o próprio corpo.
O estudo coloca os seres bidimensionais em uma vasta gama de seres, incluindo até animais domesticados. Isso pode fazer sentido em termos de consciência cognitiva, mas não em termos de percepções sensoriais. Digo isso, pois o próprio ser humano parece ter desenvolvido a consciência tridimensional há relativamente pouco tempo, quando começaram a dominar as edificações. Na minha concepção, eu não colocaria animais mais complexos nesse nível, mas classificaria como bidimensionais os seres que têm recursos para perceber o plano, como baratas, formigas, moluscos, crustáceos e outros que possuem percepção que os habilita a mover-se volitivamente pelo plano. A comunicação desses seres já se dá pelos seus sentidos físicos, porém de forma mais simples.
Na minha visão, os seres tridimensionais são aqueles que teriam um desenvolvimento importante dos sentidos, em especial da visão, audição ou algum outro que lhes dê uma boa orientação espacial (como a noção de localização dos pombos). Haveria diferentes níveis de consciência nessa dimensão, mas em geral, os seres se comunicam através dos sentidos, de uma forma que vai do elaborado até o complexo, e tem diferentes níveis de cognição e formulação de conceitos, indo do inexistente ao complexo. Podem ser classificados nesse nível os animais em geral e seres humanos que, apesar de terem consciência da quarta dimensão, não conseguem transitar volitivamente por ela.
O estudo menciona sete dimensões e descreve seres ou consciências em todas elas. A teoria das Supercordas contempla dez dimensões. Independentemente do número de dimensões, podemos inferir pelas idéias acima que os seres de consciência superior podem perceber os corpos multidimensionais de seres de consciência inferior. Por exemplo, podemos ver o corpo tridimensional de uma minhoca ou de uma barata. Desta forma, é possível que seres de consciência pentadimensional possam perceber os seres humanos em corpos pentadimensionais, porém com a consciência limitada, da mesma forma que olhamos para uma minhoca. O inverso é muito intrigante, pois teríamos tanta consciência da existência desses seres pentadimensionais quanto uma minhoca tem dos seres humanos. Permitam-me um parêntese: imaginem uma minhoca dizendo para outra “prove-me cientificamente que os seres humanos existem”. É mais ou menos isso que alguns cientistas fazem com teólogos ou místicos relativamente à alma e Deus.
O estudo coloca a alma dos seres como pertencente as dimensões mais elevadas. Isso significa que até mesmo uma minhoca tem potencial para entender integralmente sua existência, caso sua alma se manifeste completamente pelo seu ser. Se isso realmente acontece, ainda não temos consciência para saber, mas temos diversas indicações de homens iluminados dizendo que é possível para o ser humano atingir planos de consciência mais elevados e, até mesmo, o plano de Deus, mas para isso, cada um deve render-se completamente à essência divina no âmago de seu ser. Segundo eles, quando isso acontece, somos completamente livres, estamos em integração perfeita com Deus e conseguimos amar incondicionalmente a todos como se fossem partes de nós mesmos. Estaremos vivenciando o mistério da Trindade, onde o pai, o filho e o espírito santo são o próprio Deus.
Você é filho de Deus, assim como todos os seres do universo. Todos são um com Deus e isso não é panteísmo, isso é devoção pura, a perfeita compreensão do Criador, da criatura e da criação.
Recentemente, encontrei um estudo que abordava a percepção que diversos tipos de seres vivos teriam das dimensões. Começava com os vermes, passava por insetos, animais, etc. e terminava com supostos seres conscientes de sete dimensões. O ponto interessante desse estudo é a menção de que todos os seres existem em todas as dimensões, mas que as consciências podem estar restritas a apenas algumas delas. Isso atinge diretamente o paradigma de que nosso mundo estaria confinado à quarta dimensão (espaço-tempo). Na realidade, o que está confinado é a nossa consciência, ou seja, o que nos impede de conseguirmos viver ou ter liberdade de experimentar outras dimensões não é nosso corpo, mas sim nossa consciência, nossa percepção e nossos órgãos sensoriais físicos e extrafísicos.
A teoria das Supercordas menciona algo parecido há algum tempo. Segundo ela, algumas dimensões só seriam perceptíveis a níveis tão minúsculos que hoje não há microscópio capaz de verificá-las. De qualquer forma, a questão da consciência, apesar de estar relacionada a essas dimensões científicas, é mais abrangente, uma vez que a ciência não consegue explicar o próprio fenômeno da consciência.
Vamos colocar isso em termos mais práticos para podermos visualizar melhor essa idéia. Segundo o estudo, minhocas e lesmas seriam seres de consciência unidimensional, pois eles não têm recursos (sentidos) para perceber o espaço, ou mesmo o plano. Comunicariam-se apenas por sensações de frio, calor, dor, gostos, desgostos, etc. Seres de dimensões superiores podem perceber seus corpos como multidimensionais, mas a consciência dos unidimensionais não concebe o que é o próprio corpo.
O estudo coloca os seres bidimensionais em uma vasta gama de seres, incluindo até animais domesticados. Isso pode fazer sentido em termos de consciência cognitiva, mas não em termos de percepções sensoriais. Digo isso, pois o próprio ser humano parece ter desenvolvido a consciência tridimensional há relativamente pouco tempo, quando começaram a dominar as edificações. Na minha concepção, eu não colocaria animais mais complexos nesse nível, mas classificaria como bidimensionais os seres que têm recursos para perceber o plano, como baratas, formigas, moluscos, crustáceos e outros que possuem percepção que os habilita a mover-se volitivamente pelo plano. A comunicação desses seres já se dá pelos seus sentidos físicos, porém de forma mais simples.
Na minha visão, os seres tridimensionais são aqueles que teriam um desenvolvimento importante dos sentidos, em especial da visão, audição ou algum outro que lhes dê uma boa orientação espacial (como a noção de localização dos pombos). Haveria diferentes níveis de consciência nessa dimensão, mas em geral, os seres se comunicam através dos sentidos, de uma forma que vai do elaborado até o complexo, e tem diferentes níveis de cognição e formulação de conceitos, indo do inexistente ao complexo. Podem ser classificados nesse nível os animais em geral e seres humanos que, apesar de terem consciência da quarta dimensão, não conseguem transitar volitivamente por ela.
O estudo menciona sete dimensões e descreve seres ou consciências em todas elas. A teoria das Supercordas contempla dez dimensões. Independentemente do número de dimensões, podemos inferir pelas idéias acima que os seres de consciência superior podem perceber os corpos multidimensionais de seres de consciência inferior. Por exemplo, podemos ver o corpo tridimensional de uma minhoca ou de uma barata. Desta forma, é possível que seres de consciência pentadimensional possam perceber os seres humanos em corpos pentadimensionais, porém com a consciência limitada, da mesma forma que olhamos para uma minhoca. O inverso é muito intrigante, pois teríamos tanta consciência da existência desses seres pentadimensionais quanto uma minhoca tem dos seres humanos. Permitam-me um parêntese: imaginem uma minhoca dizendo para outra “prove-me cientificamente que os seres humanos existem”. É mais ou menos isso que alguns cientistas fazem com teólogos ou místicos relativamente à alma e Deus.
O estudo coloca a alma dos seres como pertencente as dimensões mais elevadas. Isso significa que até mesmo uma minhoca tem potencial para entender integralmente sua existência, caso sua alma se manifeste completamente pelo seu ser. Se isso realmente acontece, ainda não temos consciência para saber, mas temos diversas indicações de homens iluminados dizendo que é possível para o ser humano atingir planos de consciência mais elevados e, até mesmo, o plano de Deus, mas para isso, cada um deve render-se completamente à essência divina no âmago de seu ser. Segundo eles, quando isso acontece, somos completamente livres, estamos em integração perfeita com Deus e conseguimos amar incondicionalmente a todos como se fossem partes de nós mesmos. Estaremos vivenciando o mistério da Trindade, onde o pai, o filho e o espírito santo são o próprio Deus.
Você é filho de Deus, assim como todos os seres do universo. Todos são um com Deus e isso não é panteísmo, isso é devoção pura, a perfeita compreensão do Criador, da criatura e da criação.
quinta-feira, maio 29, 2003
Finito e Infinito
Muito temos falado sobre finito e infinito, mas qual sua concepção sobre o infinito? Mesmo o finito é algo suficientemente abstrato, de forma que compreendê-lo em sua totalidade é difícil, especialmente quando falamos no finito que está distante de nós. Para tentar entendê-lo, podemos adotar o conceito de que tudo que pode ser medido de alguma forma é finito. Apesar dessa proposição ser bastante simplista e nos limitar ao conhecimento atual da ciência, é razoavelmente abrangente para chegarmos a uma conclusão interessante acerca do universo, que comumente é tipo pelas pessoas como infinito. De fato, ele não deve ser, pois os cientistas conseguem calcular a idade do universo em 13,5 bilhões de anos, ou seja, o universo pode de alguma forma ser medido, o que sugere que ele é finito.
Se o universo é finito, o que é infinito? Também é simplista dizer, por oposição, que tudo que não pode ser medido é infinito. Talvez seja melhor ir um pouco além e dizer que tudo que não está de alguma forma limitado é infinito e, com isso, ficaremos expostos a um universo bem diferente daquele que estamos acostumados a crer e experimentar. O infinito não está limitado ao espaço-tempo, apesar de poder contê-lo, e isso quer dizer também que ele está além dos limites do universo mensurável, ou seja, é infinitamente imenso. Por outro lado, o infinito também está além da menor partícula subatômica, o que é infinitamente minúsculo. O infinito não está limitado às leis da física, portanto, considerando uma das formulações básicas desta, dois corpos podem ocupar um mesmo lugar no infinito. Aliás, o infinito não está limitado a algum lugar, pois contém todos os lugares. O infinito contém e está além de todas as dimensões, além da maior e da menor dimensão. Não pode ser determinada a dualidade no infinito (positivo e negativo, bem e mal, etc.), pois ele as contém e está além delas. O infinito contém toda a energia conhecida e desconhecida e não está limitado a ela. O infinito é um paradoxo perfeito, pois não está limitado a ser ou não ser algo, está além disso. O infinito é eterno e indefinível. O infinito se confunde com Deus, mas não é Deus, e sim, onde Deus atua.
Considerando essa proposição de infinito, chegamos a conclusão de que é profundamente intrigante tentar visualizá-lo. Talvez possamos concebê-lo como o insumo para a criação divina, onde tudo é possível e tudo está disponível, pois como disse acima “O infinito se confunde com Deus, mas não é Deus, e sim, onde Deus atua”. O infinito pode não ter limites, mas serve a Deus. O mais interessante é que vivemos em meio a esse infinito e dependemos dele. Também contemos o infinito, pois ele é menor que a menor partícula. Além disso, o finito faz parte do infinito, pois ele está entre a imensidão e a miudeza do infinito.
O infinito pode ser um dos caminhos para alcançar Deus. A ciência tem mostrado isso quando não encontra limites tanto no universo exterior quanto no interior, quando encontra intenção criativa nesse universo e mesmo quando encontra os limites do finito. O mais fantástico é que quanto mais o homem busca o infinito para tentar negar a Deus, mais ele se dirige em Sua direção, pois tanto a fé exacerbada quanto o ceticismo intransigente caminha para as fronteiras do infinito e Deus é tão misericordioso que colocou pontes para chegarmos até Ele, mesmo nesses caminhos mais extremados.
De qualquer forma, esteja certo de que o infinito pode ser compreendido em sua totalidade e esse entendimento dará sentido a todo o universo. Entretanto, ele não pode ser compreendido com recursos finitos, ou seja, seu pensamento não é a ferramenta adequada, pois está limitado ao espaço-tempo, portanto, é finito. Você deve ir além do seu pensamento e suas emoções, deve procurar o infinito que há dentro de cada um de nós, pois se vivemos no infinito, temos uma amostra dele em nossa constituição. Chegar ao infinito é adentrar na casa celestial de Deus.
Muito temos falado sobre finito e infinito, mas qual sua concepção sobre o infinito? Mesmo o finito é algo suficientemente abstrato, de forma que compreendê-lo em sua totalidade é difícil, especialmente quando falamos no finito que está distante de nós. Para tentar entendê-lo, podemos adotar o conceito de que tudo que pode ser medido de alguma forma é finito. Apesar dessa proposição ser bastante simplista e nos limitar ao conhecimento atual da ciência, é razoavelmente abrangente para chegarmos a uma conclusão interessante acerca do universo, que comumente é tipo pelas pessoas como infinito. De fato, ele não deve ser, pois os cientistas conseguem calcular a idade do universo em 13,5 bilhões de anos, ou seja, o universo pode de alguma forma ser medido, o que sugere que ele é finito.
Se o universo é finito, o que é infinito? Também é simplista dizer, por oposição, que tudo que não pode ser medido é infinito. Talvez seja melhor ir um pouco além e dizer que tudo que não está de alguma forma limitado é infinito e, com isso, ficaremos expostos a um universo bem diferente daquele que estamos acostumados a crer e experimentar. O infinito não está limitado ao espaço-tempo, apesar de poder contê-lo, e isso quer dizer também que ele está além dos limites do universo mensurável, ou seja, é infinitamente imenso. Por outro lado, o infinito também está além da menor partícula subatômica, o que é infinitamente minúsculo. O infinito não está limitado às leis da física, portanto, considerando uma das formulações básicas desta, dois corpos podem ocupar um mesmo lugar no infinito. Aliás, o infinito não está limitado a algum lugar, pois contém todos os lugares. O infinito contém e está além de todas as dimensões, além da maior e da menor dimensão. Não pode ser determinada a dualidade no infinito (positivo e negativo, bem e mal, etc.), pois ele as contém e está além delas. O infinito contém toda a energia conhecida e desconhecida e não está limitado a ela. O infinito é um paradoxo perfeito, pois não está limitado a ser ou não ser algo, está além disso. O infinito é eterno e indefinível. O infinito se confunde com Deus, mas não é Deus, e sim, onde Deus atua.
Considerando essa proposição de infinito, chegamos a conclusão de que é profundamente intrigante tentar visualizá-lo. Talvez possamos concebê-lo como o insumo para a criação divina, onde tudo é possível e tudo está disponível, pois como disse acima “O infinito se confunde com Deus, mas não é Deus, e sim, onde Deus atua”. O infinito pode não ter limites, mas serve a Deus. O mais interessante é que vivemos em meio a esse infinito e dependemos dele. Também contemos o infinito, pois ele é menor que a menor partícula. Além disso, o finito faz parte do infinito, pois ele está entre a imensidão e a miudeza do infinito.
O infinito pode ser um dos caminhos para alcançar Deus. A ciência tem mostrado isso quando não encontra limites tanto no universo exterior quanto no interior, quando encontra intenção criativa nesse universo e mesmo quando encontra os limites do finito. O mais fantástico é que quanto mais o homem busca o infinito para tentar negar a Deus, mais ele se dirige em Sua direção, pois tanto a fé exacerbada quanto o ceticismo intransigente caminha para as fronteiras do infinito e Deus é tão misericordioso que colocou pontes para chegarmos até Ele, mesmo nesses caminhos mais extremados.
De qualquer forma, esteja certo de que o infinito pode ser compreendido em sua totalidade e esse entendimento dará sentido a todo o universo. Entretanto, ele não pode ser compreendido com recursos finitos, ou seja, seu pensamento não é a ferramenta adequada, pois está limitado ao espaço-tempo, portanto, é finito. Você deve ir além do seu pensamento e suas emoções, deve procurar o infinito que há dentro de cada um de nós, pois se vivemos no infinito, temos uma amostra dele em nossa constituição. Chegar ao infinito é adentrar na casa celestial de Deus.
sexta-feira, maio 16, 2003
Onde Estará Deus?
Pergunta intrigante! Mais ainda, essa é uma pergunta que todas as pessoas fazem, dos mais céticos ateus aos mais iluminados profetas. Para os céticos, haverá ironia na questão, para os profetas, haverá o caminho. Procuram nos lugares mais bizarros, e quanto mais vagueiam em busca de Deus, mais distantes ficam.
Desculpem-me a falta de modéstia, mas, com a ajuda dos textos e palavras de alguns sábios que tive a graça de conhecer, eu já encontrei-O, muito embora ainda não consegui alcançá-Lo. Se você ainda não O encontrou, vou dar algumas dicas, se você já O alcançou, por favor, dê dicas para mim! Em primeiro lugar, você tem que acreditar Nele, ou na existência Dele, isso é imprescindível. Infelizmente, não dá para encontrá-Lo sem acreditar que Ele existe, pois aquele que tentar, fatalmente procurará no lugar errado. Segundo: é de grande ajuda estudar um pouco sobre ciência, filosofia e religião (pode ser pouco, mas tem que ser profundo). De qualquer forma, não pode se prender ao conhecimento, pois isso faz parte do plano finito e limitado. Deve-se considerar o conhecimento como o mapa que tem as indicações para encontrar Deus. À partir dessas indicações, você poderá empreender o caminho que levará você a alcançá-Lo. Terceiro: você deve saber que Ele tem um amor indescritível por você e tudo mais. Ele se propõe a fazer tudo que for necessário para que você não sofra, desde que você decida que não quer sofrer e entregue toda sua existência e seu ser para que Ele tome conta. Aí que está nossa ruína, pois nossa falta de confiança Nele nos impede de nos entregar completamente. Mas não se preocupe, Ele perdoa e está na espera de nossa decisão de alcançá-Lo.
Mas onde Ele está? Muitíssimo próximo de você, de mim, de todos nós. Através de Seu amor, Ele estende Sua pele para que nós possamos caminhar sobre ela, Ele oferece Seu sopro para que possamos respirar, Ele oferece Sua carne para que possamos nos alimentar, Ele oferece Sua mente para que possamos pensar, Ele oferece Sua vida para que possamos viver, Ele oferece Sua luz para que os átomos sejam formados, Ele está a nossa frente em todos os instantes do dia ou da noite para que possamos encontrá-Lo, pois Ele preenche o infinito e o finito, Ele fica esperando dentro de nosso coração para que possamos alcançá-Lo e já nos mostrou o esse caminho diversas vezes. O caminho é “amar a Deus sobre todas as coisas”, ou seja, sobre tudo que você acredita, sobre todos que você ama, sobre tudo o que você acha que tem, sobre seu próprio corpo e sobre sua própria vida. Fazendo isso, você estará amando todos que você conhece, toda matéria que você pode ver e sentir, toda energia que você pode intuir, tudo que você pode pensar, sua própria vida e seu próprio ser.
Como disse Krishna a Arjuna: “Eu sou o Supremo Senhor de tudo, residindo no coração de cada ser. Eu sou o pai deste mundo, e também a mãe, e o sustentador. Eu sou o começo, o meio e o fim. Tudo é produzido por Mim. Tudo é permeado por Mim. Nenhuma criatura pode existir sem Mim. Seja qual for o trajeto que a humanidade trilhe, trata-se de Meu caminho. Seja qual for o caminho que sigam, eles irão Me alcançar.” [...] “Com todo o seu ser, refugie-se apenas em Mim e, por Minha graça, você alcançará a paz suprema. Deste momento em diante, fixe sua mente firmemente em Mim como o residente de seu coração. Devote-se a Mim, reverencie-Me, adore-Me. Saiba que estou sempre dentro de você e, brevemente, você irá se tornar um comigo. Sim, com certeza, Eu lhe prometo isto, Arjuna; pois você Me é muito querido.” [...] “Arjuna, quem quer que trabalhe para Mim e Me tenha como seu objetivo supremo; quem quer que Me seja devotado, sendo desapegado, não possuindo malícia alguma em relação a qualquer criatura; rapidamente, essa pessoa virá a Mim. Tal ser Me vê em toda a parte, residindo em todos os seres, como o imperecível no meio do perecível. Para estes, que Me têm sempre presente em seus olhos mentais e Me servem constantemente com afeição, Eu carregarei seus fardos e dar-lhes-ei aquilo de que necessitam. Falando sobre Mim entre si, essas pessoas estão sempre satisfeitas e cheias de deleite. Devido a Minha compaixão por elas, Eu fortifico seus poderes de discriminação e destruo as trevas da ignorância que encobrem suas vistas. Mantendo seus sentidos sob controle, elas transcendem o mundo da morte e deterioração, e alcançam a imortalidade.” [...] “Arjuna, entregue todas as ações a Mim. Fixe a sua mente em Mim de maneira firme. Eu executarei todas as suas ações por seu intermédio e irei libertá-lo de todos os pecados. Não tema. Por Minha graça, você superará todos os obstáculos.”
A beleza desse discurso não pode ser interpretada apenas em uma leitura simples. De qualquer forma, os livros sagrados de diversas filosofias e religiões contém textos muito similares e belos (veja o novo testamento cristão, por exemplo). A entrega é a negação do Ego. Isso é muito profundo e, para nós, difícil. Mas Ele está lá e, se quisermos e permitirmos, ajudará na caminhada.
Pergunta intrigante! Mais ainda, essa é uma pergunta que todas as pessoas fazem, dos mais céticos ateus aos mais iluminados profetas. Para os céticos, haverá ironia na questão, para os profetas, haverá o caminho. Procuram nos lugares mais bizarros, e quanto mais vagueiam em busca de Deus, mais distantes ficam.
Desculpem-me a falta de modéstia, mas, com a ajuda dos textos e palavras de alguns sábios que tive a graça de conhecer, eu já encontrei-O, muito embora ainda não consegui alcançá-Lo. Se você ainda não O encontrou, vou dar algumas dicas, se você já O alcançou, por favor, dê dicas para mim! Em primeiro lugar, você tem que acreditar Nele, ou na existência Dele, isso é imprescindível. Infelizmente, não dá para encontrá-Lo sem acreditar que Ele existe, pois aquele que tentar, fatalmente procurará no lugar errado. Segundo: é de grande ajuda estudar um pouco sobre ciência, filosofia e religião (pode ser pouco, mas tem que ser profundo). De qualquer forma, não pode se prender ao conhecimento, pois isso faz parte do plano finito e limitado. Deve-se considerar o conhecimento como o mapa que tem as indicações para encontrar Deus. À partir dessas indicações, você poderá empreender o caminho que levará você a alcançá-Lo. Terceiro: você deve saber que Ele tem um amor indescritível por você e tudo mais. Ele se propõe a fazer tudo que for necessário para que você não sofra, desde que você decida que não quer sofrer e entregue toda sua existência e seu ser para que Ele tome conta. Aí que está nossa ruína, pois nossa falta de confiança Nele nos impede de nos entregar completamente. Mas não se preocupe, Ele perdoa e está na espera de nossa decisão de alcançá-Lo.
Mas onde Ele está? Muitíssimo próximo de você, de mim, de todos nós. Através de Seu amor, Ele estende Sua pele para que nós possamos caminhar sobre ela, Ele oferece Seu sopro para que possamos respirar, Ele oferece Sua carne para que possamos nos alimentar, Ele oferece Sua mente para que possamos pensar, Ele oferece Sua vida para que possamos viver, Ele oferece Sua luz para que os átomos sejam formados, Ele está a nossa frente em todos os instantes do dia ou da noite para que possamos encontrá-Lo, pois Ele preenche o infinito e o finito, Ele fica esperando dentro de nosso coração para que possamos alcançá-Lo e já nos mostrou o esse caminho diversas vezes. O caminho é “amar a Deus sobre todas as coisas”, ou seja, sobre tudo que você acredita, sobre todos que você ama, sobre tudo o que você acha que tem, sobre seu próprio corpo e sobre sua própria vida. Fazendo isso, você estará amando todos que você conhece, toda matéria que você pode ver e sentir, toda energia que você pode intuir, tudo que você pode pensar, sua própria vida e seu próprio ser.
Como disse Krishna a Arjuna: “Eu sou o Supremo Senhor de tudo, residindo no coração de cada ser. Eu sou o pai deste mundo, e também a mãe, e o sustentador. Eu sou o começo, o meio e o fim. Tudo é produzido por Mim. Tudo é permeado por Mim. Nenhuma criatura pode existir sem Mim. Seja qual for o trajeto que a humanidade trilhe, trata-se de Meu caminho. Seja qual for o caminho que sigam, eles irão Me alcançar.” [...] “Com todo o seu ser, refugie-se apenas em Mim e, por Minha graça, você alcançará a paz suprema. Deste momento em diante, fixe sua mente firmemente em Mim como o residente de seu coração. Devote-se a Mim, reverencie-Me, adore-Me. Saiba que estou sempre dentro de você e, brevemente, você irá se tornar um comigo. Sim, com certeza, Eu lhe prometo isto, Arjuna; pois você Me é muito querido.” [...] “Arjuna, quem quer que trabalhe para Mim e Me tenha como seu objetivo supremo; quem quer que Me seja devotado, sendo desapegado, não possuindo malícia alguma em relação a qualquer criatura; rapidamente, essa pessoa virá a Mim. Tal ser Me vê em toda a parte, residindo em todos os seres, como o imperecível no meio do perecível. Para estes, que Me têm sempre presente em seus olhos mentais e Me servem constantemente com afeição, Eu carregarei seus fardos e dar-lhes-ei aquilo de que necessitam. Falando sobre Mim entre si, essas pessoas estão sempre satisfeitas e cheias de deleite. Devido a Minha compaixão por elas, Eu fortifico seus poderes de discriminação e destruo as trevas da ignorância que encobrem suas vistas. Mantendo seus sentidos sob controle, elas transcendem o mundo da morte e deterioração, e alcançam a imortalidade.” [...] “Arjuna, entregue todas as ações a Mim. Fixe a sua mente em Mim de maneira firme. Eu executarei todas as suas ações por seu intermédio e irei libertá-lo de todos os pecados. Não tema. Por Minha graça, você superará todos os obstáculos.”
A beleza desse discurso não pode ser interpretada apenas em uma leitura simples. De qualquer forma, os livros sagrados de diversas filosofias e religiões contém textos muito similares e belos (veja o novo testamento cristão, por exemplo). A entrega é a negação do Ego. Isso é muito profundo e, para nós, difícil. Mas Ele está lá e, se quisermos e permitirmos, ajudará na caminhada.
quarta-feira, maio 07, 2003
Einstein e o Templo de Delfos
Quando falamos de Einstein, todos se lembram da célebre afirmação de que “tudo é relativo”. Como virou jargão, nem sempre se dá o devido valor a essa idéia, que pode ser muito profunda. Primeiramente, podemos dizer que a frase também é relativa, senão paradoxal, pois se tudo é relativo, então ser relativo é, de algum modo, absoluto, afinal, o termo “tudo” evoca o absoluto. Aí está o paradoxo, pois se existe alguma coisa absoluta, então nem tudo é relativo.
Obviamente, o que estou escrevendo é mera retórica. Nem Einstein disse isso dessa forma, nem a frase está relacionada com o todo universal. Segundo Nigel Calder, o que Einstein buscava em sua teoria da relatividade era estabelecer algo absoluto. No caminho, ele encontrou muitas coisas desconcertantes, mas não dá para afirmar se alguma delas é absoluta. Não encontrou nem mesmo a relatividade perfeita, democrática, em que todas as manifestações desse plano tetradimensional (espaço-tempo) seriam relativas entre si. Ao invés disso, ele encontrou algumas coisas mais relativas que outras, onde o centro do universo tetradimensional, aquele ponto ínfimo de onde se acredita ter sido a origem do Big Bang, tem um papel de destaque, sendo uma referência diferenciada para o espaço-tempo. Ele também constatou que a luz tem velocidade constante no vácuo, mas como ninguém encontrou o vácuo perfeito, podemos dizer apenas que a velocidade da luz tende a ser constante no vácuo, se mostrando também uma referência apenas teórica.
Se a afirmação de que tudo é relativo é algo paradoxal, então não haveria o absoluto? O fato é que essa é uma frase popular e está conceitualmente incorreta, pois o “tudo” precisa ser definido. Pode-se dizer que as manifestações do plano finito são relativas e isso é consistente com a filosofia. A teoria do Tao identificou essa realidade relativa muitos séculos antes de Einstein, colocando a relatividade dentro do plano das manifestações finitas. Mas vai muito além, pois identifica o absoluto, que contém e está contido no relativo, que é tão infinito que transcende o paradoxo. O absoluto contém e está contido no infinito, mas também contém e está contido no finito. Foi por isso mesmo que Einstein não conseguiu encontrar o absoluto, pois apesar de sua visão profundamente contundente do funcionamento do universo, mesmo sem querer ele estudava apenas o plano finito.
Mas o que isso tem a ver com você? Se o absoluto contém e está contido também no finito, então o absoluto contém e está contido no seu próprio ser. Com essa compreensão, fica mais fácil entender o sentido da afirmação “conhece-te a ti mesmo”, inscrita no portal do templo de Delfos, na Grécia. Se o absoluto está contido em você, então você tudo sabe, mas o maravilhoso paradoxo da existência faz com que você não saiba que tudo sabe, pois o absoluto também contém você. De qualquer forma, há um portal dentro de você que pode ser aberto, mas para isso, você terá que criar um relacionamento de confiança entre você e o absoluto, confiar e ser confiado, amar e ser amado, conhecer e ser conhecido. Como diriam os sábios da antiguidade “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.
Quando falamos de Einstein, todos se lembram da célebre afirmação de que “tudo é relativo”. Como virou jargão, nem sempre se dá o devido valor a essa idéia, que pode ser muito profunda. Primeiramente, podemos dizer que a frase também é relativa, senão paradoxal, pois se tudo é relativo, então ser relativo é, de algum modo, absoluto, afinal, o termo “tudo” evoca o absoluto. Aí está o paradoxo, pois se existe alguma coisa absoluta, então nem tudo é relativo.
Obviamente, o que estou escrevendo é mera retórica. Nem Einstein disse isso dessa forma, nem a frase está relacionada com o todo universal. Segundo Nigel Calder, o que Einstein buscava em sua teoria da relatividade era estabelecer algo absoluto. No caminho, ele encontrou muitas coisas desconcertantes, mas não dá para afirmar se alguma delas é absoluta. Não encontrou nem mesmo a relatividade perfeita, democrática, em que todas as manifestações desse plano tetradimensional (espaço-tempo) seriam relativas entre si. Ao invés disso, ele encontrou algumas coisas mais relativas que outras, onde o centro do universo tetradimensional, aquele ponto ínfimo de onde se acredita ter sido a origem do Big Bang, tem um papel de destaque, sendo uma referência diferenciada para o espaço-tempo. Ele também constatou que a luz tem velocidade constante no vácuo, mas como ninguém encontrou o vácuo perfeito, podemos dizer apenas que a velocidade da luz tende a ser constante no vácuo, se mostrando também uma referência apenas teórica.
Se a afirmação de que tudo é relativo é algo paradoxal, então não haveria o absoluto? O fato é que essa é uma frase popular e está conceitualmente incorreta, pois o “tudo” precisa ser definido. Pode-se dizer que as manifestações do plano finito são relativas e isso é consistente com a filosofia. A teoria do Tao identificou essa realidade relativa muitos séculos antes de Einstein, colocando a relatividade dentro do plano das manifestações finitas. Mas vai muito além, pois identifica o absoluto, que contém e está contido no relativo, que é tão infinito que transcende o paradoxo. O absoluto contém e está contido no infinito, mas também contém e está contido no finito. Foi por isso mesmo que Einstein não conseguiu encontrar o absoluto, pois apesar de sua visão profundamente contundente do funcionamento do universo, mesmo sem querer ele estudava apenas o plano finito.
Mas o que isso tem a ver com você? Se o absoluto contém e está contido também no finito, então o absoluto contém e está contido no seu próprio ser. Com essa compreensão, fica mais fácil entender o sentido da afirmação “conhece-te a ti mesmo”, inscrita no portal do templo de Delfos, na Grécia. Se o absoluto está contido em você, então você tudo sabe, mas o maravilhoso paradoxo da existência faz com que você não saiba que tudo sabe, pois o absoluto também contém você. De qualquer forma, há um portal dentro de você que pode ser aberto, mas para isso, você terá que criar um relacionamento de confiança entre você e o absoluto, confiar e ser confiado, amar e ser amado, conhecer e ser conhecido. Como diriam os sábios da antiguidade “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.
segunda-feira, abril 28, 2003
Como Contribuir para a Paz
Recentemente, tivemos a oportunidade de ver o quanto ainda estamos despreparados para fazer a paz. Vimos isso de várias formas, através das agressões bélicas entre os países, do crime organizado, das discussões infrutíferas da ONU, das discussões políticas, das discussões de bar, etc. Mesmo aqueles que acreditavam estar imbuídos de intenções pacíficas, se mostraram bastante agressivos, tanto moral quanto fisicamente em suas manifestações. Vimos bandeiras sendo queimadas, enfrentamentos entre polícia e manifestantes, gente nua em nome da paz. Muito provavelmente, a maioria dos que lerão esta mensagem não contribuiu para paz durante esta última guerra no Iraque. Eu mesmo tenho que dar o braço a torcer por ter feito pouco para a paz. Não estou querendo ofender você, apenas levá-lo a uma reflexão. Pense bem, você realmente rezou ou fez algum tipo de meditação para que todos se entendessem, sejam eles americanos, iraquianos ou europeus, ou torceu para algum dos lados? Você ficou satisfeito quando os americanos foram retardados pelas tempestades de areia? Você se alegrou quando derrubaram a estátua de Saddam Hussein? Se você não fez ou sentiu nada similar, pelo menos você não contribuiu com a guerra. Se você orou pela paz, sem se preocupar com o que acontecia, meus sinceros e profundos parabéns, você ajudou mais do que imagina.
O pensamento é muito mais forte do que podemos medir ou verificar. Não sou eu que digo isso, mas diversos tipos de estudiosos de diversas linhas de pensamento. A parapsicologia, tem fortes indícios de que essa força e sua interferência no mundo material realmente existe. Mesmo as correntes mais materialistas reconhecem que os resultados de diversas experiências são muito intrigantes, pois os desvios estão razoavelmente acima do esperado. As ciências ocultas demonstram objetivamente a existência dessa força e afirmam que ela é multiplicada muitas vezes quando dirigida conjuntamente por várias pessoas. De fato, quando falamos da força do pensamento, normalmente pensamos apenas na nossa força e esquecemos daquele movimento energético gerado por todos os pensamentos de todos os seres humanos. É mais grave do que parece, pois quantas pessoas realmente equilibradas você conhece? Imagine quantos pensamentos destrutivos são gerados por toda inveja, todo ciúme, todo orgulho, ou mesmo quando você se opõe ou não aceita alguma coisa. Quantas guerras são criadas nas cabeças das pessoas com todos os filmes e jogos eletrônicos que são veiculados pelo mundo. Ainda assim, as pessoas acham que a violência está fora delas, que os culpados pela guerra foram Saddam, Bush ou ambos.
A boa notícia é que a natureza sempre tende para o equilíbrio. Olhe a sua volta, tudo que estiver parado, está equilibrado. Se não estiver, algo ocorrerá para levá-lo a uma nova situação de equilíbrio. Se você colocar um copo na ponta de uma pequena tábua e começar a levantar a outra ponta, vai ter um momento em que o copo perderá o equilíbrio e cairá no chão, quebrando-se, é fato, mas essa será a nova situação de equilíbrio do copo. É mais ou menos isso que aconteceu no Iraque e qualquer outro lugar onde esteja havendo guerras e violência. O conjunto dos pensamentos desequilibrados das pessoas terá que passar por alguma transformação para que encontrem sua nova situação de equilíbrio. Isso pode ocorrer através de guerras, cataclismos, epidemias e outras catástrofes ou através de seu verdadeiro e profundo esforço para um mundo de paz, pois a guerra está dentro de você. O que você prefere?
Você pode contribuir com a paz não julgando aquilo que você vê. Não tome partido, apenas ore ou vibre para que a harmonia divina possa penetrar em todos os corações de todos os envolvidos, dos agressores aos agredidos. Comece pelo seu coração, pois ele também está envolvido nisso. Evite pensamentos e ações extremadas, procure o equilíbrio lá no fundo das suas intenções. Cultive os bons pensamentos, as boas músicas, os bons livros, os bons filmes, enfim, inunde sua vida com harmonia e entenda harmonia como as coisas simples que o fazem sentir-se bem, como agradecer pelo maravilhoso copo de água que você toma quando está com sede, pelo ar fresco da manhã que você pode respirar, pelas árvores e flores que você pode cheirar e ver, por ter dificuldades em sua vida que o fazem amadurecer e ser uma pessoa mais ponderada e serena. Como diz o mestre ascencionado Saint Germain, não queira a paz, e sim seja a própria paz.
Recentemente, tivemos a oportunidade de ver o quanto ainda estamos despreparados para fazer a paz. Vimos isso de várias formas, através das agressões bélicas entre os países, do crime organizado, das discussões infrutíferas da ONU, das discussões políticas, das discussões de bar, etc. Mesmo aqueles que acreditavam estar imbuídos de intenções pacíficas, se mostraram bastante agressivos, tanto moral quanto fisicamente em suas manifestações. Vimos bandeiras sendo queimadas, enfrentamentos entre polícia e manifestantes, gente nua em nome da paz. Muito provavelmente, a maioria dos que lerão esta mensagem não contribuiu para paz durante esta última guerra no Iraque. Eu mesmo tenho que dar o braço a torcer por ter feito pouco para a paz. Não estou querendo ofender você, apenas levá-lo a uma reflexão. Pense bem, você realmente rezou ou fez algum tipo de meditação para que todos se entendessem, sejam eles americanos, iraquianos ou europeus, ou torceu para algum dos lados? Você ficou satisfeito quando os americanos foram retardados pelas tempestades de areia? Você se alegrou quando derrubaram a estátua de Saddam Hussein? Se você não fez ou sentiu nada similar, pelo menos você não contribuiu com a guerra. Se você orou pela paz, sem se preocupar com o que acontecia, meus sinceros e profundos parabéns, você ajudou mais do que imagina.
O pensamento é muito mais forte do que podemos medir ou verificar. Não sou eu que digo isso, mas diversos tipos de estudiosos de diversas linhas de pensamento. A parapsicologia, tem fortes indícios de que essa força e sua interferência no mundo material realmente existe. Mesmo as correntes mais materialistas reconhecem que os resultados de diversas experiências são muito intrigantes, pois os desvios estão razoavelmente acima do esperado. As ciências ocultas demonstram objetivamente a existência dessa força e afirmam que ela é multiplicada muitas vezes quando dirigida conjuntamente por várias pessoas. De fato, quando falamos da força do pensamento, normalmente pensamos apenas na nossa força e esquecemos daquele movimento energético gerado por todos os pensamentos de todos os seres humanos. É mais grave do que parece, pois quantas pessoas realmente equilibradas você conhece? Imagine quantos pensamentos destrutivos são gerados por toda inveja, todo ciúme, todo orgulho, ou mesmo quando você se opõe ou não aceita alguma coisa. Quantas guerras são criadas nas cabeças das pessoas com todos os filmes e jogos eletrônicos que são veiculados pelo mundo. Ainda assim, as pessoas acham que a violência está fora delas, que os culpados pela guerra foram Saddam, Bush ou ambos.
A boa notícia é que a natureza sempre tende para o equilíbrio. Olhe a sua volta, tudo que estiver parado, está equilibrado. Se não estiver, algo ocorrerá para levá-lo a uma nova situação de equilíbrio. Se você colocar um copo na ponta de uma pequena tábua e começar a levantar a outra ponta, vai ter um momento em que o copo perderá o equilíbrio e cairá no chão, quebrando-se, é fato, mas essa será a nova situação de equilíbrio do copo. É mais ou menos isso que aconteceu no Iraque e qualquer outro lugar onde esteja havendo guerras e violência. O conjunto dos pensamentos desequilibrados das pessoas terá que passar por alguma transformação para que encontrem sua nova situação de equilíbrio. Isso pode ocorrer através de guerras, cataclismos, epidemias e outras catástrofes ou através de seu verdadeiro e profundo esforço para um mundo de paz, pois a guerra está dentro de você. O que você prefere?
Você pode contribuir com a paz não julgando aquilo que você vê. Não tome partido, apenas ore ou vibre para que a harmonia divina possa penetrar em todos os corações de todos os envolvidos, dos agressores aos agredidos. Comece pelo seu coração, pois ele também está envolvido nisso. Evite pensamentos e ações extremadas, procure o equilíbrio lá no fundo das suas intenções. Cultive os bons pensamentos, as boas músicas, os bons livros, os bons filmes, enfim, inunde sua vida com harmonia e entenda harmonia como as coisas simples que o fazem sentir-se bem, como agradecer pelo maravilhoso copo de água que você toma quando está com sede, pelo ar fresco da manhã que você pode respirar, pelas árvores e flores que você pode cheirar e ver, por ter dificuldades em sua vida que o fazem amadurecer e ser uma pessoa mais ponderada e serena. Como diz o mestre ascencionado Saint Germain, não queira a paz, e sim seja a própria paz.
quinta-feira, abril 17, 2003
Histórias de Mestres e Xícaras
Duas grandes dificuldades do ser humano são transcender seus hábitos e compreender as diferenças. Isso acontece por questões naturais, uma vez que o cérebro humano funciona baseado nos hábitos das células neurais e na experiência pessoal do ser. Mesmo o aprendizado é feito através da repetição, ou seja, criando-se o hábito.
De qualquer forma, muitos dos métodos, doutrinas e linhas de pensamento que buscam a evolução espiritual citam essas dificuldades como passos do processo. Pode ser, afinal são conhecimentos bem experimentados pelos buscadores, mas temos que ter em mente que esse plano é mutável e mesmo as mais consolidadas descobertas do homem sofrem evolução. Nesse particular, algumas doutrinas muitas vezes parecem intransigentes, talvez por influência da tradição e da cultura. Tradição é algo importante e que deve ser preservado, mas não de forma inquestionável, pois como todos os sistemas materiais, está sujeita à evolução, transformação e mutação. Não quero dizer com isso que não devemos trabalhar na lapidação de nossos hábitos e conceitos, mas sim que pode ter aparecido outras formas de atingir o mesmo resultado e que devemos estar abertos para elas, em suma, transcender os limites do próprio conhecimento, mesmo daquele que sabidamente funciona.
Deixe-me contar uma história tradicional do oriente para aprofundarmos nesta questão:
“Um professor universitário foi visitar um mestre Taoísta para conhecer o Tao. O mestre gentilmente colocou uma xícara vazia a sua frente e serviu-lhe chá. A xícara encheu e o mestre continuou servindo chá, transbordando o recipiente e derramando o conteúdo. Vendo isso, o professor alertou ao mestre de que a xícara estava cheia. O mestre então disse – Você está como esta xícara, cheio de idéias e conceitos. Como posso eu mostrar-lhe o Tao sem que você esvazie primeiro a xícara que está em sua mente?”
Essa história mostra muito bem o quão apegados somos aos nossos conceitos e hábitos, além do quão difícil é para alguém apresentar seu ponto de vista ou ensinar alguma coisa em função disso. O mais interessante é que, ao contrário do que as linhas de pensamento que apresentam-na acreditam, esta parábola também mostra o apego do mestre às suas instruções, pois, se é mestre, espera-se que aceite as diferenças. Por que precisamos esvaziar a xícara da nossa mente para apreender o que o mestre tem a ensinar? Não poderíamos fazer isso de forma cumulativa, acrescentando o ponto de vista do mestre e desenvolvendo nosso próprio caminho à iluminação? O que precisamos é não ter apego ao chá que está em nossa xícara e estarmos preparados a transformá-lo em um chá melhor, ou descartá-lo caso ele realmente não prestar. Em vez de pedir para esvaziar a xícara, o mestre pode compreender essa diferença, encontrar onde está a manifestação divina nela e ajudar seu aluno a identificar essa manifestação para poder potencializá-la. É como se o professor fosse visitar o mestre carregando seu próprio chá e o mestre dissesse para ele:
“Caro amigo, sua mente e seus conceitos são como o chá que você trás, pode ser amargo ou doce, aromático ou não, bom ou ruim para você. Como qualquer chá, ele é feito com água pura e é ela que você precisa conhecer. De qualquer forma, para conhecer a água pura, você pode tentar encontrá-la nos diversos chás que você provar. Para isso, você precisará de várias xícaras onde serão colocados chás diferentes. Sugiro que você prove-os separadamente e depois tente compará-los. Não importa se você gosta ou não gosta, tente achar a água pura que compõe todos eles, pois ela está lá. Se você preferir, podemos fazer mais fácil. Conheço uma pequena nascente da água pura e, em vez usar os chás, você pode conhecê-la diretamente. Mas para isso, você terá que deixar todas as suas xícaras aqui, inclusive esta que estou servindo, pois sua preocupação com elas atrapalhará sua caminhada até lá.”
Não importa o caminho que você segue para encontrar Deus. Todos eles são parciais em sua manifestação material e por mais que sejam métodos eficazes, são apenas isso, métodos; meios para sair de um ponto e chegar a outro. Pratique-os, mas compreenda que há diversos caminhos que funcionam para diversos tipos de pessoa e todos eles têm em sua essência a intenção divina. Você pode até não querer conhecê-los, mas respeite-os e aceite-os como você deveria fazer com a própria consciência divina, pois ela estará lá. Se preferir, estude-os, mas não esqueça sua bagagem pessoal, pois é a sua tradição. Apenas esteja preparado para trazer evolução para ela. De qualquer forma, não dê tanta importância a tudo isso, pois o que realmente importa é estar na nascente, bebendo da água pura, junto a Deus. Depois que você chegar lá, tudo não passará de um livro com a história do seu ser, que habitará na biblioteca do nosso lar espiritual.
Duas grandes dificuldades do ser humano são transcender seus hábitos e compreender as diferenças. Isso acontece por questões naturais, uma vez que o cérebro humano funciona baseado nos hábitos das células neurais e na experiência pessoal do ser. Mesmo o aprendizado é feito através da repetição, ou seja, criando-se o hábito.
De qualquer forma, muitos dos métodos, doutrinas e linhas de pensamento que buscam a evolução espiritual citam essas dificuldades como passos do processo. Pode ser, afinal são conhecimentos bem experimentados pelos buscadores, mas temos que ter em mente que esse plano é mutável e mesmo as mais consolidadas descobertas do homem sofrem evolução. Nesse particular, algumas doutrinas muitas vezes parecem intransigentes, talvez por influência da tradição e da cultura. Tradição é algo importante e que deve ser preservado, mas não de forma inquestionável, pois como todos os sistemas materiais, está sujeita à evolução, transformação e mutação. Não quero dizer com isso que não devemos trabalhar na lapidação de nossos hábitos e conceitos, mas sim que pode ter aparecido outras formas de atingir o mesmo resultado e que devemos estar abertos para elas, em suma, transcender os limites do próprio conhecimento, mesmo daquele que sabidamente funciona.
Deixe-me contar uma história tradicional do oriente para aprofundarmos nesta questão:
“Um professor universitário foi visitar um mestre Taoísta para conhecer o Tao. O mestre gentilmente colocou uma xícara vazia a sua frente e serviu-lhe chá. A xícara encheu e o mestre continuou servindo chá, transbordando o recipiente e derramando o conteúdo. Vendo isso, o professor alertou ao mestre de que a xícara estava cheia. O mestre então disse – Você está como esta xícara, cheio de idéias e conceitos. Como posso eu mostrar-lhe o Tao sem que você esvazie primeiro a xícara que está em sua mente?”
Essa história mostra muito bem o quão apegados somos aos nossos conceitos e hábitos, além do quão difícil é para alguém apresentar seu ponto de vista ou ensinar alguma coisa em função disso. O mais interessante é que, ao contrário do que as linhas de pensamento que apresentam-na acreditam, esta parábola também mostra o apego do mestre às suas instruções, pois, se é mestre, espera-se que aceite as diferenças. Por que precisamos esvaziar a xícara da nossa mente para apreender o que o mestre tem a ensinar? Não poderíamos fazer isso de forma cumulativa, acrescentando o ponto de vista do mestre e desenvolvendo nosso próprio caminho à iluminação? O que precisamos é não ter apego ao chá que está em nossa xícara e estarmos preparados a transformá-lo em um chá melhor, ou descartá-lo caso ele realmente não prestar. Em vez de pedir para esvaziar a xícara, o mestre pode compreender essa diferença, encontrar onde está a manifestação divina nela e ajudar seu aluno a identificar essa manifestação para poder potencializá-la. É como se o professor fosse visitar o mestre carregando seu próprio chá e o mestre dissesse para ele:
“Caro amigo, sua mente e seus conceitos são como o chá que você trás, pode ser amargo ou doce, aromático ou não, bom ou ruim para você. Como qualquer chá, ele é feito com água pura e é ela que você precisa conhecer. De qualquer forma, para conhecer a água pura, você pode tentar encontrá-la nos diversos chás que você provar. Para isso, você precisará de várias xícaras onde serão colocados chás diferentes. Sugiro que você prove-os separadamente e depois tente compará-los. Não importa se você gosta ou não gosta, tente achar a água pura que compõe todos eles, pois ela está lá. Se você preferir, podemos fazer mais fácil. Conheço uma pequena nascente da água pura e, em vez usar os chás, você pode conhecê-la diretamente. Mas para isso, você terá que deixar todas as suas xícaras aqui, inclusive esta que estou servindo, pois sua preocupação com elas atrapalhará sua caminhada até lá.”
Não importa o caminho que você segue para encontrar Deus. Todos eles são parciais em sua manifestação material e por mais que sejam métodos eficazes, são apenas isso, métodos; meios para sair de um ponto e chegar a outro. Pratique-os, mas compreenda que há diversos caminhos que funcionam para diversos tipos de pessoa e todos eles têm em sua essência a intenção divina. Você pode até não querer conhecê-los, mas respeite-os e aceite-os como você deveria fazer com a própria consciência divina, pois ela estará lá. Se preferir, estude-os, mas não esqueça sua bagagem pessoal, pois é a sua tradição. Apenas esteja preparado para trazer evolução para ela. De qualquer forma, não dê tanta importância a tudo isso, pois o que realmente importa é estar na nascente, bebendo da água pura, junto a Deus. Depois que você chegar lá, tudo não passará de um livro com a história do seu ser, que habitará na biblioteca do nosso lar espiritual.
quinta-feira, abril 10, 2003
Uma Questão de Tempo (parte 3)
Tenho falado muito sobre a velocidade do tempo, propagação do tempo, mas qual realmente é a relação entre movimento e tempo? Para esclarecermos essa questão, teremos que invocar a luz, no sentido físico do termo, afinal, conforme dissemos no artigo anterior, movimento só existe em função do tempo e, segundo Einstein, a luz é uma barreira teórica para o movimento. Em outras palavras, nenhuma força mensurável pode se mover com velocidade igual ou maior que a da luz e isso é um tabu até hoje, pois as experiências ainda não encontraram nenhum vestígio de partículas ou forças que andem nessas velocidades. Note que eu citei tabu, pois o fato de não haver algo mensurável que se movimente nestas condições, não significa que não exista esse algo, mas pode ser que os instrumentos usados para mensurá-lo não sejam os mais adequados, ou seja, mais uma vez podemos estar nos defrontando com o infinito, que não pode ser medido.
Segundo Einstein e a ciência moderna, o andamento do tempo depende da velocidade. Quanto maior a velocidade, mais lentamente o tempo passa. Vamos exemplificar para facilitar a compreensão. Se tomarmos irmãos gêmeos, portanto, com a mesma idade, deixarmos um na Terra e colocarmos o outro em uma espaçonave que fará uma viagem de 6 meses a cerca de 95% da velocidade da luz (algo próximo a 283.000 Km/s), quando essa espaçonave voltar, o gêmeo que ficou na Terra estará alguns anos mais velho do que aquele que viajou na espaçonave. Mas qual tempo que vale aqui, 6 meses ou alguns anos? A resposta é surpreendente: os dois tempos valem. Para a pessoa que viajou na espaçonave terá passado apenas 6 meses, mas para a que ficou na Terra, terá passado alguns anos. Mais surpreendente ainda é que isso não é teoria, isso é uma verdade da ciência materialista, foi experimentado e comprovado na década de 1970. Não que alguma espaçonave tenha chegado a uma velocidade próxima da luz, pois ainda não temos tecnologia para isso, mas aviões carregando relógios atômicos, que medem ínfimas frações de segundo, conseguiram detectar esse efeito fazendo vôos ao redor do planeta Terra.
Voltando ao nosso experimento, se aumentarmos a velocidade da espaçonave acima, aumentará a diferença de idade entre os gêmeos. Contudo, na percepção individual de cada gêmeo, o tempo continua correndo da mesma forma, ou seja, o gêmeo da espaçonave não se sente vivendo como se estivesse em “câmera lenta”, nem o gêmeo da terra se sente se movendo mais rapidinho, para eles tudo está normal. Se a espaçonave viajar a 99,99% da velocidade da luz, o tempo dela praticamente pára e, na percepção do viajante espacial, o tempo continua exatamente igual. Entretanto, durante o tempo dessa viagem, a vida no planeta terra terá se extinguido, pois haveria passado muitas centenas de milhares de anos. Na teoria, se a espaçonave pudesse viajar mais rápido que a luz, o tempo dela retrocederia, de modo que do ponto de vista do gêmeo da Terra, a espaçonave chegaria do outro lado da galáxia antes de ter saído da Terra, ou até mesmo, dependendo da velocidade, antes da Terra ter se criado. Segundo Einstein, quanto mais próximo da velocidade da luz, acima ou abaixo, mais as aberrações temporais ficam pronunciadas. Entretanto, estando exatamente na velocidade da luz, o tempo da espaçonave pára completamente, sendo a velocidade da luz é uma barreira teórica.
De qualquer maneira, na minha interpretação (que pode estar equivocada), esse comportamento do tempo frente à velocidade da luz sugere que o tempo é algo que está em movimento com a velocidade igual a da luz. Se usarmos o exemplo do carro do artigo anterior, é como se o carro do tempo e o carro do gêmeo cosmonauta estivessem andando exatamente na mesma velocidade e lado a lado, ou seja, um está parado em relação ao outro. Sem considerar que, se a matéria puder ser considerada como luz condensada, se chegar à velocidade da luz, ela muito possivelmente deixará o estado de condensação, retornando a condição de luz, ou seja, se desmancha, muito embora, por conta do fenômeno da massa, há algumas outras considerações aqui para se afirmar que a matéria possa ser considerada luz condensada.
Como disse acima, ainda não temos tecnologia para comprovar se esses fenômenos temporais realmente ocorrem, pois para isso teríamos que conseguir viajar em altíssima velocidade. É fato que a imensa maioria de experiências que visavam comprovar as teses propostas por Einstein encontraram poucas ou nenhuma discrepância entre a teoria e a prática, mas, logicamente, essas experiências estão restritas aos ambientes que temos capacidade de criar para os testes. Isso quer dizer que Einstein ainda está certo em suas idéias. De qualquer forma, não podemos saber se há algum efeito desconhecido que ocorreria em alguma situação especial. Por exemplo, o pessoal da ufologia diz que há relatos de contatos de terceiro grau, onde o suposto ET explica um fenômeno que ocorre próximo a 200.000 Km/s. Segundo ele, nesta velocidade há alguma coisa como uma transposição dimensional, onde a nave migraria para um universo paralelo completamente diverso do nosso. Lá, haveria outra civilização vivendo nas mesmas coordenadas, mas em um mundo completamente diferente e sem nenhuma outra possibilidade de contato além desse efeito da transposição dimensional. Bem... Se Einstein que é do nosso tempo é difícil de compreender, não tem nem como supor se e como essa tal transposição ocorreria. Não quero dizer com isso que desacredito dessa versão ufológica, apenas que não tenho dados para acreditar ou deixar de acreditar, portanto, sem julgamentos, apenas existe uma informação de uma linha de pensamento menos convencional e que merece ser considerada.
O mais interessante de tudo isso é que nossa alma não está sujeita a esses fenômenos temporais, pois ela participa de um plano infinito que contém todos os tempos e todos os supostos universos paralelos. Isso pode não se refletir em nossa consciência objetiva, mas está lá, no âmago de nosso ser, no que seria a chamada essência divida, ou eu interior. Perdemos tanto tempo tentando superar os limites desse plano dimensional, que esquecemos de tentar cultivar essa infinita compreensão e nos enterramos cada vez mais nesse plano limitado, confinados no tempo e no espaço. Um paradoxo. Na busca pela liberdade, estamos nos encarcerando. Se buscarmos superar os bloqueios internos que nos impedem de chegar ao eu interior, aí sim, estaremos encontrando a verdadeira liberdade. Um segundo aí equivale a toda eternidade, liberto do tempo e do espaço.
Tenho falado muito sobre a velocidade do tempo, propagação do tempo, mas qual realmente é a relação entre movimento e tempo? Para esclarecermos essa questão, teremos que invocar a luz, no sentido físico do termo, afinal, conforme dissemos no artigo anterior, movimento só existe em função do tempo e, segundo Einstein, a luz é uma barreira teórica para o movimento. Em outras palavras, nenhuma força mensurável pode se mover com velocidade igual ou maior que a da luz e isso é um tabu até hoje, pois as experiências ainda não encontraram nenhum vestígio de partículas ou forças que andem nessas velocidades. Note que eu citei tabu, pois o fato de não haver algo mensurável que se movimente nestas condições, não significa que não exista esse algo, mas pode ser que os instrumentos usados para mensurá-lo não sejam os mais adequados, ou seja, mais uma vez podemos estar nos defrontando com o infinito, que não pode ser medido.
Segundo Einstein e a ciência moderna, o andamento do tempo depende da velocidade. Quanto maior a velocidade, mais lentamente o tempo passa. Vamos exemplificar para facilitar a compreensão. Se tomarmos irmãos gêmeos, portanto, com a mesma idade, deixarmos um na Terra e colocarmos o outro em uma espaçonave que fará uma viagem de 6 meses a cerca de 95% da velocidade da luz (algo próximo a 283.000 Km/s), quando essa espaçonave voltar, o gêmeo que ficou na Terra estará alguns anos mais velho do que aquele que viajou na espaçonave. Mas qual tempo que vale aqui, 6 meses ou alguns anos? A resposta é surpreendente: os dois tempos valem. Para a pessoa que viajou na espaçonave terá passado apenas 6 meses, mas para a que ficou na Terra, terá passado alguns anos. Mais surpreendente ainda é que isso não é teoria, isso é uma verdade da ciência materialista, foi experimentado e comprovado na década de 1970. Não que alguma espaçonave tenha chegado a uma velocidade próxima da luz, pois ainda não temos tecnologia para isso, mas aviões carregando relógios atômicos, que medem ínfimas frações de segundo, conseguiram detectar esse efeito fazendo vôos ao redor do planeta Terra.
Voltando ao nosso experimento, se aumentarmos a velocidade da espaçonave acima, aumentará a diferença de idade entre os gêmeos. Contudo, na percepção individual de cada gêmeo, o tempo continua correndo da mesma forma, ou seja, o gêmeo da espaçonave não se sente vivendo como se estivesse em “câmera lenta”, nem o gêmeo da terra se sente se movendo mais rapidinho, para eles tudo está normal. Se a espaçonave viajar a 99,99% da velocidade da luz, o tempo dela praticamente pára e, na percepção do viajante espacial, o tempo continua exatamente igual. Entretanto, durante o tempo dessa viagem, a vida no planeta terra terá se extinguido, pois haveria passado muitas centenas de milhares de anos. Na teoria, se a espaçonave pudesse viajar mais rápido que a luz, o tempo dela retrocederia, de modo que do ponto de vista do gêmeo da Terra, a espaçonave chegaria do outro lado da galáxia antes de ter saído da Terra, ou até mesmo, dependendo da velocidade, antes da Terra ter se criado. Segundo Einstein, quanto mais próximo da velocidade da luz, acima ou abaixo, mais as aberrações temporais ficam pronunciadas. Entretanto, estando exatamente na velocidade da luz, o tempo da espaçonave pára completamente, sendo a velocidade da luz é uma barreira teórica.
De qualquer maneira, na minha interpretação (que pode estar equivocada), esse comportamento do tempo frente à velocidade da luz sugere que o tempo é algo que está em movimento com a velocidade igual a da luz. Se usarmos o exemplo do carro do artigo anterior, é como se o carro do tempo e o carro do gêmeo cosmonauta estivessem andando exatamente na mesma velocidade e lado a lado, ou seja, um está parado em relação ao outro. Sem considerar que, se a matéria puder ser considerada como luz condensada, se chegar à velocidade da luz, ela muito possivelmente deixará o estado de condensação, retornando a condição de luz, ou seja, se desmancha, muito embora, por conta do fenômeno da massa, há algumas outras considerações aqui para se afirmar que a matéria possa ser considerada luz condensada.
Como disse acima, ainda não temos tecnologia para comprovar se esses fenômenos temporais realmente ocorrem, pois para isso teríamos que conseguir viajar em altíssima velocidade. É fato que a imensa maioria de experiências que visavam comprovar as teses propostas por Einstein encontraram poucas ou nenhuma discrepância entre a teoria e a prática, mas, logicamente, essas experiências estão restritas aos ambientes que temos capacidade de criar para os testes. Isso quer dizer que Einstein ainda está certo em suas idéias. De qualquer forma, não podemos saber se há algum efeito desconhecido que ocorreria em alguma situação especial. Por exemplo, o pessoal da ufologia diz que há relatos de contatos de terceiro grau, onde o suposto ET explica um fenômeno que ocorre próximo a 200.000 Km/s. Segundo ele, nesta velocidade há alguma coisa como uma transposição dimensional, onde a nave migraria para um universo paralelo completamente diverso do nosso. Lá, haveria outra civilização vivendo nas mesmas coordenadas, mas em um mundo completamente diferente e sem nenhuma outra possibilidade de contato além desse efeito da transposição dimensional. Bem... Se Einstein que é do nosso tempo é difícil de compreender, não tem nem como supor se e como essa tal transposição ocorreria. Não quero dizer com isso que desacredito dessa versão ufológica, apenas que não tenho dados para acreditar ou deixar de acreditar, portanto, sem julgamentos, apenas existe uma informação de uma linha de pensamento menos convencional e que merece ser considerada.
O mais interessante de tudo isso é que nossa alma não está sujeita a esses fenômenos temporais, pois ela participa de um plano infinito que contém todos os tempos e todos os supostos universos paralelos. Isso pode não se refletir em nossa consciência objetiva, mas está lá, no âmago de nosso ser, no que seria a chamada essência divida, ou eu interior. Perdemos tanto tempo tentando superar os limites desse plano dimensional, que esquecemos de tentar cultivar essa infinita compreensão e nos enterramos cada vez mais nesse plano limitado, confinados no tempo e no espaço. Um paradoxo. Na busca pela liberdade, estamos nos encarcerando. Se buscarmos superar os bloqueios internos que nos impedem de chegar ao eu interior, aí sim, estaremos encontrando a verdadeira liberdade. Um segundo aí equivale a toda eternidade, liberto do tempo e do espaço.
sexta-feira, março 28, 2003
Uma Questão de Tempo (parte 2)
Um ponto interessante apontado no artigo anterior é que estaríamos nos movimentando sobre uma determinada linha de tempo. Contudo, isso é bastante controverso, pois movimento pressupõe tempo, pelo menos em sua definição formal, que mais ou menos diz o seguinte: “movimento é a variação da posição espacial de um corpo em relação a um dado referencial em função do tempo”. Se analisarmos com profundidade essa descrição, identificaremos diversos outros pontos intrigantes que precisariam ser definidos, como “variação”, “posição”, “relação” e “referencial”, dentre outros. Não vou entrar nesses detalhes de forma direta (pelo menos por enquanto), mas sim, sugerir que você reflita sobre o que eles significam para você. Como o título do artigo indica, meu objetivo é o tempo, portanto, vou continuar pela parte “em função do tempo”. Nesta definição, tempo está separado do espaço, afinal temos de um lado a “posição espacial” e do outro “em função do tempo”, ou seja, parece ser uma definição obsoleta dentro da visão de espaço-tempo de Einstein.
Mas como poderíamos definir movimento em função do espaço-tempo? Não me lembro de ter lido nada sobre isso até hoje, mas acredito que Einstein, ou algum outro pensador, deva ter formulado algo relativo a essa questão. De qualquer forma, fiquei pensando por um bom tempo durante a redação desse artigo e, na minha limitada compreensão do cosmos, cheguei à conclusão de que movimento é um dos fenômenos ligados ao aspecto finito do universo e deixa de existir conforme nos dirigimos ao aspecto infinito. Quando nos aprofundamos na questão espaço-tempo, transcendemos as amarras do tempo e, na minha opinião, estamos entrando num campo de estudo desta parte infinita, ou pelo menos, indo em direção a ela. Essa idéia me levou a outros lugares muito interessantes, como o questionamento sobre a consciência objetiva, aquela que temos quando fazemos algo, ou pensamos algo. Ela também parece estar subjugada ao tempo, ou seja, também está navegando, aprisionada a uma determinada linha de tempo, afinal, um pensamento sucede o outro, conferindo a sensação de movimento do passado para o futuro, muito embora, ela exista apenas no presente. Ficou a impressão de que ela também é um atributo do mundo finito e que tem um aspecto completamente diferente quando vista sob a égide do espaço-tempo. Sem entrar no contexto da consciência cósmica ou absoluta, mas baseando-se em algumas linhas de pensamento que defendem o conceito das múltiplas consciências (ou múltiplos níveis de consciência), uma destas teria abrangência atemporal, ou seja, não estando presa à linha do tempo, ela terá a compreensão da existência onde todos os fatos e acontecimentos existem no mesmo momento, pois ela transcenderia o próprio tempo. O ponto surpreendente aqui é que mesmo que a alma não existisse, essa consciência onitemporal existe, simplesmente porque vivemos em um universo de no mínimo 4 dimensões, ou seja, somos sim seres tetradimensionais. As implicações disso são interessantes, pois através da manifestação desta consciência onitemporal, podemos nos lembrar do futuro. A grande questão é: qual futuro? De acordo com o artigo anterior, poderíamos ter vários passados e vários futuros. De fato, não tenho resposta para esta dúvida, mas é um excelente ponto para reflexão.
Outro lugar interessante que cheguei com essas especulações foi na análise dos tipos de pensamentos que podemos ter. Há dois muito pertinentes a essa discussão, os baseados em raciocínio e os baseados em intuição. O primeiro está vinculado ao tempo, exigindo percorrer o caminho entre a origem da idéia e sua conclusão, que acontece após um intervalo de tempo. O segundo normalmente acontece de forma atemporal, ou seja, a origem e a conclusão aparecem ao mesmo tempo. Além dos domínios da intuição, estão os fenômenos paranormais de clarividência, premonição, etc., que também tendem a acontecer de forma atemporal. Na minha opinião, essas intervenções atemporais em nosso pensamento podem ser manifestações dessa consciência onitemporal.
Mas se essa consciência faz parte de nós, por que parece que não temos acesso a ela? Eu não afirmaria que não temos acesso a ela, mas sim que não fomos treinados para que ela estivesse presente em nosso dia-a-dia. Toda a nossa educação está focada à resolução de problemas objetivos, considerando apenas o ambiente tridimensional. Nessas condições, nunca procuramos encontrar a manifestação da consciência onitemporal e, quando ela acontece, somos treinados a não dar valor às idéias apresentadas por ela. Na matéria, o que não se exercita, atrofia. Isso não quer dizer que essa consciência atrofiou, mas os canais materiais que fazem ligação com ela certamente sim, portanto, se quisermos permitir sua manifestação, teremos que dedicar esforços nesse sentido. Quais esforços? Não posso afirmar claramente, porque não cheguei lá, mas posso sugerir alguma coisa:
• Primeiramente, questione tudo o que você acredita ou que fizeram você acreditar e esteja aberto para mudar de opinião. Isso não significa abandonar todas as suas crenças e princípios, apenas considerar que eles podem ser transformados frente a uma verdade maior;
• A ciência da matéria serve para entender a matéria. Isso não invalida de forma alguma suas conclusões, apenas indica que elas são limitadas. Se você quer entrar nos domínios do infinito, deve procurar recursos que o leve para lá. Se você é uma pessoa muito cética, comece por exemplo pela cosmologia ou filosofia tradicional, que também são ciências, mas menos materialistas;
• Considere as opiniões das correntes de pensamento metafísicas, filosófico-exotéricas, místicas, etc. Pode haver a possibilidade delas serem apenas especulações sobre aquilo que não se pode explicar, mas... e se não forem? Nesse caso, você estaria se privando de benefícios maravilhosos para si e para a humanidade. Isso não significa acreditar em qualquer coisa, mas sim, abrir-se para novas possibilidades e oportunidades;
• Esteja certo que você terá que dedicar algum tempo e esforço para isso, mas se você chegou até aqui, é porque está buscando algo. Toda busca tem seus desafios e recompensas. Você prefere continuar dizendo que não tem tempo, ou prefere transcender o tempo? A escolha é sua.
P.S.: Eu sei que eu falei no artigo anterior que estaria analisando a relação entre movimento e tempo. Farei isso ainda nesta linha de tempo, só que mais à frente.
Um ponto interessante apontado no artigo anterior é que estaríamos nos movimentando sobre uma determinada linha de tempo. Contudo, isso é bastante controverso, pois movimento pressupõe tempo, pelo menos em sua definição formal, que mais ou menos diz o seguinte: “movimento é a variação da posição espacial de um corpo em relação a um dado referencial em função do tempo”. Se analisarmos com profundidade essa descrição, identificaremos diversos outros pontos intrigantes que precisariam ser definidos, como “variação”, “posição”, “relação” e “referencial”, dentre outros. Não vou entrar nesses detalhes de forma direta (pelo menos por enquanto), mas sim, sugerir que você reflita sobre o que eles significam para você. Como o título do artigo indica, meu objetivo é o tempo, portanto, vou continuar pela parte “em função do tempo”. Nesta definição, tempo está separado do espaço, afinal temos de um lado a “posição espacial” e do outro “em função do tempo”, ou seja, parece ser uma definição obsoleta dentro da visão de espaço-tempo de Einstein.
Mas como poderíamos definir movimento em função do espaço-tempo? Não me lembro de ter lido nada sobre isso até hoje, mas acredito que Einstein, ou algum outro pensador, deva ter formulado algo relativo a essa questão. De qualquer forma, fiquei pensando por um bom tempo durante a redação desse artigo e, na minha limitada compreensão do cosmos, cheguei à conclusão de que movimento é um dos fenômenos ligados ao aspecto finito do universo e deixa de existir conforme nos dirigimos ao aspecto infinito. Quando nos aprofundamos na questão espaço-tempo, transcendemos as amarras do tempo e, na minha opinião, estamos entrando num campo de estudo desta parte infinita, ou pelo menos, indo em direção a ela. Essa idéia me levou a outros lugares muito interessantes, como o questionamento sobre a consciência objetiva, aquela que temos quando fazemos algo, ou pensamos algo. Ela também parece estar subjugada ao tempo, ou seja, também está navegando, aprisionada a uma determinada linha de tempo, afinal, um pensamento sucede o outro, conferindo a sensação de movimento do passado para o futuro, muito embora, ela exista apenas no presente. Ficou a impressão de que ela também é um atributo do mundo finito e que tem um aspecto completamente diferente quando vista sob a égide do espaço-tempo. Sem entrar no contexto da consciência cósmica ou absoluta, mas baseando-se em algumas linhas de pensamento que defendem o conceito das múltiplas consciências (ou múltiplos níveis de consciência), uma destas teria abrangência atemporal, ou seja, não estando presa à linha do tempo, ela terá a compreensão da existência onde todos os fatos e acontecimentos existem no mesmo momento, pois ela transcenderia o próprio tempo. O ponto surpreendente aqui é que mesmo que a alma não existisse, essa consciência onitemporal existe, simplesmente porque vivemos em um universo de no mínimo 4 dimensões, ou seja, somos sim seres tetradimensionais. As implicações disso são interessantes, pois através da manifestação desta consciência onitemporal, podemos nos lembrar do futuro. A grande questão é: qual futuro? De acordo com o artigo anterior, poderíamos ter vários passados e vários futuros. De fato, não tenho resposta para esta dúvida, mas é um excelente ponto para reflexão.
Outro lugar interessante que cheguei com essas especulações foi na análise dos tipos de pensamentos que podemos ter. Há dois muito pertinentes a essa discussão, os baseados em raciocínio e os baseados em intuição. O primeiro está vinculado ao tempo, exigindo percorrer o caminho entre a origem da idéia e sua conclusão, que acontece após um intervalo de tempo. O segundo normalmente acontece de forma atemporal, ou seja, a origem e a conclusão aparecem ao mesmo tempo. Além dos domínios da intuição, estão os fenômenos paranormais de clarividência, premonição, etc., que também tendem a acontecer de forma atemporal. Na minha opinião, essas intervenções atemporais em nosso pensamento podem ser manifestações dessa consciência onitemporal.
Mas se essa consciência faz parte de nós, por que parece que não temos acesso a ela? Eu não afirmaria que não temos acesso a ela, mas sim que não fomos treinados para que ela estivesse presente em nosso dia-a-dia. Toda a nossa educação está focada à resolução de problemas objetivos, considerando apenas o ambiente tridimensional. Nessas condições, nunca procuramos encontrar a manifestação da consciência onitemporal e, quando ela acontece, somos treinados a não dar valor às idéias apresentadas por ela. Na matéria, o que não se exercita, atrofia. Isso não quer dizer que essa consciência atrofiou, mas os canais materiais que fazem ligação com ela certamente sim, portanto, se quisermos permitir sua manifestação, teremos que dedicar esforços nesse sentido. Quais esforços? Não posso afirmar claramente, porque não cheguei lá, mas posso sugerir alguma coisa:
• Primeiramente, questione tudo o que você acredita ou que fizeram você acreditar e esteja aberto para mudar de opinião. Isso não significa abandonar todas as suas crenças e princípios, apenas considerar que eles podem ser transformados frente a uma verdade maior;
• A ciência da matéria serve para entender a matéria. Isso não invalida de forma alguma suas conclusões, apenas indica que elas são limitadas. Se você quer entrar nos domínios do infinito, deve procurar recursos que o leve para lá. Se você é uma pessoa muito cética, comece por exemplo pela cosmologia ou filosofia tradicional, que também são ciências, mas menos materialistas;
• Considere as opiniões das correntes de pensamento metafísicas, filosófico-exotéricas, místicas, etc. Pode haver a possibilidade delas serem apenas especulações sobre aquilo que não se pode explicar, mas... e se não forem? Nesse caso, você estaria se privando de benefícios maravilhosos para si e para a humanidade. Isso não significa acreditar em qualquer coisa, mas sim, abrir-se para novas possibilidades e oportunidades;
• Esteja certo que você terá que dedicar algum tempo e esforço para isso, mas se você chegou até aqui, é porque está buscando algo. Toda busca tem seus desafios e recompensas. Você prefere continuar dizendo que não tem tempo, ou prefere transcender o tempo? A escolha é sua.
P.S.: Eu sei que eu falei no artigo anterior que estaria analisando a relação entre movimento e tempo. Farei isso ainda nesta linha de tempo, só que mais à frente.
terça-feira, março 18, 2003
Uma Questão de Tempo (parte 1)
Tempo... Quantos enigmas estão contidos neste simples conceito! Sim, pois o tempo é só um conceito, uma realidade aparente no mundo das manifestações materiais. Se é aparente, podemos considerar que o ser humano pode ter domínio do tempo, digo, viajar pelo tempo como se viaja pelo espaço. Difícil dizer, pois nem a ciência teórica (pelo menos aquela que é divulgada) tem uma posição clara quanto a isso, muito embora, Einstein tenha deixado um legado que certamente é o ponto de partida para nossas futuras jornadas temporais. Em tese, pode-se dizer que é possível, mas não há ainda um modelo científico bem fundamentado de como alcançar essa tecnologia, sem contar as discussões paradoxais que o translado pelo tempo implica.
Esse é um assunto longo e que ocupará mais de um artigo, portanto, vou iniciar esta exposição explicando o conceito einsteniano clássico de espaço-tempo. Einstein considerava o tempo como uma dimensão de mesma natureza que o espaço, ou seja, ao contrário do que aprendemos, viveríamos materialmente em um universo tetradimensional, onde só poderíamos localizar a existência de qualquer coisa através das coordenadas tridimensionais conhecidas (altura, latitude e longitude), mais a data e hora. Exemplificando, se eu tentar especificar minha posição no universo, poderia dizer que estou no planeta Terra, próximo de 46 graus e 37 minutos a oeste, 23 graus e 32 minutos ao sul. Se alguém quiser me achar, basta ir até esta posição do universo, certo? Errado, pois se esse alguém chegar a essa posição durante os finais de semana, certamente eu não estarei lá, portanto, para me achar, deve-se especificar a data e a hora. Podemos dizer que essa seria a quarta coordenada, ou a coordenada da quarta dimensão. Usaremos o mesmo recurso para definir as dimensões de algum objeto. Imagine um pedaço de madeira com cerca de 30cm x 60cm x 100cm. Apenas com esses dados não é possível descrever as características dimensionais no espaço-tempo. Se considerarmos que esse bloco de madeira foi cortado em março de 1999 e vai ser queimado em março de 2004, então, além das dimensões acima, ele também mediria 5 anos a começar de março de 1999. Fora desse período, ele não existe ou não tem as características de um bloco de madeira de 30cm x 60cm x 100cm.
Psicologicamente falando, por que diferenciamos o tempo do espaço? Porque acreditamos ter liberdade perante o espaço, porém estamos presos ao tempo, ou seja, podemos nos movimentar “livremente” pelas 3 dimensões, mas somos obrigados a seguir uma linha de tempo, numa velocidade que desconhecemos e sempre na mesma direção, do passado para o futuro. Einstein não se rendeu ao apego que a ilusão de liberdade tridimensional causava e compreendeu profundamente a relação entre espaço e tempo. Nem por isso aceitou as algemas do tempo, mas desvendou o funcionamento de parte das amarras temporais.
De qualquer forma, tudo isso tem a ver com a matéria e com nossa percepção material do universo. Se neste estudo também abordarmos as linhas de pensamento que acreditam que o homem é formado por corpo e alma, e que esta segunda está no plano infinito, portanto não limitada ao tempo, teremos implicações bem interessantes e neste ponto, ficariam viabilizadas as interações entre o passado e futuro com seus paradoxos. Uma delas é a história (ou estória) de Dolores Cannon, que teria conversado com Nostradamus através de médiuns para tentar esclarecer as profecias. Considerando as teorias espíritas, não haveria novidade neste tipo de encontro, não fosse o fato de que Dolores afirma que conversou com Nostradamus enquanto ele estava encarnado no século 16, ou seja, houve uma ponte temporal feita por dois médiuns nessa conversa, um deles estava no presente de Dolores e o outro estava no presente de Nostradamus. Por mais fantástico que possa parecer, em metafísica isso é perfeitamente possível e mais, podemos dizer que acontece normalmente, só não temos a consciência material (objetiva) deste fato.
Uma outra implicação interessante seria a alteração do passado. Nada impede que nessas interações da alma com o passado fosse possível alterar as idéias das pessoas ou levá-las a ter intuições que mudassem seus caminhos e, por conseguinte, a história. A lógica nos leva a crer que a alteração do passado afetaria nosso presente no mesmo momento, mas se considerarmos a afirmação acima de que navegamos pelo tempo a uma determinada velocidade, esse impacto no presente não acontece imediatamente, pois qualquer alteração no passado tem que se propagar no tempo como uma onda. Porém, nós também estamos nos propagando pelo tempo no presente, provavelmente, com velocidade semelhante, ou seja, essa alteração do passado nunca encontrará nosso presente. Vamos exemplificar: imagine dois carros na mesma estrada separados por 5 km e com mesma velocidade. O carro da frente simboliza o presente e o mais atrás, o passado. O carro do presente nunca vai saber o que acontece no carro do passado, pois quando o passado chegar ao mesmo ponto do presente, este já estará 5 Km adiante. Isso sugere que poderíamos ter vários passados, presentes e futuros diferentes, ou várias oportunidades para nossa alma infinita aprender, tomando decisões diferentes para o mesmo problema, em outras palavras, talvez nossa alma viva vários presentes diferentes ao mesmo tempo. As alterações no passado não afetariam uma determinada linha de tempo, pois as diferentes linhas não se encontram, como as ondas de um lago provenientes de uma mesma perturbação na superfície.
Fantástico ou não, é um excelente ponto de partida para a reflexão. As decisões que você tomou no passado que o levaram a este presente nada mais são que oportunidades para sua alma aprender. Talvez sua própria alma esteja vivendo uma outra realidade neste mesmo instante em uma outra linha de tempo. Compreender essa possibilidade é buscar a realização além dos limites da matéria, é estar certo de que se basearmos nossa vida apenas nas realizações deste presente, estaremos vivemos uma ilusão e nos limitando apenas a uma ínfima parte do universo. Podemos ir além, aceitando as experiências atuais como oportunidades de crescimento, tirando sempre a parte positiva e nos transformando para alcançar um nível mais abrangente de consciência, onde viveremos os vários presentes conscientemente.
No próximo artigo, estaremos analisando mais amiúde a relação entre movimento (velocidade) e tempo.
Tempo... Quantos enigmas estão contidos neste simples conceito! Sim, pois o tempo é só um conceito, uma realidade aparente no mundo das manifestações materiais. Se é aparente, podemos considerar que o ser humano pode ter domínio do tempo, digo, viajar pelo tempo como se viaja pelo espaço. Difícil dizer, pois nem a ciência teórica (pelo menos aquela que é divulgada) tem uma posição clara quanto a isso, muito embora, Einstein tenha deixado um legado que certamente é o ponto de partida para nossas futuras jornadas temporais. Em tese, pode-se dizer que é possível, mas não há ainda um modelo científico bem fundamentado de como alcançar essa tecnologia, sem contar as discussões paradoxais que o translado pelo tempo implica.
Esse é um assunto longo e que ocupará mais de um artigo, portanto, vou iniciar esta exposição explicando o conceito einsteniano clássico de espaço-tempo. Einstein considerava o tempo como uma dimensão de mesma natureza que o espaço, ou seja, ao contrário do que aprendemos, viveríamos materialmente em um universo tetradimensional, onde só poderíamos localizar a existência de qualquer coisa através das coordenadas tridimensionais conhecidas (altura, latitude e longitude), mais a data e hora. Exemplificando, se eu tentar especificar minha posição no universo, poderia dizer que estou no planeta Terra, próximo de 46 graus e 37 minutos a oeste, 23 graus e 32 minutos ao sul. Se alguém quiser me achar, basta ir até esta posição do universo, certo? Errado, pois se esse alguém chegar a essa posição durante os finais de semana, certamente eu não estarei lá, portanto, para me achar, deve-se especificar a data e a hora. Podemos dizer que essa seria a quarta coordenada, ou a coordenada da quarta dimensão. Usaremos o mesmo recurso para definir as dimensões de algum objeto. Imagine um pedaço de madeira com cerca de 30cm x 60cm x 100cm. Apenas com esses dados não é possível descrever as características dimensionais no espaço-tempo. Se considerarmos que esse bloco de madeira foi cortado em março de 1999 e vai ser queimado em março de 2004, então, além das dimensões acima, ele também mediria 5 anos a começar de março de 1999. Fora desse período, ele não existe ou não tem as características de um bloco de madeira de 30cm x 60cm x 100cm.
Psicologicamente falando, por que diferenciamos o tempo do espaço? Porque acreditamos ter liberdade perante o espaço, porém estamos presos ao tempo, ou seja, podemos nos movimentar “livremente” pelas 3 dimensões, mas somos obrigados a seguir uma linha de tempo, numa velocidade que desconhecemos e sempre na mesma direção, do passado para o futuro. Einstein não se rendeu ao apego que a ilusão de liberdade tridimensional causava e compreendeu profundamente a relação entre espaço e tempo. Nem por isso aceitou as algemas do tempo, mas desvendou o funcionamento de parte das amarras temporais.
De qualquer forma, tudo isso tem a ver com a matéria e com nossa percepção material do universo. Se neste estudo também abordarmos as linhas de pensamento que acreditam que o homem é formado por corpo e alma, e que esta segunda está no plano infinito, portanto não limitada ao tempo, teremos implicações bem interessantes e neste ponto, ficariam viabilizadas as interações entre o passado e futuro com seus paradoxos. Uma delas é a história (ou estória) de Dolores Cannon, que teria conversado com Nostradamus através de médiuns para tentar esclarecer as profecias. Considerando as teorias espíritas, não haveria novidade neste tipo de encontro, não fosse o fato de que Dolores afirma que conversou com Nostradamus enquanto ele estava encarnado no século 16, ou seja, houve uma ponte temporal feita por dois médiuns nessa conversa, um deles estava no presente de Dolores e o outro estava no presente de Nostradamus. Por mais fantástico que possa parecer, em metafísica isso é perfeitamente possível e mais, podemos dizer que acontece normalmente, só não temos a consciência material (objetiva) deste fato.
Uma outra implicação interessante seria a alteração do passado. Nada impede que nessas interações da alma com o passado fosse possível alterar as idéias das pessoas ou levá-las a ter intuições que mudassem seus caminhos e, por conseguinte, a história. A lógica nos leva a crer que a alteração do passado afetaria nosso presente no mesmo momento, mas se considerarmos a afirmação acima de que navegamos pelo tempo a uma determinada velocidade, esse impacto no presente não acontece imediatamente, pois qualquer alteração no passado tem que se propagar no tempo como uma onda. Porém, nós também estamos nos propagando pelo tempo no presente, provavelmente, com velocidade semelhante, ou seja, essa alteração do passado nunca encontrará nosso presente. Vamos exemplificar: imagine dois carros na mesma estrada separados por 5 km e com mesma velocidade. O carro da frente simboliza o presente e o mais atrás, o passado. O carro do presente nunca vai saber o que acontece no carro do passado, pois quando o passado chegar ao mesmo ponto do presente, este já estará 5 Km adiante. Isso sugere que poderíamos ter vários passados, presentes e futuros diferentes, ou várias oportunidades para nossa alma infinita aprender, tomando decisões diferentes para o mesmo problema, em outras palavras, talvez nossa alma viva vários presentes diferentes ao mesmo tempo. As alterações no passado não afetariam uma determinada linha de tempo, pois as diferentes linhas não se encontram, como as ondas de um lago provenientes de uma mesma perturbação na superfície.
Fantástico ou não, é um excelente ponto de partida para a reflexão. As decisões que você tomou no passado que o levaram a este presente nada mais são que oportunidades para sua alma aprender. Talvez sua própria alma esteja vivendo uma outra realidade neste mesmo instante em uma outra linha de tempo. Compreender essa possibilidade é buscar a realização além dos limites da matéria, é estar certo de que se basearmos nossa vida apenas nas realizações deste presente, estaremos vivemos uma ilusão e nos limitando apenas a uma ínfima parte do universo. Podemos ir além, aceitando as experiências atuais como oportunidades de crescimento, tirando sempre a parte positiva e nos transformando para alcançar um nível mais abrangente de consciência, onde viveremos os vários presentes conscientemente.
No próximo artigo, estaremos analisando mais amiúde a relação entre movimento (velocidade) e tempo.
sexta-feira, fevereiro 28, 2003
O Ano da Reflexão
Nos meios esotéricos, cada ano carrega uma mensagem que envolve algum tipo de esforço no sentido do aperfeiçoamento espiritual. Alguns dos temas são extraídos de análises astrológicas, numerológicas ou outros estudos similares. Outras são recebidas em grupos de trabalho espiritual por algum mestre ou através da canalização mediúnica. Mesmo que você não acredite em nada disso, não significa que você não possa ter benefícios em receber a mensagem e pensar sobre ela, portanto, as informações abaixo podem conter bons temas para reflexão.
Segundo alguns grupos que participo, o ano que se encerrou (ou está se encerrando dependendo da forma de contagem do tempo) foi o ano da decisão, que se manifestou tanto no microcosmo quanto no macrocosmo, ou seja, tanto a nível individual, quanto coletivo. Individualmente, esta decisão pode ter ocorrido de forma consciente ou inconsciente, dependendo da facilidade com que a pessoa tenha ou não acesso à fase infinita do próprio ser (podemos dizer, acesso à consciência da alma, do eu interior, da essência divina, etc.). Já no macrocosmo, ela teria ocorrido apenas em termos de inconsciente coletivo.
Mas qual foi essa decisão? Muito se fala sobre o fim do mundo, dia do juízo, separação do joio e do trigo, nova era, etc., mas não se sabe exatamente quando e como isso aconteceria. Muitas linhas apontam o momento atual como sendo o da transformação para o mundo de luz e algumas dizem que o ser humano teria o livre arbítrio para decidir sobre essa transformação, porém essa decisão não é um mero transformar ou continuar como está. O universo tem seus próprios ciclos e à terra foi dada a opção de se transformar ou ser destruída, não há como continuar como está dentro do processo de evolução espiritual. Em tese, neste ano que passou, o ser humano deveria escolher qual o caminho que deseja seguir e estar preparado para as responsabilidades e conseqüências dessa escolha. A decisão coletiva seria tomada considerando a força gerada pelas decisões individuais dirigidas para a transformação, mas não é uma conta de 50% mais 1, e sim uma questão energética, em outras palavras, o movimento energético gerado pelas decisões no sentido da transformação deveria ser suficientemente forte para manter a sociedade do novo mundo e isso não tem nada a ver com quantidade de almas, mas com a força dessas almas. O resultado dessa força poderia influenciar outras pessoas menos despertas para o mundo espiritual de forma que, algumas delas teriam se sentido compelidas a mudar suas vidas sem saber bem porquê.
Não sei dizer qual decisão foi tomada, mas minha intuição me diz que o ser humano optou pela transformação e agora temos que iniciar esse movimento que será dramático, pois haverá mudanças de todo o tipo e ninguém estará imune, ao menos considerando o aspecto ético e moral, pois a consciência deve ser redirecionada para a luz. De qualquer forma, já ouvi de mais de uma fonte que esse ano será o ano da reflexão, onde cada qual deve voltar-se para o âmago de seu ser e encontrar o que deve fazer para promover essa transformação, mas não no aspecto exterior, pois a transformação tem que ser interna, ou seja, buscar como se tornar um ser melhor, com sentimentos e pensamentos mais sutis, com intenções mais puras, evitando reações extremadas, enfim, tomar como exemplo os grandes mestres da humanidade, como Krishna, Maria, Sakyamuni, Rowena, Jesus Cristo, Lao Tsé, Morya, Kamakura, Maomé, Moisés e muitos outros. Esforçar-se não para ser perfeito, mas para ser melhor a cada dia.
As transformações não necessariamente deverão ocorrer através da guerra, cataclismos ou hecatombes. Isso não importa, não faz diferença e não precisa acontecer. Todos têm que acreditar nisso. A guerra apregoada pelos EUA é apenas uma reação à mudança tão necessária para consciência daquele e de outros povos. É como alguém que inicia uma terapia psicológica. No início fica bastante irritadiço e perturbado, pois tem que mexer em conteúdos escondidos na memória e não muito fáceis de serem lembrados. A guerra é um risco, mas não precisa acontecer, pense fortemente dessa forma. E para contribuir para a paz, faça a sua parte, que não é exterior, é interior. Elimine de si mesmo a sua parcela de culpa que está ajudando a gerar a guerra. Procure sua falta de boas intenções, sua falta de amor e misericórdia, sua falta de compreensão, sua falta de fraternidade. Faça um esforço para tirar a “falta de” disso tudo, transformando em boas intenções, amor, misericórdia, compreensão, fraternidade e tudo aquilo que promova a paz interior. Conseqüentemente, as bases para a paz mundial estarão lançadas.
Nos meios esotéricos, cada ano carrega uma mensagem que envolve algum tipo de esforço no sentido do aperfeiçoamento espiritual. Alguns dos temas são extraídos de análises astrológicas, numerológicas ou outros estudos similares. Outras são recebidas em grupos de trabalho espiritual por algum mestre ou através da canalização mediúnica. Mesmo que você não acredite em nada disso, não significa que você não possa ter benefícios em receber a mensagem e pensar sobre ela, portanto, as informações abaixo podem conter bons temas para reflexão.
Segundo alguns grupos que participo, o ano que se encerrou (ou está se encerrando dependendo da forma de contagem do tempo) foi o ano da decisão, que se manifestou tanto no microcosmo quanto no macrocosmo, ou seja, tanto a nível individual, quanto coletivo. Individualmente, esta decisão pode ter ocorrido de forma consciente ou inconsciente, dependendo da facilidade com que a pessoa tenha ou não acesso à fase infinita do próprio ser (podemos dizer, acesso à consciência da alma, do eu interior, da essência divina, etc.). Já no macrocosmo, ela teria ocorrido apenas em termos de inconsciente coletivo.
Mas qual foi essa decisão? Muito se fala sobre o fim do mundo, dia do juízo, separação do joio e do trigo, nova era, etc., mas não se sabe exatamente quando e como isso aconteceria. Muitas linhas apontam o momento atual como sendo o da transformação para o mundo de luz e algumas dizem que o ser humano teria o livre arbítrio para decidir sobre essa transformação, porém essa decisão não é um mero transformar ou continuar como está. O universo tem seus próprios ciclos e à terra foi dada a opção de se transformar ou ser destruída, não há como continuar como está dentro do processo de evolução espiritual. Em tese, neste ano que passou, o ser humano deveria escolher qual o caminho que deseja seguir e estar preparado para as responsabilidades e conseqüências dessa escolha. A decisão coletiva seria tomada considerando a força gerada pelas decisões individuais dirigidas para a transformação, mas não é uma conta de 50% mais 1, e sim uma questão energética, em outras palavras, o movimento energético gerado pelas decisões no sentido da transformação deveria ser suficientemente forte para manter a sociedade do novo mundo e isso não tem nada a ver com quantidade de almas, mas com a força dessas almas. O resultado dessa força poderia influenciar outras pessoas menos despertas para o mundo espiritual de forma que, algumas delas teriam se sentido compelidas a mudar suas vidas sem saber bem porquê.
Não sei dizer qual decisão foi tomada, mas minha intuição me diz que o ser humano optou pela transformação e agora temos que iniciar esse movimento que será dramático, pois haverá mudanças de todo o tipo e ninguém estará imune, ao menos considerando o aspecto ético e moral, pois a consciência deve ser redirecionada para a luz. De qualquer forma, já ouvi de mais de uma fonte que esse ano será o ano da reflexão, onde cada qual deve voltar-se para o âmago de seu ser e encontrar o que deve fazer para promover essa transformação, mas não no aspecto exterior, pois a transformação tem que ser interna, ou seja, buscar como se tornar um ser melhor, com sentimentos e pensamentos mais sutis, com intenções mais puras, evitando reações extremadas, enfim, tomar como exemplo os grandes mestres da humanidade, como Krishna, Maria, Sakyamuni, Rowena, Jesus Cristo, Lao Tsé, Morya, Kamakura, Maomé, Moisés e muitos outros. Esforçar-se não para ser perfeito, mas para ser melhor a cada dia.
As transformações não necessariamente deverão ocorrer através da guerra, cataclismos ou hecatombes. Isso não importa, não faz diferença e não precisa acontecer. Todos têm que acreditar nisso. A guerra apregoada pelos EUA é apenas uma reação à mudança tão necessária para consciência daquele e de outros povos. É como alguém que inicia uma terapia psicológica. No início fica bastante irritadiço e perturbado, pois tem que mexer em conteúdos escondidos na memória e não muito fáceis de serem lembrados. A guerra é um risco, mas não precisa acontecer, pense fortemente dessa forma. E para contribuir para a paz, faça a sua parte, que não é exterior, é interior. Elimine de si mesmo a sua parcela de culpa que está ajudando a gerar a guerra. Procure sua falta de boas intenções, sua falta de amor e misericórdia, sua falta de compreensão, sua falta de fraternidade. Faça um esforço para tirar a “falta de” disso tudo, transformando em boas intenções, amor, misericórdia, compreensão, fraternidade e tudo aquilo que promova a paz interior. Conseqüentemente, as bases para a paz mundial estarão lançadas.
segunda-feira, fevereiro 17, 2003
Meditação, Reflexão, Contemplação e Similares
Termos difíceis estes. Muitas vezes são confundidos entre si, sem contar os qualificadores que os deixam mais obscuros, como “meditação ativa”, “meditação passiva”, “contemplação interior”, “reflexão objetiva”, etc. Dizem que as palavras usadas para descrever as emoções são subjetivas, mas as ligadas ao conhecimento do mundo infinito estão além do subjetivo. É muito simples entender porquê. Nossa mente foi preparada pela sociedade para reconhecer, executar e seguir métodos, não para ir além deles. Os métodos são baseados na lógica da matéria, causa e efeito, faça isso e obtenha aquilo.
Talvez você esteja esperando que eu lhe dê algum método para meditar. Não sei se pode ser considerado um método, mas vou repetir as palavras de um mestre indiano radicado nos EUA: “vá dentro de você”. Não é pensamento, não é sentimento, é dentro do seu ser. Posso repetir também a célebre frase “conhece-te a ti mesmo”. Como conseguir isso? Estude os ensinamentos dos grandes iluminados, estando eles encarnados ou desencarnados. Você não precisa se prender em apenas a um deles, tente vários. Nada que eu falar sobre esse tema vai acrescentar o que já foi dito por eles, até porque, não sou um iluminado. Estou certo disso, pois se já tivesse recebido a iluminação, eu saberia, como eu não sei, então não posso ter recebido a iluminação. Mas se eu não posso acrescentar nada, porque estou falando sobre isso? Porque eu pratico e é bom, faz bem para o corpo e para alma. Não sei se faço certo, mas sei que consigo bons resultados e quanto mais pratico, melhores são os resultados, como intuição, equilíbrio, paz interior, serenidade, alegria, sensibilidade, emoções agradáveis, compreensão e outras sensações similares. Meditar, refletir, contemplar, etc. está ligado ao estudo da sua alma, do seu ser, de Deus e do infinito. É por isso que é difícil de entender, pois ora os termos representam a mesma coisa, ora representam coisas diferentes.
Quanto tempo você se dedica em sua vida para conhecer o infinito? A maioria dedica pouco ou nenhum tempo e é por isso que não o conhecem. Buscar o infinito exige algum compromisso. Nós passamos a maior parte de nossa vida tentando entender e interagir com o que está a nossa volta, mas não conseguimos interagir conosco mesmo. Se nós queremos transcender essa limitação, a busca do infinito deve ser uma atividade diária, pelo menos 30 minutos por dia. Muitos vão dizer aqui que não têm esse tempo e eu vou dizer que é lógico, você fica limitado ao tempo toda vez que está preso ao mundo finito. Se você quer ter tempo, deve ir ao infinito, pois lá não há os limites do tempo, um segundo que você consiga viver o infinito vale mais do que todo o tempo da sua vida. Alguns podem dizer que já tentaram, mas não conseguiram. De fato, se você ficou anos da sua vida tentando viver no mundo finito, vai levar um bom tempo para você voltar a se acostumar com o infinito. Outros vão dizer que não conseguem parar de pensar. Viver o infinito não tem nada a ver com pensar ou se emocionar, está além disso. O pensamento está aí para pensar, não se preocupe com ele, pois vai ficar pensando mesmo. Deixe ele pra lá, não se preocupe em parar de pensar ou parar de sentir emoções, apenas “vá dentro de você”, além da mente e do coração, lá no fundo mesmo. Tenha certeza que você consegue, pois você também é feito de infinito. Deus estará lá esperando com seu infinito amor. “Vá dentro de você”, dê um abraço em seu infinito e encontre a Deus.
Termos difíceis estes. Muitas vezes são confundidos entre si, sem contar os qualificadores que os deixam mais obscuros, como “meditação ativa”, “meditação passiva”, “contemplação interior”, “reflexão objetiva”, etc. Dizem que as palavras usadas para descrever as emoções são subjetivas, mas as ligadas ao conhecimento do mundo infinito estão além do subjetivo. É muito simples entender porquê. Nossa mente foi preparada pela sociedade para reconhecer, executar e seguir métodos, não para ir além deles. Os métodos são baseados na lógica da matéria, causa e efeito, faça isso e obtenha aquilo.
Talvez você esteja esperando que eu lhe dê algum método para meditar. Não sei se pode ser considerado um método, mas vou repetir as palavras de um mestre indiano radicado nos EUA: “vá dentro de você”. Não é pensamento, não é sentimento, é dentro do seu ser. Posso repetir também a célebre frase “conhece-te a ti mesmo”. Como conseguir isso? Estude os ensinamentos dos grandes iluminados, estando eles encarnados ou desencarnados. Você não precisa se prender em apenas a um deles, tente vários. Nada que eu falar sobre esse tema vai acrescentar o que já foi dito por eles, até porque, não sou um iluminado. Estou certo disso, pois se já tivesse recebido a iluminação, eu saberia, como eu não sei, então não posso ter recebido a iluminação. Mas se eu não posso acrescentar nada, porque estou falando sobre isso? Porque eu pratico e é bom, faz bem para o corpo e para alma. Não sei se faço certo, mas sei que consigo bons resultados e quanto mais pratico, melhores são os resultados, como intuição, equilíbrio, paz interior, serenidade, alegria, sensibilidade, emoções agradáveis, compreensão e outras sensações similares. Meditar, refletir, contemplar, etc. está ligado ao estudo da sua alma, do seu ser, de Deus e do infinito. É por isso que é difícil de entender, pois ora os termos representam a mesma coisa, ora representam coisas diferentes.
Quanto tempo você se dedica em sua vida para conhecer o infinito? A maioria dedica pouco ou nenhum tempo e é por isso que não o conhecem. Buscar o infinito exige algum compromisso. Nós passamos a maior parte de nossa vida tentando entender e interagir com o que está a nossa volta, mas não conseguimos interagir conosco mesmo. Se nós queremos transcender essa limitação, a busca do infinito deve ser uma atividade diária, pelo menos 30 minutos por dia. Muitos vão dizer aqui que não têm esse tempo e eu vou dizer que é lógico, você fica limitado ao tempo toda vez que está preso ao mundo finito. Se você quer ter tempo, deve ir ao infinito, pois lá não há os limites do tempo, um segundo que você consiga viver o infinito vale mais do que todo o tempo da sua vida. Alguns podem dizer que já tentaram, mas não conseguiram. De fato, se você ficou anos da sua vida tentando viver no mundo finito, vai levar um bom tempo para você voltar a se acostumar com o infinito. Outros vão dizer que não conseguem parar de pensar. Viver o infinito não tem nada a ver com pensar ou se emocionar, está além disso. O pensamento está aí para pensar, não se preocupe com ele, pois vai ficar pensando mesmo. Deixe ele pra lá, não se preocupe em parar de pensar ou parar de sentir emoções, apenas “vá dentro de você”, além da mente e do coração, lá no fundo mesmo. Tenha certeza que você consegue, pois você também é feito de infinito. Deus estará lá esperando com seu infinito amor. “Vá dentro de você”, dê um abraço em seu infinito e encontre a Deus.
quinta-feira, fevereiro 06, 2003
Ciência, A Religião do Mundo Material
Temos visto no último século e meio a dois séculos um grande desenvolvimento da ciência e do método científico. Muitos dos dogmas que nossa sociedade segue estão baseados em verdades científicas, sendo que as provas matemáticas e experimentais são tão inquestionáveis quanto os preceitos divinos das igrejas do passado. Uns dizem: “isso é cientificamente provado pela instituição X” e os outros abaixam a cabeça como em uma reverência aos santos e papas. Mas essas provas são tão confiáveis assim?
Não estou querendo desmerecer o conhecimento adquirido pela ciência, mas apenas colocar alguns pontos de ponderação. A questão aqui é desmistificar essa onipotência científica que parece ter se transformado em religião. Acredito que as coisas não são excludentes, mas sim complementares e acumulativas, ou seja, pode-se conciliar os conhecimentos filosóficos, científicos e religiosos, deste que haja boa vontade e bom senso.
À luz dessas alternativas, vamos olhar um pouco amiúde em que se baseou a ciência materialista que conhecemos hoje e encontrar seus limites. Primeiramente, essa ciência baseia-se em fatos que poderão ser experimentados e medidos em algum instante no presente ou no futuro. Muitas vezes, esses fatos estão nos domínios da matéria e se algo pode ser medido, é finito, portanto, limitado. A filosofia já sabia disso há muito tempo e sempre falou de dois reinos, o finito e o infinito. A ciência trata do finito, daquilo que se pode controlar, contudo o infinito não pode ser medido e muitas vezes nem experimentado pelas vias científicas, pois é ilimitado. Esse é um ponto importante, pois muitos consideram a parapsicologia, cosmologia e similares como ciências do infinito, mas não é verdade, pois elas tentam colocar o infinito no âmbito das coisas experimentáveis e explicáveis. Não há como explicar o infinito, mas pode-se analisar seus atributos e talvez o estudo do Tao, da filosofia pura, da metafísica e outros assuntos denegridos pela ciência sejam as melhores experiências dos seres humanos na busca da compreensão do infinito. A cosmologia até chega perto, pois aceita algumas possibilidades do infinito e do eterno, mas ainda é limitada em sua abrangência. Infinito é infinito e deve ser estudado com recursos infinitos, portanto, com recursos transcendentes à matéria e é isso que a ciência não aceita. Outro conceito importante é que apesar da filosofia considerar dois reinos, um está incluso no outro, pois o finito é uma parte do infinito, ou seja, não é o todo e, portanto, não é o mais importante.
Outro alicerce da ciência é o axioma. Quanto mais se busca a origem de um fenômeno, mais rarefeitos são os fatos experimentáveis. Como a ciência necessita de um princípio por ser finita, deve formular esse princípio, geralmente, através do raciocínio indutivo (para ser simplista, no raciocínio indutivo analisa-se os efeitos e tenta-se inferir qual a causa, exatamente o contrário do dedutivo, donde se parte das causas e deduz-se o efeito). Nesse ponto, começam a acontecer algumas distorções, pois são necessárias interpretações dos fenômenos. Assim foi na religião, assim é na ciência. Assim como interpretou-se de forma parcial as escrituras, muitas teorias introduzem interpretações pessoais como sendo axiomas, apenas porque através delas é mais cômodo justificar os interesses das partes envolvidas. Apesar de produzirem efeitos elogiáveis, infelizmente, algumas bases da ciência moderna são especulações irrealistas, algumas vezes até mesmo corruptas.
Através da ciência, muitas coisas boas puderam ser criadas para o homem, entretanto, assim como nas religiões, muitos outros benefícios também foram ocultados para manutenção das estruturas de poder. A ciência acredita no que pode manipular, mas tem medo de aceitar o que não pode. Dizer que o homem é só matéria é uma postura limitada, o mais cauteloso e honesto seria admitir que um dos componentes do homem é o corpo e que não se sabe o que há além disso, mas que algumas correntes de pensamento afirmam existir algo chamado alma e que seria um esforço saudável estudar a alma. Sem essa visão ponderada, a ciência acaba se tornando mais uma religião, cujos dogmas são criados nos laboratórios.
Muitos dos maiores nomes da ciência tinham essa visão ponderada e por isso puderam criar as grandes transformações de pensamento. A grande maioria deles, senão a totalidade, acreditava em uma mente universal que chamavam de Deus. Na época deles, isso em geral era desejável, aliás, em muitas destas épocas, isso fazia parte da ciência. É por isso que da próxima vez que você ouvir “isso é cientificamente comprovado”, eu sugiro que você vá mais além, mude em sua mente a frase para “essa é a visão da ciência”. E qual será a visão da filosofia, metafísica e religião? O que pode ser conciliado e faz sentido finito e infinito? Tire as conclusões por você mesmo, mas faça isso embasado, ou seja, estude as diversas linhas de pensamento. Formule suas teses e esteja aberto para questioná-las e levá-las à evolução. Compartilhe e aceite as divergências como itens que precisam de mais estudo no sentido da conciliação e harmonia. Sim, harmonia, essa é a chave para encontrar a grande verdade universal.
Temos visto no último século e meio a dois séculos um grande desenvolvimento da ciência e do método científico. Muitos dos dogmas que nossa sociedade segue estão baseados em verdades científicas, sendo que as provas matemáticas e experimentais são tão inquestionáveis quanto os preceitos divinos das igrejas do passado. Uns dizem: “isso é cientificamente provado pela instituição X” e os outros abaixam a cabeça como em uma reverência aos santos e papas. Mas essas provas são tão confiáveis assim?
Não estou querendo desmerecer o conhecimento adquirido pela ciência, mas apenas colocar alguns pontos de ponderação. A questão aqui é desmistificar essa onipotência científica que parece ter se transformado em religião. Acredito que as coisas não são excludentes, mas sim complementares e acumulativas, ou seja, pode-se conciliar os conhecimentos filosóficos, científicos e religiosos, deste que haja boa vontade e bom senso.
À luz dessas alternativas, vamos olhar um pouco amiúde em que se baseou a ciência materialista que conhecemos hoje e encontrar seus limites. Primeiramente, essa ciência baseia-se em fatos que poderão ser experimentados e medidos em algum instante no presente ou no futuro. Muitas vezes, esses fatos estão nos domínios da matéria e se algo pode ser medido, é finito, portanto, limitado. A filosofia já sabia disso há muito tempo e sempre falou de dois reinos, o finito e o infinito. A ciência trata do finito, daquilo que se pode controlar, contudo o infinito não pode ser medido e muitas vezes nem experimentado pelas vias científicas, pois é ilimitado. Esse é um ponto importante, pois muitos consideram a parapsicologia, cosmologia e similares como ciências do infinito, mas não é verdade, pois elas tentam colocar o infinito no âmbito das coisas experimentáveis e explicáveis. Não há como explicar o infinito, mas pode-se analisar seus atributos e talvez o estudo do Tao, da filosofia pura, da metafísica e outros assuntos denegridos pela ciência sejam as melhores experiências dos seres humanos na busca da compreensão do infinito. A cosmologia até chega perto, pois aceita algumas possibilidades do infinito e do eterno, mas ainda é limitada em sua abrangência. Infinito é infinito e deve ser estudado com recursos infinitos, portanto, com recursos transcendentes à matéria e é isso que a ciência não aceita. Outro conceito importante é que apesar da filosofia considerar dois reinos, um está incluso no outro, pois o finito é uma parte do infinito, ou seja, não é o todo e, portanto, não é o mais importante.
Outro alicerce da ciência é o axioma. Quanto mais se busca a origem de um fenômeno, mais rarefeitos são os fatos experimentáveis. Como a ciência necessita de um princípio por ser finita, deve formular esse princípio, geralmente, através do raciocínio indutivo (para ser simplista, no raciocínio indutivo analisa-se os efeitos e tenta-se inferir qual a causa, exatamente o contrário do dedutivo, donde se parte das causas e deduz-se o efeito). Nesse ponto, começam a acontecer algumas distorções, pois são necessárias interpretações dos fenômenos. Assim foi na religião, assim é na ciência. Assim como interpretou-se de forma parcial as escrituras, muitas teorias introduzem interpretações pessoais como sendo axiomas, apenas porque através delas é mais cômodo justificar os interesses das partes envolvidas. Apesar de produzirem efeitos elogiáveis, infelizmente, algumas bases da ciência moderna são especulações irrealistas, algumas vezes até mesmo corruptas.
Através da ciência, muitas coisas boas puderam ser criadas para o homem, entretanto, assim como nas religiões, muitos outros benefícios também foram ocultados para manutenção das estruturas de poder. A ciência acredita no que pode manipular, mas tem medo de aceitar o que não pode. Dizer que o homem é só matéria é uma postura limitada, o mais cauteloso e honesto seria admitir que um dos componentes do homem é o corpo e que não se sabe o que há além disso, mas que algumas correntes de pensamento afirmam existir algo chamado alma e que seria um esforço saudável estudar a alma. Sem essa visão ponderada, a ciência acaba se tornando mais uma religião, cujos dogmas são criados nos laboratórios.
Muitos dos maiores nomes da ciência tinham essa visão ponderada e por isso puderam criar as grandes transformações de pensamento. A grande maioria deles, senão a totalidade, acreditava em uma mente universal que chamavam de Deus. Na época deles, isso em geral era desejável, aliás, em muitas destas épocas, isso fazia parte da ciência. É por isso que da próxima vez que você ouvir “isso é cientificamente comprovado”, eu sugiro que você vá mais além, mude em sua mente a frase para “essa é a visão da ciência”. E qual será a visão da filosofia, metafísica e religião? O que pode ser conciliado e faz sentido finito e infinito? Tire as conclusões por você mesmo, mas faça isso embasado, ou seja, estude as diversas linhas de pensamento. Formule suas teses e esteja aberto para questioná-las e levá-las à evolução. Compartilhe e aceite as divergências como itens que precisam de mais estudo no sentido da conciliação e harmonia. Sim, harmonia, essa é a chave para encontrar a grande verdade universal.
quarta-feira, janeiro 22, 2003
Átomos
A melhor maneira de compreender a ilusória existência da matéria é estudar os átomos. Desde as primeiras elucubrações sobre sua natureza, feitas por Demócrito e Leucipo na Grécia antiga, muitos passos foram dados pela ciência na tentativa de compreender a verdadeira essência da matéria, mas quanto mais avança, mais a ciência materialista fica desconcertada por não encontrar nada verdadeiramente sólido na estrutura do átomo, há apenas relações puramente energéticas e partículas cuja natureza parece ser puramente vibratória. O lado divino dessa experiência é que muitos físicos ateus (pelo menos, que eram ateus) começam a aceitar que o universo tem alguma coisa que pode ser comparada com uma autoconsciência, em suma, essa mesma ciência começa a aceitar a Consciência Cósmica. Essa é uma das teses de Amit Goswami, físico indiano.
As filosofias orientais já sabiam disso há muito tempo e muitas das ordens iniciáticas e outras organizações místicas e filosóficas já estudam essa característica do universo. Na base de tudo isso está o conceito de que há algo de construtivo em tudo que existe, ou seja, o universo tinha tudo para ser um caos, mas na realidade, tem uma ordem inexplicavelmente divina, e mais, tende para essa ordem, harmonia e equilíbrio. Tudo que foge a esse equilíbrio sofre a ação de uma força harmonizante, de forma a restaurar esse equilíbrio.
Mas voltemos ao assunto principal. A compreensão atual dos átomos é tão surpreendente que pode mudar em poucos anos completamente nossa idéia de universo. Eistein começou essa revolução no início do século 20, quando demonstrou que a luz, matéria e movimento eram as faces de uma mesma moeda (e=mc2), ou seja, se você colocasse uma massa (matéria) em movimento, quando ela chegasse na velocidade da luz, poderia deixar de ser matéria para se tornar luz e, por outro lado, se reduzíssemos a velocidade de um facho luminoso, este poderia se tornar matéria. Para Einstein, as partículas componentes de um átomo (elétrons, prótons, neutrons, etc.) nada mais são que luz condensada ou luz congelada. Algumas experiências conhecidas já conseguiram chegar a indícios que confirmam essa tese, assim como diversas experiências feitas nos anos de 1960 confirmaram a distorção do tempo exatamente como previa da teoria da relatividade geral. No frigir dos ovos, a ciência está concluindo que tudo é luz e vibração, sendo que, mais uma vez, as filosofias orientais já sabiam disso há muito tempo.
Mais desconcertante do que o fato da luz e matéria serem a mesma coisa, é a questão dos espaços existentes entre as partículas. No filme “O Ponto de Mutação”, há diversas comparações para exemplificar essa questão, mas uma em especial é muito interessante. Se aumentássemos o núcleo de um átomo até que ficasse do tamanho de uma laranja, o elétron mais próximo estaria a 1 Km de distância, sendo que teria o tamanho de uma bactéria. Nada haveria entre o núcleo e o elétron. Nada não é a melhor palavra, apenas o espaço existiria entre eles, pois o espaço não é um nada, mas sim alguma coisa diferente do nada. Estou cada vez mais convencido de que o espaço é uma substância, uma vez que ele é deformado pela ação da gravidade. Aliás, o tempo também seria uma substância de mesma natureza que o espaço, mas esse conceito é por demais extenso para eu tentar explicar neste artigo. E a gravidade o que seria? Ao que parece, ela tem muita coisa a ver com a luz, pois em uma pesquisa recente feita na Europa, cientistas conseguiram medir a velocidade da gravidade, que é a mesma da luz. São conclusões surpreendentes, primeiro que a gravidade é algo que está em movimento e segundo que, da mesma forma que a luz, se movimenta a cerca de 300.000 Km por segundo.
Mas se há tanto espaço entre os componentes do átomo e se tudo é luz, porque não conseguimos atravessar uma parede, por exemplo? Segundo alguns testemunhos, muitos mestres yoguis podem. Ao que parece, há alguns estudos científicos que também indicam que isso é possível, a maioria deles são experiências secretas com objetivos militares e que já causaram alguns estragos, como o projeto Philadélfia, onde mais do que atravessar uma parede, atravessou-se o tempo. Se eu pudesse dar uma resposta, eu diria que, a princípio, você não consegue fazer isso porque você não acredita que pode. Mesmo correndo o risco de passar por louco, eu acredito que a mente pode viabilizar isso, contudo ainda não consegui realizar. Dentre outros, Lobsang Rampa, um mestre yogui, também afirma isso, só que ele afirma que conseguiu. Bem... essa também pode ser a diferença entre um neurótico é um esquizofrênico (risos).
Se a natureza de tudo parece ser a luz, então somos seres de luz como dito em muitas filosofias e religiões. Se somos seres de luz, devemos ser tão versáteis como a luz. Então, porque estamos presos a essa forma? Porque temos consciência disso? E do que será formada a consciência? Difícil não comparar com o cinema que, através da luz projetada em um plano, nos transporta para uma realidade ilusória. Podemos fazer parte de um grande filme, cuja realidade é forjada pelo congelamento da luz em suas partículas. Qual o objetivo disso tudo? Talvez tenha a ver com o sentido da vida que expus em artigo anterior. De qualquer forma, se nosso objetivo é aprender a amar e, com isso, ajudar na transformação do mundo em um lugar de paz, fraternidade e amor, que importa isso tudo? Mesmo que esse mundo seja uma ilusão, pelo menos seria uma boa ilusão e não uma dura ilusão como é esta que nossa humanidade está criando.
A melhor maneira de compreender a ilusória existência da matéria é estudar os átomos. Desde as primeiras elucubrações sobre sua natureza, feitas por Demócrito e Leucipo na Grécia antiga, muitos passos foram dados pela ciência na tentativa de compreender a verdadeira essência da matéria, mas quanto mais avança, mais a ciência materialista fica desconcertada por não encontrar nada verdadeiramente sólido na estrutura do átomo, há apenas relações puramente energéticas e partículas cuja natureza parece ser puramente vibratória. O lado divino dessa experiência é que muitos físicos ateus (pelo menos, que eram ateus) começam a aceitar que o universo tem alguma coisa que pode ser comparada com uma autoconsciência, em suma, essa mesma ciência começa a aceitar a Consciência Cósmica. Essa é uma das teses de Amit Goswami, físico indiano.
As filosofias orientais já sabiam disso há muito tempo e muitas das ordens iniciáticas e outras organizações místicas e filosóficas já estudam essa característica do universo. Na base de tudo isso está o conceito de que há algo de construtivo em tudo que existe, ou seja, o universo tinha tudo para ser um caos, mas na realidade, tem uma ordem inexplicavelmente divina, e mais, tende para essa ordem, harmonia e equilíbrio. Tudo que foge a esse equilíbrio sofre a ação de uma força harmonizante, de forma a restaurar esse equilíbrio.
Mas voltemos ao assunto principal. A compreensão atual dos átomos é tão surpreendente que pode mudar em poucos anos completamente nossa idéia de universo. Eistein começou essa revolução no início do século 20, quando demonstrou que a luz, matéria e movimento eram as faces de uma mesma moeda (e=mc2), ou seja, se você colocasse uma massa (matéria) em movimento, quando ela chegasse na velocidade da luz, poderia deixar de ser matéria para se tornar luz e, por outro lado, se reduzíssemos a velocidade de um facho luminoso, este poderia se tornar matéria. Para Einstein, as partículas componentes de um átomo (elétrons, prótons, neutrons, etc.) nada mais são que luz condensada ou luz congelada. Algumas experiências conhecidas já conseguiram chegar a indícios que confirmam essa tese, assim como diversas experiências feitas nos anos de 1960 confirmaram a distorção do tempo exatamente como previa da teoria da relatividade geral. No frigir dos ovos, a ciência está concluindo que tudo é luz e vibração, sendo que, mais uma vez, as filosofias orientais já sabiam disso há muito tempo.
Mais desconcertante do que o fato da luz e matéria serem a mesma coisa, é a questão dos espaços existentes entre as partículas. No filme “O Ponto de Mutação”, há diversas comparações para exemplificar essa questão, mas uma em especial é muito interessante. Se aumentássemos o núcleo de um átomo até que ficasse do tamanho de uma laranja, o elétron mais próximo estaria a 1 Km de distância, sendo que teria o tamanho de uma bactéria. Nada haveria entre o núcleo e o elétron. Nada não é a melhor palavra, apenas o espaço existiria entre eles, pois o espaço não é um nada, mas sim alguma coisa diferente do nada. Estou cada vez mais convencido de que o espaço é uma substância, uma vez que ele é deformado pela ação da gravidade. Aliás, o tempo também seria uma substância de mesma natureza que o espaço, mas esse conceito é por demais extenso para eu tentar explicar neste artigo. E a gravidade o que seria? Ao que parece, ela tem muita coisa a ver com a luz, pois em uma pesquisa recente feita na Europa, cientistas conseguiram medir a velocidade da gravidade, que é a mesma da luz. São conclusões surpreendentes, primeiro que a gravidade é algo que está em movimento e segundo que, da mesma forma que a luz, se movimenta a cerca de 300.000 Km por segundo.
Mas se há tanto espaço entre os componentes do átomo e se tudo é luz, porque não conseguimos atravessar uma parede, por exemplo? Segundo alguns testemunhos, muitos mestres yoguis podem. Ao que parece, há alguns estudos científicos que também indicam que isso é possível, a maioria deles são experiências secretas com objetivos militares e que já causaram alguns estragos, como o projeto Philadélfia, onde mais do que atravessar uma parede, atravessou-se o tempo. Se eu pudesse dar uma resposta, eu diria que, a princípio, você não consegue fazer isso porque você não acredita que pode. Mesmo correndo o risco de passar por louco, eu acredito que a mente pode viabilizar isso, contudo ainda não consegui realizar. Dentre outros, Lobsang Rampa, um mestre yogui, também afirma isso, só que ele afirma que conseguiu. Bem... essa também pode ser a diferença entre um neurótico é um esquizofrênico (risos).
Se a natureza de tudo parece ser a luz, então somos seres de luz como dito em muitas filosofias e religiões. Se somos seres de luz, devemos ser tão versáteis como a luz. Então, porque estamos presos a essa forma? Porque temos consciência disso? E do que será formada a consciência? Difícil não comparar com o cinema que, através da luz projetada em um plano, nos transporta para uma realidade ilusória. Podemos fazer parte de um grande filme, cuja realidade é forjada pelo congelamento da luz em suas partículas. Qual o objetivo disso tudo? Talvez tenha a ver com o sentido da vida que expus em artigo anterior. De qualquer forma, se nosso objetivo é aprender a amar e, com isso, ajudar na transformação do mundo em um lugar de paz, fraternidade e amor, que importa isso tudo? Mesmo que esse mundo seja uma ilusão, pelo menos seria uma boa ilusão e não uma dura ilusão como é esta que nossa humanidade está criando.
sexta-feira, janeiro 17, 2003
O Que Esperar de um Mestre
Você já deve ter ouvido a frase “quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”. Se não ouviu, saiba que ela é muito comum nos meios esotéricos ou místicos, uma vez que todo estudioso desses assuntos (chamados de buscadores) espera encontrar mais cedo ou mais tarde o seu mestre (ou Guru). Em muitas tradições, a existência de um mestre é mandatória para que o discípulo alcance a Luz e, em muitas destas, o mestre deve estar vivendo em um corpo terreno, ou seja, encarnado na terra. Para os céticos, isso é tudo baboseira, mas confesso que mesmo não sendo cético, por muito tempo questionei profundamente essa necessidade. Para mim, o verdadeiro mestre é o chamado Mestre Interior, que todos têm acesso no âmago de seu próprio ser. Portanto, eu pensava que quando o buscador tivesse elevado sua consciência suficientemente, o Mestre se manifestaria através da consciência pessoal, levando o buscador à iluminação.
Tenho fortes motivos (e testemunhos) para acreditar que falta um detalhe nessa minha compreensão para que ela funcione. Na realidade, é muito difícil achar o Mestre Interior sozinho; não é impossível, mas é difícil. É aí que Deus interfere com Sua infinita bondade e misericórdia, reconhecendo os esforços envidados pelo buscador. Para a idéia acima ficar mais próxima da realidade, podemos dizer que quando o buscador eleva sua consciência suficientemente, o mestre aparece, indica o caminho e entrega a chave para o maravilhoso portal do Mestre Interior. Essa ajuda vai encurtar a jornada do discípulo para a iluminação, que ocorrerá quando todo o caminho for percorrido, em suma, quando o discípulo realizar toda a autopurificação necessária para que os portais do Mestre Interior possam ser definitivamente abertos e Este se manifeste em toda Sua magnificência. Ouspensky descreve de forma muito interessante essa etapa do caminho (o encontro com o mestre e o que vem depois) no seu livro “O Quarto Caminho”. Não sei se o que ele expõe ali é uma regra, uma média, ou apenas mais um dos caminhos, mas pelo que tenho visto, parece ser uma regra. Logicamente, todas as regras têm suas exceções, mas lembre-se que as regras identificam o que acontece na grande maioria das vezes, desta forma, sugiro que você não almeje ser uma exceção, mas se o for, não se orgulhe disso, até porque o orgulho é contrário à Luz.
Se considerarmos que um dia um mestre cruzará nosso caminho, o que devemos esperar desta figura? Se você espera que ele vá resolver todos os seus problemas e dirá tudo o que você deve fazer para alcançar a Luz, você está adentrando um caminho tortuoso que o levará fatalmente para algum usurpador ou charlatão. Na minha opinião, a melhor postura a ser adotada é não procurar e nem esperar que o mestre apareça, assuma a responsabilidade de sua vida e seus desígnios por você mesmo. Simplesmente, faça um esforço para ser uma pessoa melhor a cada dia, tente ouvir seu coração e superar suas provações. Faça isso com vontade, compromisso e intensamente. Não recuse ajuda, peça-a e aceite-a humildemente e de bom grado quando necessário. Confie profundamente em Deus e desconfie um pouco dos mestres que aparecerem na sua frente, essa desconfiança vai ajudar a você encontrar o verdadeiro mestre. Em suma, não devemos esperar muito do mestre, apenas que ele seja sábio e possa nos mostrar o caminho, menos pelas palavras e muito mais pelas ações. De qualquer forma, podemos ter a esperança madura de que ele dará a orientação que verdadeiramente precisamos, aquela orientação que mostra as alternativas que muitas vezes não vemos. Esteja consciente de que o carma que você criou, você deve resgatar a priori. Esperar que o mestre assumirá seu carma é o mesmo que esperar que alguém poderá se alimentar por você ou aprender por você. Não digo que isso é impossível, mas digo sim que isso não é a regra e que acontece em momentos de extrema necessidade, como quando Cristo esteve na terra. O maior mérito é você fazer a sua parte.
O mestre pode lhe dar a chave para atingir o Mestre Interior, sendo que ele provavelmente fará isso de uma vez só. Isso mesmo, de uma vez só, ou seja, não tentará prender você, pois ele sabe que você é livre. Provavelmente, haverá alguma preparação antes, mas, em geral, há um momento especial onde a instrução é passada por completo. Depois disso, não há mais métodos definidos para que você atinja a maestria, mas há diversas formas de fazer o que deve ser feito, mesmo sabendo que o que deve ser feito está muito claro: você tem que purificar seus pensamentos, atos, intenções, aceitar seu carma e se esforçar para não aumentá-lo mais. O mestre pode até estar próximo e ajudar nessa etapa com suas sábias orientações, mas ele não vai fazer por você, senão você não vai se elevar, pois o que ele tenta mostrar não pode ser explicado com palavras, tem que ser experimentado, vivenciado e compreendido por todas as suas mentes (objetiva, subjetiva, inconsciente, etc.). Não pode ser provado cientificamente, pois não pode ser medido ou reproduzido em laboratórios, apesar de que alguns de seus efeitos se manifestam objetivamente.
Parafraseando uma mensagem que li em um panfleto da AMORC, “o mestre não doutrina, apenas orienta”, ou seja, o mestre pode sugerir uma conduta ou algum exercício, pode até lhe puxar pela mão em algumas situações, mas quem tem que chegar ao final do caminho e abrir a porta é você.
Você já deve ter ouvido a frase “quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”. Se não ouviu, saiba que ela é muito comum nos meios esotéricos ou místicos, uma vez que todo estudioso desses assuntos (chamados de buscadores) espera encontrar mais cedo ou mais tarde o seu mestre (ou Guru). Em muitas tradições, a existência de um mestre é mandatória para que o discípulo alcance a Luz e, em muitas destas, o mestre deve estar vivendo em um corpo terreno, ou seja, encarnado na terra. Para os céticos, isso é tudo baboseira, mas confesso que mesmo não sendo cético, por muito tempo questionei profundamente essa necessidade. Para mim, o verdadeiro mestre é o chamado Mestre Interior, que todos têm acesso no âmago de seu próprio ser. Portanto, eu pensava que quando o buscador tivesse elevado sua consciência suficientemente, o Mestre se manifestaria através da consciência pessoal, levando o buscador à iluminação.
Tenho fortes motivos (e testemunhos) para acreditar que falta um detalhe nessa minha compreensão para que ela funcione. Na realidade, é muito difícil achar o Mestre Interior sozinho; não é impossível, mas é difícil. É aí que Deus interfere com Sua infinita bondade e misericórdia, reconhecendo os esforços envidados pelo buscador. Para a idéia acima ficar mais próxima da realidade, podemos dizer que quando o buscador eleva sua consciência suficientemente, o mestre aparece, indica o caminho e entrega a chave para o maravilhoso portal do Mestre Interior. Essa ajuda vai encurtar a jornada do discípulo para a iluminação, que ocorrerá quando todo o caminho for percorrido, em suma, quando o discípulo realizar toda a autopurificação necessária para que os portais do Mestre Interior possam ser definitivamente abertos e Este se manifeste em toda Sua magnificência. Ouspensky descreve de forma muito interessante essa etapa do caminho (o encontro com o mestre e o que vem depois) no seu livro “O Quarto Caminho”. Não sei se o que ele expõe ali é uma regra, uma média, ou apenas mais um dos caminhos, mas pelo que tenho visto, parece ser uma regra. Logicamente, todas as regras têm suas exceções, mas lembre-se que as regras identificam o que acontece na grande maioria das vezes, desta forma, sugiro que você não almeje ser uma exceção, mas se o for, não se orgulhe disso, até porque o orgulho é contrário à Luz.
Se considerarmos que um dia um mestre cruzará nosso caminho, o que devemos esperar desta figura? Se você espera que ele vá resolver todos os seus problemas e dirá tudo o que você deve fazer para alcançar a Luz, você está adentrando um caminho tortuoso que o levará fatalmente para algum usurpador ou charlatão. Na minha opinião, a melhor postura a ser adotada é não procurar e nem esperar que o mestre apareça, assuma a responsabilidade de sua vida e seus desígnios por você mesmo. Simplesmente, faça um esforço para ser uma pessoa melhor a cada dia, tente ouvir seu coração e superar suas provações. Faça isso com vontade, compromisso e intensamente. Não recuse ajuda, peça-a e aceite-a humildemente e de bom grado quando necessário. Confie profundamente em Deus e desconfie um pouco dos mestres que aparecerem na sua frente, essa desconfiança vai ajudar a você encontrar o verdadeiro mestre. Em suma, não devemos esperar muito do mestre, apenas que ele seja sábio e possa nos mostrar o caminho, menos pelas palavras e muito mais pelas ações. De qualquer forma, podemos ter a esperança madura de que ele dará a orientação que verdadeiramente precisamos, aquela orientação que mostra as alternativas que muitas vezes não vemos. Esteja consciente de que o carma que você criou, você deve resgatar a priori. Esperar que o mestre assumirá seu carma é o mesmo que esperar que alguém poderá se alimentar por você ou aprender por você. Não digo que isso é impossível, mas digo sim que isso não é a regra e que acontece em momentos de extrema necessidade, como quando Cristo esteve na terra. O maior mérito é você fazer a sua parte.
O mestre pode lhe dar a chave para atingir o Mestre Interior, sendo que ele provavelmente fará isso de uma vez só. Isso mesmo, de uma vez só, ou seja, não tentará prender você, pois ele sabe que você é livre. Provavelmente, haverá alguma preparação antes, mas, em geral, há um momento especial onde a instrução é passada por completo. Depois disso, não há mais métodos definidos para que você atinja a maestria, mas há diversas formas de fazer o que deve ser feito, mesmo sabendo que o que deve ser feito está muito claro: você tem que purificar seus pensamentos, atos, intenções, aceitar seu carma e se esforçar para não aumentá-lo mais. O mestre pode até estar próximo e ajudar nessa etapa com suas sábias orientações, mas ele não vai fazer por você, senão você não vai se elevar, pois o que ele tenta mostrar não pode ser explicado com palavras, tem que ser experimentado, vivenciado e compreendido por todas as suas mentes (objetiva, subjetiva, inconsciente, etc.). Não pode ser provado cientificamente, pois não pode ser medido ou reproduzido em laboratórios, apesar de que alguns de seus efeitos se manifestam objetivamente.
Parafraseando uma mensagem que li em um panfleto da AMORC, “o mestre não doutrina, apenas orienta”, ou seja, o mestre pode sugerir uma conduta ou algum exercício, pode até lhe puxar pela mão em algumas situações, mas quem tem que chegar ao final do caminho e abrir a porta é você.
segunda-feira, dezembro 30, 2002
O Sentido da Vida
Certamente, você já deve ter se perguntado algumas vezes qual é o sentido da vida. O que você está fazendo neste mundo? Para onde está indo e para que servem as provas que você experimenta na vida? Boa parte dessas vezes, você deve ter perguntado para Deus e, mesmo sem acreditar que ele responderia, esperou uma mensagem ou um sinal. Quase posso jurar que Ele deve ter respondido, mas você não escutou, ou talvez, não tenha sabido onde ou como procurar a resposta. Acredite, Deus não tem nenhum motivo para não responder, mas também não tem nenhum motivo para responder o que queremos ouvir, mas sim o que deve ser respondido.
Talvez você esteja esperando que eu diga qual o sentido da vida. Bem... acho que você está esperando demais de um pobre buscador. Eu não posso lhe dizer com certeza, mas posso lhe apresentar minha visão sobre essa questão. Primeiramente, não acho que o motivo de estarmos aqui seja algo muito complicado nem muito grandioso. Acho que a razão é simples, como todas as coisas importantes da vida. Nem por isso é fácil de ser realizado. Deve ser tão óbvio que poucos têm a capacidade de perceber, pois o óbvio é o que existe de mais difícil para ser notado. Segundamente, deve exigir algum esforço de nós, pois ao que tudo indica, estamos aqui para aprender alguma coisa. Digo isso baseado na observação. O ser humano vem ao mundo com a psique aberta e adequadamente preparada para aprender através das boas e más experiências, sendo que somente próximo ao final da vida alguns conseguem manifestar a serenidade inerente da paz, ou pelo menos, se aproximar dessa manifestação. Usei a palavra psique, pois não estou falando de razão, mas de ser, ou seja, mente, emoção e espírito. Finalmente, esse motivo deve estar permanentemente na nossa frente, pois Deus sabe que um dia despertaremos para ele e saberemos o que viemos fazer aqui.
Vou dar uma pista. O ser humano sabe como fazer muitas coisas, mas tem uma em especial que é o seu maior desafio. Não é grandioso, é simples, importante, óbvio, é difícil de ser realizado, exige esforço e aprendizagem, mas é divino, como todas as coisas maravilhosas da mão do Pai. Está sempre à nossa frente, em nossos irmãos, em nossos pais, em nossos filhos, em nossas atividades, em nossa comunidade. Mais uma pista, é um sentimento que temos que aprender.
Acho que agora ficou mais fácil. Estou falando do Amor. Para mim, o ser humano veio a esse mundo para aprender a Amar, mas não o amor que estamos acostumados a pensar, e sim o puro Amor divido, aquele que é tolerante, incondicional e altruísta. Aquele que não exige nada em troca, pois o próprio sentimento basta, o próprio sentimento purifica e eleva, é belo, tolerante e misericordioso. Aquele que sempre compreende as intenções, que perdoa os erros e demonstra por si só o caminho.
Talvez esse não seja o real sentido da vida, mas no mínimo, pode ser um belo motivo para viver. Nas palavras do Mestre “Ama ao próximo como a ti mesmo”. Apenas isso será suficiente para mudar o mundo.
Certamente, você já deve ter se perguntado algumas vezes qual é o sentido da vida. O que você está fazendo neste mundo? Para onde está indo e para que servem as provas que você experimenta na vida? Boa parte dessas vezes, você deve ter perguntado para Deus e, mesmo sem acreditar que ele responderia, esperou uma mensagem ou um sinal. Quase posso jurar que Ele deve ter respondido, mas você não escutou, ou talvez, não tenha sabido onde ou como procurar a resposta. Acredite, Deus não tem nenhum motivo para não responder, mas também não tem nenhum motivo para responder o que queremos ouvir, mas sim o que deve ser respondido.
Talvez você esteja esperando que eu diga qual o sentido da vida. Bem... acho que você está esperando demais de um pobre buscador. Eu não posso lhe dizer com certeza, mas posso lhe apresentar minha visão sobre essa questão. Primeiramente, não acho que o motivo de estarmos aqui seja algo muito complicado nem muito grandioso. Acho que a razão é simples, como todas as coisas importantes da vida. Nem por isso é fácil de ser realizado. Deve ser tão óbvio que poucos têm a capacidade de perceber, pois o óbvio é o que existe de mais difícil para ser notado. Segundamente, deve exigir algum esforço de nós, pois ao que tudo indica, estamos aqui para aprender alguma coisa. Digo isso baseado na observação. O ser humano vem ao mundo com a psique aberta e adequadamente preparada para aprender através das boas e más experiências, sendo que somente próximo ao final da vida alguns conseguem manifestar a serenidade inerente da paz, ou pelo menos, se aproximar dessa manifestação. Usei a palavra psique, pois não estou falando de razão, mas de ser, ou seja, mente, emoção e espírito. Finalmente, esse motivo deve estar permanentemente na nossa frente, pois Deus sabe que um dia despertaremos para ele e saberemos o que viemos fazer aqui.
Vou dar uma pista. O ser humano sabe como fazer muitas coisas, mas tem uma em especial que é o seu maior desafio. Não é grandioso, é simples, importante, óbvio, é difícil de ser realizado, exige esforço e aprendizagem, mas é divino, como todas as coisas maravilhosas da mão do Pai. Está sempre à nossa frente, em nossos irmãos, em nossos pais, em nossos filhos, em nossas atividades, em nossa comunidade. Mais uma pista, é um sentimento que temos que aprender.
Acho que agora ficou mais fácil. Estou falando do Amor. Para mim, o ser humano veio a esse mundo para aprender a Amar, mas não o amor que estamos acostumados a pensar, e sim o puro Amor divido, aquele que é tolerante, incondicional e altruísta. Aquele que não exige nada em troca, pois o próprio sentimento basta, o próprio sentimento purifica e eleva, é belo, tolerante e misericordioso. Aquele que sempre compreende as intenções, que perdoa os erros e demonstra por si só o caminho.
Talvez esse não seja o real sentido da vida, mas no mínimo, pode ser um belo motivo para viver. Nas palavras do Mestre “Ama ao próximo como a ti mesmo”. Apenas isso será suficiente para mudar o mundo.
terça-feira, abril 09, 2002
Deus e o Diabo
Muito provavelmente, você acredita em Deus, pois o percentual de ateus no mundo é baixo. Se não acredita, sugiro repensar a questão. Mas e quanto ao diabo, você acredita? Se acreditar, você já se perguntou porquê? Não importa o porquê, pois no fundo, no fundo, as pessoas acreditam em Deus ou diabo porque alguém disse que eles existem. Algumas até vão dizer que viram o diabo e vão descrevê-lo como uma figura horrenda, a encarnação do mal. Pode ser que você conheça uma dessas pessoas, mas você conhece alguém que já tenha visto Deus?
Na minha opinião, o diabo não existe, é algo criado pelo próprio ser humano para justificar seus erros. É mais fácil atribuir um mau hábito ou uma falta à sedução do demônio do que assumir que nós fomos o demônio. Contudo, eu acredito em influências malignas criadas pelo próprio ser humano.
Deixe-me explicar com um exemplo: imagine-se em um quarto fechado onde a única fonte luminosa seja uma lâmpada no centro do teto. Quando a luz está ligada, tudo está claro, você se sente confortável e protegido, você pode ler, pode fazer uma tarefa qualquer com segurança. Agora, imagine que essa luz se apague. Procure sentir qual seria sua sensação. Alguns sentirão medo, outros insegurança, mas certamente, você não conseguirá mais fazer o que estava fazendo e, na tentativa de se movimentar, você poderá cometer enganos, esbarrar em móveis e se machucar. O escuro foi o causador do seu infortúnio? Não, foi a ausência de luz. Pode parecer que não faz diferença, mas faz muita, pois o escuro não é nada mais que a ausência de luz. O que existe realmente é a luz, que pode até mesmo ser expressa em uma fórmula matemática. Se fizermos uma analogia simples, onde Deus é a luz e o diabo as trevas, o diabo fica reduzido à ausência de Deus, ou seja, não existe, é a conseqüência da falta de Deus. Nossos infortúnios são causados porque, de alguma forma, bloqueamos a presença da luz divina em nossa vida, portanto estamos nas trevas. Como fizemos isso? Deixando de manifestar o amor divino (a luz) em nosso coração, deixando que as virtudes perdessem a força em nosso âmago. Esse é o verdadeiro campo de manifestação do “diabo”, a ausência do cultivo das virtudes, a ausência da intenção de Deus em nosso coração.
E quanto às pessoas que dizem ter visto o diabo? Para mim, se elas viram, pode ser tudo, menos o diabo, pois se ele existisse, ele estaria tão manifestado na natureza e no mundo como Deus, afinal ele seria semelhante a Ele, mas com intenções opostas. Você acha que o ar puro que ainda existe no mundo, as árvores, a água límpida das nascentes dos rios, a terra, o sol, a vida, etc. podem ser criação do diabo? Você vai dizer que a violência, a doença, a dor, a tentação, etc. podem ser. Será? A violência é praticada pelos seres humanos, a doença é um desequilíbrio do organismo que a psicologia atribui à mente humana, a dor é um sinal do seu corpo para que você preste atenção a ele, a tentação é causada por sua ganância. Pode procurar, não há explicação humana para as coisas divinas e para a vida, mas há uma explicação humana para as coisas demoníacas.
Da próxima vez que lhe perguntarem se você já viu Deus, diga que você O vê todos os dias quando se olha no espelho, quando você vê seus entes queridos, quando você vê as pessoas na rua, os pássaros, as árvores, o sol, a lua, a vida. Esteja certo que se não for Ele, certamente uma parte Dele estará por lá.
Muito provavelmente, você acredita em Deus, pois o percentual de ateus no mundo é baixo. Se não acredita, sugiro repensar a questão. Mas e quanto ao diabo, você acredita? Se acreditar, você já se perguntou porquê? Não importa o porquê, pois no fundo, no fundo, as pessoas acreditam em Deus ou diabo porque alguém disse que eles existem. Algumas até vão dizer que viram o diabo e vão descrevê-lo como uma figura horrenda, a encarnação do mal. Pode ser que você conheça uma dessas pessoas, mas você conhece alguém que já tenha visto Deus?
Na minha opinião, o diabo não existe, é algo criado pelo próprio ser humano para justificar seus erros. É mais fácil atribuir um mau hábito ou uma falta à sedução do demônio do que assumir que nós fomos o demônio. Contudo, eu acredito em influências malignas criadas pelo próprio ser humano.
Deixe-me explicar com um exemplo: imagine-se em um quarto fechado onde a única fonte luminosa seja uma lâmpada no centro do teto. Quando a luz está ligada, tudo está claro, você se sente confortável e protegido, você pode ler, pode fazer uma tarefa qualquer com segurança. Agora, imagine que essa luz se apague. Procure sentir qual seria sua sensação. Alguns sentirão medo, outros insegurança, mas certamente, você não conseguirá mais fazer o que estava fazendo e, na tentativa de se movimentar, você poderá cometer enganos, esbarrar em móveis e se machucar. O escuro foi o causador do seu infortúnio? Não, foi a ausência de luz. Pode parecer que não faz diferença, mas faz muita, pois o escuro não é nada mais que a ausência de luz. O que existe realmente é a luz, que pode até mesmo ser expressa em uma fórmula matemática. Se fizermos uma analogia simples, onde Deus é a luz e o diabo as trevas, o diabo fica reduzido à ausência de Deus, ou seja, não existe, é a conseqüência da falta de Deus. Nossos infortúnios são causados porque, de alguma forma, bloqueamos a presença da luz divina em nossa vida, portanto estamos nas trevas. Como fizemos isso? Deixando de manifestar o amor divino (a luz) em nosso coração, deixando que as virtudes perdessem a força em nosso âmago. Esse é o verdadeiro campo de manifestação do “diabo”, a ausência do cultivo das virtudes, a ausência da intenção de Deus em nosso coração.
E quanto às pessoas que dizem ter visto o diabo? Para mim, se elas viram, pode ser tudo, menos o diabo, pois se ele existisse, ele estaria tão manifestado na natureza e no mundo como Deus, afinal ele seria semelhante a Ele, mas com intenções opostas. Você acha que o ar puro que ainda existe no mundo, as árvores, a água límpida das nascentes dos rios, a terra, o sol, a vida, etc. podem ser criação do diabo? Você vai dizer que a violência, a doença, a dor, a tentação, etc. podem ser. Será? A violência é praticada pelos seres humanos, a doença é um desequilíbrio do organismo que a psicologia atribui à mente humana, a dor é um sinal do seu corpo para que você preste atenção a ele, a tentação é causada por sua ganância. Pode procurar, não há explicação humana para as coisas divinas e para a vida, mas há uma explicação humana para as coisas demoníacas.
Da próxima vez que lhe perguntarem se você já viu Deus, diga que você O vê todos os dias quando se olha no espelho, quando você vê seus entes queridos, quando você vê as pessoas na rua, os pássaros, as árvores, o sol, a lua, a vida. Esteja certo que se não for Ele, certamente uma parte Dele estará por lá.
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